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Goiás na Primeira República: A Luz no Fim do Túnel

Por:   •  1/2/2022  •  Trabalho acadêmico  •  657 Palavras (3 Páginas)  •  61 Visualizações

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CHAUL, N. N. F. Goiás na Primeira República: a luz no fim do túnel. In.:___. Caminhos de Goiás: da construção da decadência aos limites da modernidade. 2. ed. Goiânia: Editora da UFG, 2002, p. 113-133.

Neste texto, Chaul aponta que a partir do período em que se utiliza o termo atraso é que economia goiana começa a desenvolver de forma significativa, portanto, a ideia de atraso diferente da decadência – marcada pela transição da mineração para agropecuária –, é mercada pelo estudo do coronelismo em Goiás pelo Francisco Itami Campus.

O autor nos leva a refletir sobre a questão do conceito de atraso na Primeira Republica sendo “necessária uma viagem pelos trilhos da estrada de ferro em Goiás, cujos vagões se encontravam carregados de produtos agrícolas, sem grandes possibilidades de escoamento.” (CHAUL, 2002, pág.118). O que fazia Goiás ser atrasado era seu isolamento, porém, com a proclamação da República e a estrada de ferro, o estado poderia enfim se desenvolver, dessa forma o Chaul diz que os interesses políticos andam junto com os econômicos, por isso da necessidade de compreender o cenário político goiano.

“A história dos partidos políticos em Goiás, na Primeira República, tem seu inicio na cisão do antigo Partido Liberal. Os dissidentes passaram a formar o Partido Liberal Clubista, dirigido pelos Bulhões, enquanto o partido Liberal Histórico ficou sendo comandado pelos Fleury.” (CHAUL, 2002, Pág.119)

Esses partidos oligárquicos que estão presentes desde o império, foram os que mais se destacaram até a entrada dos Caiado nos interesses políticos, e por mais que não tivessem tanta notoriedade quanto os Bulhões – que estavam consolidados na política local e influencia nacional – os Caiado se destacavam pelos casamentos de interesses políticos, o que propiciou seu destaque na política de Goiás. A união dos Bulhões com os Caiado resultou na nomeação de José Xavier de Almeida para a presidência do Estado em 1901, entretanto, após sua eleição ocorreram diversos atritos entre as duas oligarquias.

Xavier, além de tentar se aproximar dos grupos opositores aos Bulhões, começou a renovar o corpo de fiscalização das rendas – o que tornou seu parceiro ainda mais descontente, visto que o mesmo (os Bulhões) usufruíam do aparelho do Estado – , ademais, buscava incrementar os transportes de Goiás, além de que:

“Ele estimulou o aumento das exportações, procurou aperfeiçoar o plantel do gado goiano, ampliou a fiscalização nos pastos e , sem onerar os cofres estaduais, estimulou a Cia. Mogyana de Estrada de Ferro, para que os trilhos chegassem a Catalão. Na prática, isso significaria o prolongamento da Estrada de Ferro Mogiana e da Estrada de Ferro Oeste de Minas até o Centro-Oeste” (CHAUL, 2002, Pág.123)

Xavier não teve nenhuma dificuldade em vencer os Bulhões na eleição seguinte (1904), que sofreu golpe – movimento chamado Revolução de 1909 – e levou os Bulhões ao poder novamente, que assinaram contrato com a Cia. Mogiana que levaria os trilhos a Goiandira e Catalão. À frente na nova eleição, Hermes da Fonseca tirou os Bulhões mais uma vez da política principal do Estado, assim, segundo o AUTOR, a Primeira República fica sob o domínio dos Jardim-Caiado, que tem fim somente em 1930.

Em suma, podemos perceber que na medida em que as disputas

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