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Diversão no Brasil Colonia

Por:   •  19/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.449 Palavras (6 Páginas)  •  177 Visualizações

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Diversão na Colônia

Ao ouvirmos falar de colônia, quando ouvimos falar do Brasil como colônia, é bastante comum e, até mesmo natural, vir a nossa imaginação aquela imagem formada por nós através do nosso aprendizado no início de nossa formação escolar.

Na grande maioria dos casos é normal a relação desse período da história, com aquela superficialidade descritiva a qual os livros didáticos forneciam.

É quase que uma pedagogia lembrarmos das grandes expedições navais partidas do continente europeu, reforçado em nossos estudos, nas expedições Ibéricas a caminho das Índias, em busca de comercio e das especiarias tão valiosas produzidas no continente Asiático.

A descoberta da América, a chegada dos portugueses e sua frota expedicionária ao Brasil em seu “descobrimento”, ao comando de Pedro Alvares Cabral no ano de 1500. O início das explorações das novas terras, o comércio e a escravização dos pretos de África, e tudo aquilo que já sabemos.

Porém dentro desse contexto de aprendizagem, que não deixa de ser valioso, acabamos esquecendo, ou deixando passar de uma forma descentralizada que o Brasil não foi descoberto, pois de fato já haviam habitantes aqui. Aqui já haviam povos, menos “civilizados” que outros encontrados pelos espanhóis na América, verdadeiros bárbaros, selvagens, se é que possa se dizer isso, comparado as civilizações europeia.

Povos que aqui já viviam com seus costumes, suas crenças e sua cultura, que viriam ser modificadas por influencias estrangeiras, mas que também teve fundamental importância para formação multicultural como temos nos dias atuais.

Outro fator desapercebido que fica fora do contexto de ensino, e por consequência fora de nosso entendimento, é a de que pessoas habitaram esse pais, pessoas, seres humanos colonizaram essas terras. Desde o processo de descoberta, da estruturação e desenvolvimento da colônia, o Império, a Republica, até os dias atuais. Hoje mesmo, muitas vezes vivemos nossas vidas, nosso cotidiano e esquecemos de que um bilhão de coisas mais, ocorrem longe do nosso círculo de convivência, e só nos damos conta das coisas que estão acontecendo, ao assistir um telejornal, ler uma reportagem ou algo do tipo. Quem dirá iriamos nos atentar aos detalhes fora do contexto central da história de um passado de certa forma tão distante.

Por isso vamos trazer aqui um pouco do cotidiano das pessoas que habitavam na colônia. Haviam diversas etnias que compunham naquele momento a dita civilização “brasileira”, em seus 292 anos de colônia. Essas pessoas assim como nós, tinham suas vidas, seus costumes, sua cultura, e iam se adaptando e mesclando suas tradições nesse novo lugar. Alguns mais livres, outros já nem tanto, mas todos e cada um vivia sua própria vida.

Quem vinha colonizar o Brasil ao menos nos primeiros anos, precisava trabalhar muito. A ideia na colônia era enriquecer depressa e voltar ao reino para desfrutar dos ganhos obtidos.

Os colonizadores, até por uma questão de sobrevivência se adaptavam a certos costumes indígenas, na maneira a qual se locomoviam e viviam por aqui, pois se tratava de um ambiente desconhecido. Afinal para os padrões europeus, tudo ainda estava por fazer por aqui.  

Adaptados ou não, a vida de todos que habitavam a colônia era trabalhar, trabalhar e trabalhar muito. A ideia do povoamento das terras era justamente gerar riqueza, produzir lucro para a metrópole através do trabalho em exploração da terra, da produção em larga escala, e isso era feito.

Porém nem só de trabalho vivera o homem, e em meio a toda essa correria as pessoas acabavam tirando um tempo para se divertirem de alguma maneira, fossem elas de qualquer classe social.

Segundo a historiadora Mary Del Priore: Nessa época o lazer era tempo roubado do trabalho. Trabalhava-se o dia inteiro pra sobreviver e, aquele tempinho roubado ao trabalho ou algo que você conseguisse introduzir de diferente ao ritmo de trabalho acabava-se transformando em lazer. 

Autora do livro História de gente brasileira, livro esse que rela sobre o cotidiano dos habitantes da colônia.

A historiadora vai nos relatar que nesses tempo vagos haviam diversas formas de diversão, e uma delas era adivinhar o futuro e o carteado de ciganos. Praticas essas abominadas pela casa real de Dom João III, que conseguiria uma chamada Bula Papal, a qual o papa concederia um mecanismo de poder de inquisidor ao reino de Portugal e, essa pratica se encaixavam em um dos principais alvos desse movimento inquisidor, a chamada heterodoxia.

Relata também que fofoca era uma espécie de passatempo, porém proibida inclusive pela constituição do bispado da Bahia e pelas Ordenações Filipinas. Havia uma preocupação enorme em coibir essa forma de diálogo, principalmente das lavadeiras e escravos mais próximos dos membros da casa grande, que se reunião e trocavam informações muitas vezes sigilosas e ou intimas dos senhores.

No Tratado descritivo do Brasil de 1587 onde o cronista Gabriel Soares de Sousa envia dois textos a um conselheiro do rei Felipe II de Espanha, no intuito de oferecer a coroa informações sobre a colônia portuguesa. Nessas cartas ele relata que uma das principais diversões na cidade da Bahia em seu tempo era as touradas – “Está no meio desta cidade uma bonita praça, e que se correm touros quando convém(...).”

Uma outra diversão não comum na colônia, mas que chegou a ganhar uma certa popularidade, e que mais tarde viria nos tornar um País tão conhecido era o jogo de bola, ou futebol. Diversão que chegou a ser proibida no Rio de Janeiro, junto a ela os Jesuítas também desestimulavam os jogos de cartas e de dados, que veio a ser proibidos pelo rei.

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