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Guarani e Missionários

Por:   •  29/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  997 Palavras (4 Páginas)  •  186 Visualizações

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Analise de texto da relação entre guaranis e missionários

Segundo Gregory e Schallenberger (2008), os Guaranis são grupos humanos que foram progressivamente conquistando e se infiltrando na região do sul do Brasil. Vindos do norte do país, originários das flores unidas e tropicais da Amazônia e atlântica, os Guaranis eram sobretudo coletores de pinhão, agricultores de milho e raízes.

A cultura e modo de viver dos Guaranis foi ganhando espaços e se infiltrando e conquistando ascendência cultural sobre os demais agrupamentos indígenas existentes nesta região, que se caracterizavam por serem caçadores e coletores. Os Garanis eram povos que se aproximavam de uma matriz cultural marcada pelas características da língua, crença e religião, forma de assentamento, horticultura e espírito guerreiro. Viviam em aldeias distribuídos pela floresta e composta por grandes habitações que abrigavam uma grande família, que reuniam por sua vez os núcleos familiares formada a partir das filhas e netos. A família poligâmica Guarani, era fundamental para o estabelecimento de alianças através das quais se buscavam o fortalecimento para aniquilar os inimigos. As mulheres cabiam fundamentalmente a horticultura e fabricar cestos.

A província de Guairá foi criada no século XVI por Espanhóis, com vistas à necessidade de colonização do território, povoamento, extração de riquezas naturais, conquistas espirituais dos nativos e a subseqüente conquista da mão-de-obra indígena, no processo empreendido por colonizadores. Havia uma forma de administração espanhola qual uma pessoa era delegada elo rei para que explorasse e ocupasse um território colonial em um sistema conhecido como encomiendas. Assim esse sistema administrativo subjugava a oportunidade de conquista das matérias primas através de sua mão-de-obra que era escravizada. Não obtendo êxito com as encomendas , a própria coroa vê uma nova solução para continuar com os nativos no processo de colonização , mas de forma que esses não fossem escravizados e que houvesse uma aproximação e a criação de estabelecimentos entre Espanhóis e povos indígenas.

Com a necessidade de mudança, inicia se em conjunto com a igreja um processo de conquista junto à Companhia de Jesus , cujo método era baseado na evangelização e na instituições de reduções. Conhecido como missões Jesuíticas, que tinham como principal intenção de civilizar e catequisar nas doutrinas Cristas e também levar ofícios da agricultura. Esses nativos até então concebidos como pagãos, não aceitaram de prontidão a instauração do método proposto pelos padres jesuítas, pois tiveram resistência ao aceitar uma nova religião e modos de entender e enfrentar a vida cotidiana, onde eram privados de seus modos tradicionais ( poligamia, transição de território, liderança de grupos , culto e confecção de afrescos religiosos),enfim de sua cultura. Montoya traduz como resistência a seguinte forma ....( p.57)

É possivel perceber, durante o relato de Montoya, a divergencia de opiniões e atitudes que permeava a relação entre os espanhóis e os missionários jesuitas, quem escreve o relato procura demonstrar sua insatisfação com a atitude dos espanhóis que confrontavam os indios inimigos de forma violenta enquanto ele buscava soluções pacificas e intervenção divina na resolução do confronto.Os jesuitas acreditavam que esses espanhois deturpavam a moral cristã, não seguiam os costumes e que viam a população nativa como espolios sem se preocupar em dizima-los. Percebe-se também alguns detalhes da cultura indigina tal como o ato de antropofagia cometido pelos indios e de forma involuntaria por espanhois e jesuitas durante a invasão ao povoado, relata-se que um menino que auxiliava durante a missa havia sido aprisionado pelos indios inimigos, o jovem prisioneiro foi morto e sua carne cozida. Os indios “acreditavam que, ao se alimentarem da carne e da massa encefalica do prisioneiro, apropriavam-se das suas qualidades guerreiras e das suas virtudes.”(Gregory;Schallenberger, 2008) Outro ponto a se destacar é a posição de salvador que o jesuita se coloca, sendo aquele que salvou os indiginas e os ajudou a estabelecer-se como bons cristãos.

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