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Estrutura da antiga sociedade portuguesa

Por:   •  2/12/2021  •  Resenha  •  642 Palavras (3 Páginas)  •  160 Visualizações

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O livro “Estrutura da Antiga Sociedade Portuguesa” publicado acerca da segunda

metade do século XIX e escrito pelo Historiador e Cientista Social, Vitorino

Magalhães Godinho, que analisa as estruturas sociais do antigo regime português.

Desse modo, Godinho vai minunciosamente detalhando a formação e a manutenção

dessa estrutura social arcaica, que mesmo com o avanço da modernização e

mudanças de alguns costumes, buscam permanecer com a tradicionalidade estrutural

do antigo regime.

O autor inicia este capítulo enfatizando a esfera politica, onde a partir dela era

formada a divisão das camadas sociais, que além de ser analisada por posses, como

títulos de nobreza, também possuía uma exaltação e valorização acerca dos

comportamentos. Ou seja, as formas de tratamentos e maneiras como as pessoas se

comportavam, agiam e se vestiam, tudo isso dizia muito sobre sua classe social. E

quando alguém de uma esfera inferior conseguia um meio de ascensão, as formas de

tratamentos mais superiores perdiam seu valor.

Como podemos ver até aqui, toda essa estrutura social é pautada com base na

hierarquia, onde o status de riqueza e poder é passado por gerações. E por mais que o

terceiro Estado (composto por agricultores, mercadores e negociantes) conseguissem

ascender, não teriam prestígios, por não terem nascido em famílias com posses e

títulos.

Um ponto interessante que o autor menciona, é como as formas de tratamento

serviam até mesmo para julgar e determinar o nível de castigo ou pena a ser cumprida

por pessoas que praticam crimes ou adultérios. Por exemplo, um Peão que é um título

alto dentre a nobreza, pode ser açoitado ao cometer um crime, enquanto um Fidalgo,

considerado uma pessoa de mor qualidade, não pode. Assim sendo podemos ver

novamente como o título possui um enorme peso na manutenção de hierarquia.

Apresentado de modo geral a ideia central do texto, Godinho explica as

características de cada grupo social, o Clero, constituído pelo topo da piramide social,

é considerado um “Estado” dentro do próprio Estado, já que possui suas leis

exclusivas e é cercada de privilégios. Em seguida vem a Nobreza, que também

desfruta de algumas regalias, porém era subordinada ao Clero, assim como todo o

resto das camadas sociais. O terceiro Estado era formado pelos denominados

“ociosos e vadios” ou seja, que não faziam parte dos Estados eclesiásticos ou nobres.

Outro aspecto que não podemos deixar de falar, é a posição dos escravizados que

desempenhavam um papel que não pode ser deixado passar em silêncio, uma vez que

que chegaram a atingir um decimo da população total em certas regiões

metropolitanas. Além disso, no caso de se tornarem “cristãos”, já não poderiam ser

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