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Expansão E Colonização Do Continente Africano - Novas Perspectivas

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Por:   •  26/7/2014  •  433 Palavras (2 Páginas)  •  857 Visualizações

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Expansão e colonização no continente africano: novas perspectivas

A expansão e colonização no continente africano têm gerado intensos debates por parte dos historiadores nas últimas décadas. Principalmente a partir da década de 80 um revisionismo historiográfico apontou novas direções no estudo do continente africano. A prática de se dividir os africanos entre heróis ou traidores deu lugar à tendência de se relatar a história do africano comum.

Primeiramente, o que entende-se por “África” ou “continente africano”? É sabido atualmente que não se pode estudar um continente tão rico cultural e socialmente desconsiderando sua diversidade e a singularidade de cada povo. Cada parte do vasto território africano experimentou a colonização e o processo de expansão europeia de uma forma, variando conforme suas próprias caraterísticas e formas de resistência. Em acordo com as novas propostas historiográficas não se pode tomar o europeu como personagem principal do processo, mas deve-se salientar a crucial e intensa participação do povo africano na construção de sua História.

Em relação ao processo de avanço europeu nos territórios africanos prefere-se atualmente falar em ‘expansão’ europeia na África em lugar de ‘partilha’ da África, visto que esse último termo filia-se a uma visão que desconsidera a participação africana no processo. Essa visão anterior destaca a ação europeia no continente, anulando o complexo jogo de negociações que ocorreu durante o período. A ideia de expansão também coaduna com a visão atual de que a penetração no continente foi gradual e não um ato isolado e certeiro.

Assim, entende-se que cada tribo ou povo africano reagiu às investidas europeias à sua maneira. Entre resistências e negociações o mapa da África foi sendo gradualmente redesenhado, as divisões étnicas foram desconsideradas. As novas fronteiras estabelecidas sem respeitar a anterior separação étnica, acarretaram intensos conflitos na dinâmica social africana.

A historiografia recente aponta que fosse via resistência ou via negociação o intuito dos africanos era tentar manter sua autonomia frente às investidas europeias, enquanto o interesse dos colonizadores era dominar o território a um baixo custo.

Quanto às motivações europeias para tais investidas, entende-se que havia uma expectativa de que o controle de mais territórios se reverteria em afirmação do poder do império em questão, e o contrário significaria perda de influência.

Dessa forma, o colonialismo no continente africano longe de ter sido um processo uniforme e homogêneo manifestou-se de diversas formas, de acordo com o projeto colonizador de cada potência e considerando a especificidade de cada relação

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