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Fichamento

Por:   •  3/12/2015  •  Resenha  •  1.178 Palavras (5 Páginas)  •  670 Visualizações

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BAUMAN, Zygmunt, Amor liquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Ed. Zahar, Rio de janeiro, 2004.

Rodrigo de lima santos

Citações representativas:

“Nem no amor nem na morte pode-se penetrar duas vezes menos ainda que no rio de Heráclito. Eles são, na verdade, suas próprias cabeças e seus próprios rabos, dispensando e descartando todos os outros” (p.17).

“[...] Não entre em pânico, vá levando, e não se esqueça nem por um momento de que isso vai acontecer pode estar certo. Ninguém está dizendo que seja fácil transformar as pessoas em parceiras do destino, mas não existe alternativa senão tentar, repetidamente” (p.42).

“Estabelecer um vínculo de afinidade proclama a intenção de tornar esse vínculo semelhante ao parentesco mas também a presteza em pagar o preço pelo avatar na moeda corrente da labuta diária e enfadonha” (p.46).

“[...] Não há sentido em comparar o sofrimentos do passado e do presente, tentando descobrir qual deles é menos suportável. Cada angustia fere e atormenta no seu próprio tempo” (p.66)

[...] Muito mais tem acontecido no caminho em direção à liquida e individualizada sociedade moderna para tornar os compromissos de longo prazo uma rara expectativa e a obrigação de assistência mútua incondicional uma perspectiva que nem percebida como digna de grandes esforços (p.86)

O compromisso com outra pessoa ou com outras pessoas, em particular o compromisso incondicional e certamente aquele do tipo “até que a morte nos separe”, na alegria e na tristeza, na riqueza ou na pobreza, parece cada vez mais uma armadilha que se deve evitar a todo custo (p.111).

É comum definir as cidades como lugares onde estranhos se encontram, permanecem próximos uns dos outros e interagem por longo tempo sem deixarem de ser estranhos. Examinando o papel das cidades no desenvolvimento econômico Jane Jacobs aponta a mera densidade da comunicação humana como a causa principal dessa inquietação própria do meio urbano (p.127)

Pessoas desgastadas e mortalmente fatigadas em consequência de testes de adequação eternamente inconclusos, assustadas até a alma pela misteriosa e inexplicável precariedade de seus destinos e pelas névoas globais que ocultam suas esperanças, buscam desesperadamente os culpados por seus problemas e tribulações (p.143).

“O planeta está se tornando carente desses aterros, em grande parte por causa do sucesso espetacular a difusão planetária do modo de vida moderno [...]” (p.149).

Bauman quer mostrar que nos tempos atuais, nós estamos vivendo uma era onde esse sentimento chamado amor não é tão sólido como antes, e diz que o amor está ficando líquido, ou seja esse sentimento amor não conseguimos pegar ele não é sólido, há uma fragilidade desse sentimento. Ele faz uma análise acerca das relações humanas, mais especificamente sobre sua fragilidade em nosso líquido mundo moderno. Liquido porque tudo muda tão rapidamente, liquido não tem forma são fluidos que se moldam conforme o recipiente nos quais estão contidos. Em suma, a vida liquida é uma vida precária, vivida em condições de incerteza constante.

O romantismo do amor parece estar fora de moda, o amor verdadeiro foi banalizado, diminuído a vários tipos de experiências vividas pelas pessoas as quais se referem a estas utilizando a palavra amor. Noites descompromissadas de sexo são chamadas “fazer amor”. Não existem mais responsabilidades de se amar, a palavra amor é usada mesmo quando as pessoas não sabem direito o seu real significado. De modo geral, desejamos ser amados, e não há nada de errado com isso. Mas o modo como nossa expectativa de amor se manifesta é algo que deve ser pensado. Bauman compara o relacionamento pós-moderno a um shopping center, onde, comprovadamente, não se compra por desejo, mas por impulso. As relações, então, seriam as mercadorias, prontas para serem consumidas e logo descartadas.

“Pressionados, a maioria de nós poderia enumerar momentos em que nos sentimos apaixonados e de fato estávamos” (p.19).

O relacionamento em geral, estão sendo tratados como mercadorias. Se existe algum defeito, podem ser trocadas por outras, mas não há garantia de que gostem do novo produto ou que possam receber seu dinheiro de volta. Hoje em dia os automóveis, computadores ou telefones em bom estado e em bom funcionamento são trocados como um monte de lixo no momento em que aparecem versões mais atualizadas. E assim acontece com os

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