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FEITIÇARIA E MAGIA: PERSEGUIÇÃO COLONIAL

Por:   •  25/8/2020  •  Artigo  •  3.961 Palavras (16 Páginas)  •  235 Visualizações

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

NOME DO ALUNO

FEITIÇARIA E MAGIA: PERSEGUIÇÃO COLONIAL

Local

2016

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

NOME DO ALUNO

FEITIÇARIA E MAGIA: PERSEGUIÇÃO COLONIAL

Artigo Científico encaminhado à Universidade Candido Mendes – UCAM, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em.....(Seu curso).

Local

2016

FEITIÇARIA E MAGIA: PERSEGUIÇÃO COLONIAL

RESUMO

O Brasil é um país com uma identidade cultural forte em razão de possui uma população extremamente heterogênea, cujas raízes estão fixadas ao período colonial, uma vez que com a chegada dos portugueses acarretou na entrada de africanos escravos para trabalhar na colônia. Cada povo trouxe consigo um pouco da sua identidade, da sua cultura, da sul religião. Essa mistura representou grandes conflitos na época, haja vista que uma nação queria impor sua cultura sob as demais.  Nesse sentido, visando a dominação da sociedade, o governo português instaurou o tribunal inquisitorial, que perseguia aqueles que professavam sua religião de maneira diversa da católica. Destarte que rituais de magias para deuses eram muito comum na cultura africana e indígena, os quais sofreram resistência para de adequar aos moldes da igreja católica e do governo português.  Dessa forma, neste estudo almejo investigar quais eram os rituais de magias e feitiçaria praticados no Brasil Colônia, bem como descrever como tais práticas eram vistas pela igreja católica e o governo português. Para tanto, procedeu-se a uma pesquisa qualitativa que caminha pelas lentes da revisão bibliográfica, tendo como fonte livros e artigos científicos publicados em periódicos da área de história. Através destes estudos percebemos que a perseguição aos praticantes de magia e feitiçaria não ocorreu de forma tão significante no Brasil como nos demais países, contudo há diversos registros de pessoas condenadas pela prática de bruxaria, feitiçaria e curandoria. Parte dessa cultura ainda faz parte do cotidiano da população, o que reverbera a importância de estudar a história do Brasil para entender um pouco da nossa identidade.

INTRODUÇÃO

O Brasil é constituído por uma população extremamente heterogênea. Desde a chegada dos portugueses ao continente, inúmeros povos, dos mais diversos cantos do planeta, vieram ao país para (re)começar uma vida nova. Tais povos trouxeram na sua bagagem um pouco da sua história, suas tradições, costumes, usos, modos de vida e, principalmente, seus rituais religiosos, o qual é o foco principal deste trabalho.  

A mistura de toda essa diversidade cultural dentro de uma sociedade é denominada de sincretismo religioso[1], o qual no Brasil Colonial caminhara por linhas muito mais profundas, uma vez que estas práticas religiosas sofreram uma mútua influência e assim, formaram novas práticas, dando a colônia brasileira, uma peculiaridade tão singela jamais vista em nenhum outro canto do mundo, a qual será discutida com maior aprofundamento posteriormente. Dentre as práticas religiosas cultuadas no Brasil Colônia, me detenho nesta pesquisa a investigar a Feitiçaria e a Magia.

Desta forma, com base no exposto, através deste estudo almejo lançar mão das seguintes indagações: quais eram os rituais de magias e feitiçarias praticados no Brasil Colônia? Quais os discursos, regados de práticas, eram proferidos pela igreja católica e o governo português, sobre os rituais de magias e feitiçarias no território brasileiro no período colonial?

Bruxas, feiticeiras, magos, curandeiros... Religiões! Esses elementos sempre me cativaram e, principalmente, provocaram-me profundos questionamentos existenciais, que perpassam desde a minha infância, quando assistia desenhos de bruxas e feiticeiras, depois na escola durante as aulas de História da idade média, em que a igreja católica perseguia homens e mulheres que praticam seus próprios cultos, e também durante minha formação inicial em História, quando comecei a me aprofundar nas práticas religiosas durante o Brasil Colonial.

 Pensar sobre tais questões históricas não está desvinculada da atualidade, pois, não é incomum, navegarmos pelas redes sociais e noticiários, e nos depararmos com situações de intolerância religiosa, e, principalmente, aquelas que possuem raízes nas questões que proponho discutir no presente texto. Entender como se deu, e por qual motivo se deu esses processos discriminatórios faz-se importantíssimo para que não haja reproduções de práticas agressivas e aversivas para tais condutas religiosas.                  

A força do sincretismo religioso no Brasil Colonial está enraizada em suas bases culturais, haja vista que neste período habitava neste Pindorama, povos portugueses, africanos e indígenas. Cada povo expressava-se religiosamente de forma única, sendo que alguns destes povos, na maioria das vezes, caminhavam na contramão do que pregava o cristianismo, que tinham a bíblia sagrada como seu manual para boas condutas, e extirpar aquelas que na visão cristã fossem inadequadas e torpes (FONSECA, 2012).

Neste período o cristianismo era a religião oficial de Portugal. Aqueles que professam sua fé por outras vias eram tidos como criminosos (Judeus e Protestantes) que precisavam ser controlados. Para tanto foi instaurada em 1536 pelo reino de Portugal a inquisição[2], que em linhas gerais é “... um mecanismo de dominação utilizado pela Igreja Católica e pelo Estado na tentativa de manter o domínio sobre as pessoas, controlando as ações destas através da religiosidade” (SILVA, 2011, p. 78).

Vale ainda ressaltar que a inquisição erroneamente é sempre associada com a igreja Católica e principalmente com o cristianismo. Neste período existia inquisição em muitos povos com as mais variadas religiões, como forma de dominar a população, e se preciso fosse com violência.

No Brasil não foi instalado um tribunal Inquisitorial. Contudo, havia uma comissão que fiscalizava a colônia de tempos em tempos. Os que porventura fossem acusados eram intimados a comparecer no reino para o seu julgamento. O tribunal inquisitorial responsável por julgar os crimes cometidos na colônia brasileira ficava localizado em Lisboa (SILVA, 2010).  

  Destarte salientar que na colônia brasileira, as perseguições aos “hereges” não ocorreram de forma tão simbólica como nas demais populações do planeta. Veremos mais a frente como se deu processo de inquisição no Brasil Colônia, bem como pontuar de que forma a metrópole se relacionava com as práticas de magia e feitiçaria. Utilizaremos para tanto uma revisão bibliográfica do assunto em livros e artigos científicos da área.

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