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Era Vargas

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Por:   •  16/5/2013  •  399 Palavras (2 Páginas)  •  611 Visualizações

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Houve muitos que consideraram um exagero retórico o uso do termo revolução para designar o ocorrido em 1930. Na realidade, neste ponto de vista, a chamada Revolução de 1930 nada mais teria sido, um golpe que deslocou do poder de Estado um setor oligarquia brasileira, para dar lugar a outro setor dessa mesma oligarquia.

Evidentemente que a Revolução de 1930 não pode ser comparada à Revolução Francesa de 1789 ou a Revolução Russa de 1917. Ela não foi programada para produzir imediatas e radicais mudanças na estrutura sócio produtiva do país. Ocorreu, sobretudo do efeito dos limites a que chegou a política econômica de proteção do café antes à violenta crise do capitalismo mundial. Assim visto que a Revolução de 1930 se inscreve na vaga instabilidade política que tomou conta da América Latina na década de 30, a qual produziu grandes agitações e golpes militares no Peru (1930), na Argentina (1930), no Uruguai (1933), e na Cuba (1933) e nas repúblicas centro americanos, no mesmo período.

O que não significa dizer, no entanto, que a Revolução de 1930 não tenha sido importante para o nosso passado, pelo contrário. A Revolução de 1930 foi decisiva para a mudança de rumos da história brasileira. Ao afastar do poder os fazendeiros do café, que o venham controlando desde o governo de Prudente de Morais, em 1894 pavimentou o caminho para uma significativa reorientação da política econômica do País.

Tendo cortado o cordão umbilical que unia o café às decisões governamentais atinentes ao conjunto da economia e da sociedade brasileira, a Revolução desejou uma dinamização das atividades industriais. Até 1930, os impulsos industrialistas derivavam do desempenho das exportações agrícolas. A partir de 1930, a indústria passa ser o setor mais prestigiado da economia, concorrendo para importantes mudanças na estrutura da sociedade. Intensifica-se o fluxo migratório do campo para os centros urbanos mais industrializados que na época que foi São Paulo e Rio de Janeiro, que adicionado ao crescimento vegetativo da população, proporcionou uma maior oferta de mão de obra e o aumento do consumo, entre 1924 e 1937 a taxa de crescimento industrial foi da ordem de 50 %, tendo-se verificado, no mesmo período a criação de 12.232 novos estabelecimentos industriais no País.

Desse modo, independentemente das origens sócias e das motivações mais imediatas dos revolucionários, não há duvida de que a Revolução de 1930 constituiu uma ruptura no processo histórico brasileiro .

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