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GLADIADORES: GUERREIROS DESTEMIDOS OU FANTOCHES IMPERIAIS?

Por:   •  27/6/2017  •  Artigo  •  1.695 Palavras (7 Páginas)  •  364 Visualizações

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GLADIADORES: GUERREIROS DESTEMIDOS OU FANTOCHES IMPERIAIS?

 

Paulo Ricardo Pagiossi[1]

RESUMO:

O presente artigo é para compreensão a respeito da vida dos gladiadores, suas dificuldades, batalhas, sobrevivência e feitos heroicos. Nos tempos do Império Romano os gladiadores lutavam ferozmente por suas vidas no coliseu. Roma utilizou seus escravos para tornarem-se gladiadores como forma de entretenimento para o povo. O contingente de escravos em Roma era alto e alarmante, e com o tempo foi-se criando possibilidades para os escravos juntarem dinheiro e comprar sua liberdade. Dentre esses gladiadores temos um que se destacou entre os demais, seu nome era Spartacus. Spartacus é conhecido como o homem que desafiou Roma, pois com diversos companheiros gladiadores empreendeu fuga e resistiram bravamente contra algumas investidas do exército romano. Alguns homens foram designados para liderar e derrotar Spartacus e os rebeldes, como Clódio, Públio Varíno e Marco Crasso. Crasso foi quem conseguiu ser implacável no comando e derrotar Spartacus e os rebeldes, e como um romano de costumes antigos crucificou seis mil dos escravos na via Ápia.

Palavras chave: Gladiadores, Spartacus, Roma

1 INTRODUÇÃO:

 

Este texto diz respeito aos gladiadores romanos e como eles eram vistos pela sociedade da época e a sociedade atual. Para a elaboração deste artigo usou-se fontes bibliográficas, como livros, artigos científicos e revistas, além de filmes e documentários filmados. Tem por objetivo avaliar e comparar as visões consolidadas que as pessoas têm sobre eles, visões muitas vezes erradas e disseminadas por escritores negligentes, que por sua vez, maquiavam e maquiam fatos reais que tornam a história mais interessante do ponto de vista pessoal.

A respeito desses guerreiros, é importante ressaltarmos que surgem certas indagações a partir da visão formada que se tem a respeito da história que se conhece, indagações como, “seriam os gladiadores apenas fantoches prontos para morrer para a diversão do povo?” “Seriam homens lutando pela sua vida, honra e liberdade com bravura e sem temerem a morte?” “Ou seriam apenas mais uma peça do quebra-cabeças imperial com intuito de distrair o povo e em contrapartida controla-los, mostrando seu sangrento poderio?”.

Em sua maioria, os gladiadores eram escravos, prisioneiros de guerra, condenados à morte ou criminosos comuns. Eles eram treinados em centros de treinamentos que existiam nos arredores de Roma e receberam uma enorme quantidade de homens estimada em até mil homens para treinar e serem disciplinados para se tornar um gladiador. As regras para as lutas eram rígidas, para poder equilibrar os combates mesmo quando os lutadores usavam armamentos diferentes, pois era preciso deixar um clima de incerteza nas lutas e que as vantagens entre os lutadores fossem equilibradas.

2 OS GLADIADORES E A ESCRAVIDÃO

Nos tempos do Império Romano, a liberdade era algo extremamente precioso, geralmente gozavam dela os nobres. Com o elevado número de escravos, o próprio Império Romano viu-se encurralado, e como meio para conter essa problemática tomou a decisão de possibilitar aos escravos a compra de sua liberdade, embora mesmo não sendo mais escravo, continuaria a ser um cidadão de segunda classe e a marca de ex escravo permaneceria por toda sua vida.

A estimativa era que 30% da população da Roma Antiga eram escravos. A escravidão também atingiu os futuros filhos dos escravos, portanto, uma mulher escrava que tivesse filho também seria escravo.

Por emancipação, um escravo seria um homem quase livre, pois, não tinha todos os direitos do homem livre, ele permaneceria “cliente”, porém seus filhos seriam totalmente livres.

Transformava-se em escravo alguém que estivesse em dívida, como um estrangeiro e prisioneiro derrotado de uma guerra, por mau comportamento cívico e pirataria.

O Império Romano passou por um grande contingente de escravos, em sua grande maioria estrangeiros prisioneiros de guerra. Os escravos que fossem mais fortes e com aspecto físico melhor eram selecionados para serem vendidos e se tornariam gladiadores. Muitos acabavam tendo seu destino cruzado com os seus antigos amigos e companheiros, sendo obrigados a lutarem entre si e acontecia de terminar em morte de um deles.

 “Muitos eram obrigados em realizar as lutas contra companheiros ou amigos, isto demonstrava o grau de brutalidade desta disputa, que era transformada numa verdadeira selvageria que em muitas vezes terminava com a morte de um dos gladiadores.”

(SILVA, 2013, p.27)

Um dos fatos desconhecidos sobre os gladiadores é o fato de ter havido também gladiadoras, mulheres que também lutaram no coliseu.

3 O COLISEU

O coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano ou Flávio, foi construído no período da Roma Antiga. A origem do seu nome vem do latim Colosseum (ou Coliseus, do latim tardio), o nome é uma analogia à estátua colossal do imperador romano Nero, que ficava perto da edificação.

O coliseu foi o palco principal para os combates sangrentos e brutais dos gladiadores, onde o imperador, o senado e o povo assistiam com euforia as lutas dos escravos combatentes. Era capaz de abrigar 50 mil pessoas e era usado para diversos espetáculos. Foi usado para os espetáculos por aproximadamente 500 anos e deixou de ser usado no início da Idade Média e tempos depois foi usado para habitação, oficina, forte, sede de ordens religiosas e até como tempo cristão.

O coliseu foi inaugurado no ano 80 d.C. sob o mandato de Tito, para a celebração da finalização da construção.

No coliseu foram realizados diversos espetáculos, muitos realizados na urbe. Vários combates entre gladiadores não eram financiados pelo Estado, eram financiados por pessoas em busca de poder e prestígio. Um dos tipos de espetáculos que eram praticados no coliseu era a luta contra animais selvagens, chamada de venatio. Os animais que geralmente eram enfrentados eram os grandes felinos, como panteras, leões, leopardos, mas utilizaram também outros tipos como rinocerontes, hipopótamos, girafas e crocodilos. Nos combates contra animais, para relembrar batalhas famosas, eram criados cenários com árvores e edifícios.

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