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Economia Solidária

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Por:   •  7/4/2014  •  2.133 Palavras (9 Páginas)  •  340 Visualizações

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Conceito e origens recentes da Economia Solidária no Brasil

Fonte: Ministério do Trabalho (www.mte.gov.br)

Durante anos, a dinâmica opressiva do Capitalismo obrigou o homem a comercializar seus produtos de forma a explorar o consumidor, degradar o meio ambiente e excluir os menos favorecidos. Buscando transformar essa realidade e criar uma nova lógica mercantilista mais preocupada com o ser humano, com a preservação e a sustentabilidade, surgiu a economia solidária. Essa nova lógica de desenvolvimento sustentável remonta ao século XIX, momento de luta em que os trabalhadores começaram a se organizar de modo cooperativista para resistir ao avanço do capitalismo industrial. No Brasil, a economia solidária surge no final do século XX como resposta à exploração e exclusão no mundo do trabalho. A partir desta data teve inicio a expansão de instituições e entidades que apoiavam iniciativas comunitárias e articulações populares.

Com as mudanças econômicas e sociais ocorridas em todo o mundo nas últimas décadas, o sistema capitalista de trabalho enfraqueceu suas amarras. Uma grande massa de desempregados foi obrigada a optar pela informalidade e a se submeter às formas indignas de trabalho para sobreviver. Dessa forma, a lógica capitalista desigual abriu espaço a um modo de comercialização mais humano e auto gestionário, que gera trabalho e distribui igualitariamente a renda, sem distinção de idade, gênero ou raça. Hoje, é possível entender a economia solidária como uma forma diferenciada de vender, comprar, produzir e trocar tudo que for essencial para viver, sem explorar, destruir ou levar vantagem. Tudo é de todos e o objetivo maior é o bem comum. Partindo dessa dinâmica, a inclusão social torna-se natural e as relações de trabalho acontecem de maneira igualitária, sem patrões ou empregados.

As atividades econômicas e sociais devem estar organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca,empresas auto gestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário. Essas iniciativas possuem características comuns que identificam o caráter solidário, são elas: a cooperação, a autogestão, a dimensão econômica e a solidariedade.

Essa nova forma de articulação comercial ganhou espaço e está organizada em diversos fóruns locais e regionais, que resultaram na criação do Fórum Brasileiro de Economia Solidária. Cerca de 27 fóruns estaduais com seus participantes articulados em forma de empreendimentos, entidades de apoio e rede de gestores públicos de economia solidária,estão espalhados por todo o Brasil.A cada dia a economia solidária se fortalece e se articula para criar novos empreendimentos econômicos solidários.Este esforço está sendo recompensado com o aumento do número de programas de economia solidária, sobretudo dos bancos do povo, empreendedorismo popular solidário, capacitação e centros populares de comercialização. O apoio dos governos municipais e estaduais tem ajudado a alavancar essas iniciativas com o fortalecimento de políticas Públicas. O Governo Federal também tem contribuído. Em 2003, surgiu a Secretaria Nacional de Economia Solidária que está implementando o Programa Economia Solidária em Desenvolvimento. O intuito é promover o fortalecimento e a divulgação da economia solidária mediante políticas integradas visando o desenvolvimento por meio da geração de trabalho e renda com inclusão social. http://www.fbes.org.br/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=4718

O que é economia solidária

Por Economia Solidária entende-se o conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito que seguem os critérios de cooperação, autogestão e solidariedade, permitindo aos participantes a gestão de seus próprios negócios de forma coletiva.

A cooperação caracteriza-se pela existência de interesses e objetivos comuns, a união dos esforços e capacidades, a propriedade coletiva dos bens, a partilha dos resultados e a responsabilidade solidária. A autogestão permite o exercício das práticas participativas dos processos de trabalho, das definições estratégicas e cotidianas dos empreendimentos pelos próprios participantes das organizações. A solidariedade é expressa em diferentes dimensões, seja na justa distribuição dos resultados alcançados, na melhoria das condições de vida dos participantes ou no compromisso com um meio ambiente saudável.

“A economia solidária inverte a lógica do mercantilismo capitalista, ao considerar o capital como um meio e o homem como o fim das atividades”, diz Paul Singer.

Origens – O conceito de Economia Solidária tem as suas origens no século XIX, início da organização do modo de produção capitalista, com a iniciativa do industrial inglês Robert Owen em proporcionar melhores condições de trabalho para os operários, como a redução da jornada de trabalho, o impedimento do trabalho infantil e o estímulo à associação de trabalhadores para a formação de cooperativas.

O fechamento de postos de trabalho durante os períodos de crise econômica no século XX estimulou, de acordo com Singer, o surgimento de empreendimentos com base nos princípios da Economia Solidária. “Muitas pessoas começaram a associar-se de forma a possibilitar a sobrevivência mediante ajuda mútua, gerando trabalho e renda para cada membro participante”, diz o secretário.

No Brasil – A Economia Solidária tem o seu início no Brasil durante a década de 80, experimentando considerável crescimento nos anos 90, a partir do estabelecimento de instituições e entidades em apoio a iniciativas associativas comunitárias e pela constituição de cooperativas populares e redes de produção e comercialização.

A partir de 2003, o país passa a contar com um fórum nacional para o tema (Fórum Brasileiro de Economia Solidária - FBES), integrando os empreendimentos de Economia Solidária, as entidades de assessoria e os Gestores Públicos. No mesmo ano foi criada a Secretaria Nacional de Economia Solidária, ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego, com a missão de difundir e fomentar o assunto em todo o Brasil, dando apoio político e material às iniciativas do FBES.

http://www.ressoar.org.br/dicas_cidadania_economica_solidaria.asp

Apresentação do tema e contextualização histórica e teórica

Desde

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