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ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I – OBSERVAÇÃO NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Por:   •  26/4/2018  •  Abstract  •  3.594 Palavras (15 Páginas)  •  238 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

HISTÓRIA

BRUNO FREITAS DA SILVA

ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I –

– OBSERVAÇÃO NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

[pic 2]

Tucano

2017

BRUNO FREITAS DA SILVA

ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I –

OBSERVAÇÃO NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.

Trabalho apresentado ao Curso de História da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina  Estágio Curricular Obrigatório I (100 horas)

Professor Orientador:

Tutor a distância:

Tutor presencial:

Pólo de Apoio Presencial:Tucano

Serrinha

2017


  1. ESTUDO DE ARTIGO

Entre continuidades e rupturas: uma investigação sobre o ensino e aprendizagem da História na transição do quinto para o sexto ano do Ensino Fundamental.

O estudo foi contextualizado em que a transição do quinto ano para o sexto ano do ensino fundamental significa a mudança do ensino público municipal para o Estadual, no estado do Paraná, objetivando descobrir por qual motivo isso é feito e suas consequências, a desarticulação entre essas duas estruturas públicas.

Segundo os indicadores estatísticos do INEP sobre o rendimento dos alunos na quinta série, é responsável por pelo menos 30% da distorção idade/série na continuidade do ensino fundamental, além de uma grande parcela de desistentes.

Durante as entrevistas feitas notou-se que trabalhos em parceria e continuidade do ensino são praticamente inexistentes.

O processo de municipalização do ensino fundamental da 1ª à 4ª série se iniciou na década de 50 do século XX, o qual se efetivou com a lei 5.692/71 e culminou com a lei 9.394/96. Durante esse processo não existiu nenhuma uma forma de articulação entre município e Estado.

Enquanto o aluno transita entre dois sistemas diferentes sem nenhuma preparação, sofrendo com a desconfiança dos professores acerca da educação municipal. Além disso, a relação professor/aluno muda, nas séries iniciais o professor além de conhecer, mantém um contato maior, com maior afetividade, algo que muda nessa transição, na maioria das vezes devido ao maior número de alunos situação essa que dificulta manter essa postura.

Depois de uma pesquisa com 7 alunos constatou-se que durante esse processo de transição nas séries iniciais as aulas de história se mostravam mais demoradas e mais instigantes, também percebeu-se um fator sobre a formação profissional, nas séries iniciais os professores não tiveram contato com a História ciência, já que sua formação era em Letras e Pedagogia.

Outra pesquisa feita foi com os professores de 5ª série, formados em História, constatou-se que as aulas desses resume-se à aquilo que está no livro didático. O livro didático é responsável pelo ritmo da aula, exercícios e conhecimento a ser ensinado.

O livro didático é bem manipulado pelas crianças e serve como fonte textual, o professor praticamente não usa a lousa para fazer anotações extras. Os alunos fazem cada um sua leitura e o professor organiza as informações do livro na lousa, colocando títulos dos tópicos, faz perguntas sobre o que foi lido, discutindo e acrescentando informações ou reformulando as ideias de alunos que tiveram um entendimento parcial do texto lido.

A estrutura da aula toda se baseia no livro didático, a partir dele que o professor se posiciona de acordo com a organização feita na lousa e a discussão com os alunos. O professor escolhe o conteúdo que os alunos iram reter determinando os textos para fazer a discussão posterior sobre o mesmo.

As atividades desenvolvidas quando não estão no livro estão relacionadas à consulta do mesmo ou às anotações feitas em sala.

A dependência do livro traz a tona situações em que durante a correção de um exercício o professor reforça que as respostas são de acordo com os textos do mesmo e não de acordo com o raciocínio do aluno. Desconstruindo assim  a possibilidade da formação de um pensamento histórico, ou seja, somente o livro está correto, não é possível construir uma ideia própria a respeito do assunto estudado.

O ensino de história acontece desta forma, através de acontecimentos que são fatos históricos, eventos localizados no tempo e no espaço. Nesse sentido o ensino acontece através de uma narração de fatos pré-demarcados. Com isto o professor perde a dimensão que “só com o mínimo de anterioridade ou posteridade se consegue a unidade de sentido que forma um acontecimento a partir dos incidentes”.

Essa metodologia de ensino ignora a capacidade dos alunos deduzirem algo, com base nos seus conhecimentos e nos dados fornecidos pelo texto e professor, forçando o aluno a sempre adequar a sua ideia àquela predefinida no texto.

O professor das séries iniciais, pelo fato de não ter formação na área também se utiliza do material didático como instrumento principal. O que remete ao argumento de Rüsen que não vê possibilidade de uma aprendizagem histórica em “mera absorção de conhecimentos positivos sobre o passado”. Outro fator a ser levantado é que o livro é uma síntese do conteúdo a ser ensinado, às vezes resumindo um século da história em um capítulo, ou numa página, não sendo autossuficiente para o aprendizado de história.

A autora do artigo entende que o desenvolvimento do pensamento histórico precisa ser objeto do ensino de história desde os anos iniciais do Ensino Fundamental.

A autora conclui afirmando que ensinar história como algo pronto e acabado, com conteúdos predefinidos e sem levar em conta o contexto e os sujeitos envolvidos no processo de ensino aprendizagem, pode levar a um ensino que não desenvolve o que é mais importante enquanto função do ensinar história, que é orientar os problemas da vida prática.

O objetivo inicial se tratou da ruptura do ensino da quarta série para quinta série do ensino fundamental, se destacou como ocorreu esse processo, detalhando-se as problemáticas causadas e a influência desse professo no aluno.

Foram feitas entrevistas e pesquisas com os alunos e professores de ambas as situações (quarta série e quinta série), foram levantas questões sobre as diferenças de formação entre os professores e o relacionamento dos mesmos com os alunos. Por fim a autora se deteve na metodologia de ensino dos professores de quinta série do Paraná, focados na utilização do material didático para o ensino.

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