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Documentos não Escritos Na Sala De Aula

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Por:   •  2/12/2013  •  578 Palavras (3 Páginas)  •  322 Visualizações

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DOCUMENTOS NÃO ESCRITOS NA SALA DE AULA

Certo que os que estão sendo iniciados na prática de historiar já entendem a distinção entre "povos civilizados" e "povos bárbaros ou selvagens", tomando como base desigualdades e hierarquizações de fundo etnocêntrico e evolucionista. Mas muito provavelmente não estão atentos ainda para o fato de que elas tanto confundem os diferentes conceitos de um mesmo significante - a experiência vivida; seu fiel relato; sua ficção mentirosa; e sua explicação erudita - quando dificultam se não impedem a compreensão de que mesmo aquelas sociedades sem historiografia possuem uma memória cultural que lhes permite fundar a hereditariedade dos saberes que constituíram, e assim também se dão a conhecer a historia a partir de produções culturais, que apesar de não estar nos padrões de documentos oficiais tem seu valor indiscutível na sociedade.

O docente não deve estar mais fixado na idéia de conhecimento apenas nos moldes sociais conhecidos e perpetuados, é importante que o aluno reproduza algo em que ele se insira também, através de conhecimentos de vida que hoje já são considerados documentos não escritos. O sabor da busca e o prazer de aprender, de compreender a realidade, são encontrados em um contexto com que ele se identifique, caracterizando a relação do sujeito com o meio, à interação entre passado e presente. Então, com seu trabalho, o professor precisa criar condições, estimular o desenvolvimento de habilidades e competências no corpo discente, aguçando a criticidade do aluno, de modo que ao ver uma foto ou artes antigas, ouvir uma musica de outro momento político e social ou visitar um museu, consiga perceber o que aconteceu e qual o resultado daquela ação na sociedade em que vive.

Nesse sentido, não é apenas a relação dos alunos com o conhecimento que se dá de maneira inadequada, mas também a relação dos profissionais da escola com esses materiais deveriam envolver os alunos com a educação influenciando diretamente no comportamento e interação social desses jovens. O professor/historiador consciente, atualizado, sabe que, cada um de nós se relaciona com o outro como ensinante, consigo mesmo como aprendente e com o conhecimento como um terceiro de um modo singular, da mesma maneira que o potencial educativo dos acontecimentos passados é surpreendente.

Analisando com cuidado músicas, fotos, entre outros encontraremos algo que se repete e algo que muda ao longo de toda a sua vida nas diferentes áreas. Esse molde de aprendizagem ou esquema de operar que vai sendo utilizado nas diferentes situações de aprendizagem deve e pode ser melhorado com outras fontes de pesquisa, como aquela que aguça a criatividade ao ver uma foto ou faz o aluno pensar o que se passava quando foi feita uma musica do período militar. A modalidade de aprendizagem indica um modo particular de relacionar-se, procurar e construir conhecimentos por parte do sujeito como autor de seu pensamento e isso tem, pode e deve ser aperfeiçoado.

Contudo, outras formas de conhecer o passado devem ser de uso continuo nas ações pedagógicas, onde o cotidiano passado como instrumento de sensibilização do olhar e, por conseguinte, de produção de saberes históricos podem e devem ser utilizados. Pretendo também, sob o eixo das relações entre imagens e memória, refletir sobre lógicas

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