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Fichamento Do Livro Entre Dois Tempos- José Messiano T. Ramos

Pesquisas Acadêmicas: Fichamento Do Livro Entre Dois Tempos- José Messiano T. Ramos. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  23/9/2013  •  2.384 Palavras (10 Páginas)  •  1.110 Visualizações

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Introdução:

Uma interessante viagem pela história do Guamá: [...] A impressão que dá é que as pessoas que viveram e vivem em locais que no passado foram considerados afastados docentro da cidade, chamados de baixadas ou periferias, como, por exemplo, o bairro do Guamá não faz parte da História. É claro que isso não corresponde à realidade, pois todos nós, independente do lugar onde moramos, da cor que temos, da religião que praticamos, somos sujeitos da historia. [...] Pág. 11

[...] Para enriquecer mais esse estudo, utilizei um técnica de pesquisa chamada “história Oral”, que, no geral, consiste na coleta e análise da memória de pessoas geralmente as de maior vivência. Assim sendo, realizei várias entrevistas com moradores do Guamáe funcionários da escola “Frei Daniel”, além de internos que viveram no antigo “leprosário Tuconduba”.

E vária outras pessoas. Todas mostraram paciência, alegria e, principalmente, satisfação em estar contribuindona reconstrução dessa história.

O livro tem também um caráter interdisciplinar, ou seja, pode ser utilizadas por professores das mais variadas matérias. A ideia é relacionar alguns assuntos abordados nele com temas dos conteúdos programáticos, como, por exemplo, educação ambiental, cidadania, violência, discriminação, produção de textos, análise matemática, entre outros. [...] Pág. 12

CAPÍTULO I:O Guamá tem muita História para mostrar.

Tucunduba, onde tudo começou: [...] Mais, pelo que se sabe o momento, a primeira forma de ocupação do bairro se refereuma fazenda localizada próxima ao igarapé Tucunduba, a qual foi doada como sesmaria pelo rei português ao senhor Theodoreto Soares Pereira, em 1728, para que o mesmo explorasse as riquezas existentes, como madeiras e “drogas do sertão”; praticasse a agricultura e realizasse todos os serviços necessários para o desenvolvimento da área, como a construção de pontes, portos e caminhos. Para isso, o posseiro não pagaria nenhum tipo de tributo, a não ser dízimo cobrado pelo Governo. [...] Pág. 15

[...] Os nomes Guamá Tucunduba são de origem indígena tupi-guarani. O primeiro se refere a um tipo de peixe (peixe-coelho), provavelmente abundante, há tempos passados, nos rios aqui da região, e o segundo significa “lugar que possui muitas árvores de tucum”- palmeira que fornece fibras para a fabricação de redes e cordas.

Em 1755 a fazenda Tucunduba foi adquiridapelos padres mercedarios (pertecentesa mesma ordem religiosa que construiu o Convento e a Igrejade N. Sra. Das Mercês). Com sua expução de Belém, em 1794, devido à reforma política promovida pelo ministro português Marquês de Pombal, alguns de seus bens, entre eles, a fazenda Tucunduba, foi confiscada e doada com “esmola” à Santa Casa de Misericórdia Paraense. [...] Pág. 16

[...] Nas primeiras décadas do seculo XIX, foi construido, no lugar da antiga olaria, o leprosário do Tucunduba, dando inicínicio a uma nova fase da ocupação da área do Guamá, agora como espaço dereclusão social. Segundo o historiador paraese Orlando Rego, (REGO, 1979, p. 46), a fundação do citado hospital deu-se no dia 07/03?1815. Administração do locale os cuidos com os doentes internados ficaram sob a responsabilidade da Santa Casa de Misericórdia do Pará. [...] Pág.17

O leprosário do Tucunduba não foi uma “sala de espera da morte”

[...] No começo do século XIX a Santa Casa de Misericórdia, que recebeu a doação da fazenda do Tucunduba, desativou a antiga olaria e improvisou no local um abrigo para os hansenianos que perambulavam pelas ruas e praças da cidade de Belém, sem nenhum tipo de assistência e em contato com a população considerada sadia. Nasce nesse momento o primeiro leprosário da Amazônia: o “Hospício dos Lázaros do Tucunduba”. [...] Pág.19

[...] Durante sua história, o hospício do Tucunduba passou por inúmeras reformas. A mais importante delas foi realizada pelo então Intendente Antônio Lemos, em 1905. Na ocasião, segundo o relatório da Intendência Municipal, o Leprosário foi praticamente refeito. [...] Pag. 20

[...] Toda esses melhoramentos podem ser pensados também como uma estratégia de proporcionar maior conforto e distração aos doentes, para que estes não se sentissem atraídos pelo “mundo dos sãos”, além de serem conquistas do hansenianos de melhores condições de vida dentro do Hospital do tucunduba. [...] Pag. 20

[...] Porém, essa imagem de “um bom lugar para se viver” não prevalecia em relação ao Leprosário do |Tucunduba. Ele era vistos como “sala de espera da morte”. Essa imagem fúnebre do local estava presente em diversas documentações do período: jornais, artigos médicos e científicos, relatórios administrativos da Santa Casa; relatos de visitantes e na sociedade em geral. Pág. [...] 24

Hanseníase, que doença é essa?

[...] De acordo com os estudos médicos dessa época, dessa época, a hanseníase era considerada uma doença de pele grave, de evolução lenta, que causava a morte. Seus sintomas eram geralmente a lenta, que causava a morte. Seus sintomas eram geralmente a insensibilidade em certas regiões dos membros, sarna brava, febre persistente, além de preguiça, fraqueza nas pernas, coriza, perturbações gástricas, diarreias, sensação de queimadura, secura nas narinas, vertigens, dor de cabeça e outros sintomas. Quando a doença alcançava um grau avançado, causava atrofia dos nervos, perda de capacidade física, unhas deformadas e dedos decompostos. [...] Pág. 27

[...] Apesar de a hanseníase atingir a todos, sem discriminação de classe econômica, a doença era considerada um fruto da miséria social, principalmente numa cidade como Belém, deficientes eram saneamento e coleta de lixo. Por conta disso, os doentes nos serviços de infraestrutura urbana, com precário sistema de esgoto, saneamento e coleta de lixo. Por conta disso, os doentes eram considerados pessoas inúteis, vagamundos, portadoras e divulgadoras de um mal maior para sociedade. Pessoas indesejáveis, vetores vivos do mal. [...] Pág. 29.

[...] Porém, mesmo com todos esses avanços médicos sobre a hanseníase, podemos notar nitidamente, ainda hoje, a permanência de ideias, valores atitudes em relação a essa doença em aos indivíduos atingidos por ela. Nas diversas entrevistas realizadas, inclusive com pessoas que não tinham a hanseníase, são muito fortes, nas suas memórias, os casos de preconceitos e discriminações que sofriam homens, mulheres e crianças atingidos pelo “mal de São Lázaro”. Pág.31

“O Guamá nunca foi

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