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Guerra Fria - Apenas Um Jogo de Interesse

Por:   •  18/8/2015  •  Resenha  •  1.139 Palavras (5 Páginas)  •  281 Visualizações

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Apenas um jogo de interesses

  Após a segunda guerra mundial, o mundo conheceu o poder de duas superpotências: A guerra fria foi uma das mais marcantes disputas vivenciadas pela humanidade, conflito esse que consistiu simultaneamente numa disputa e numa conivência entre Estados Unidos e ex-União Soviética (Portal São Francisco).

  Seguindo esse contexto, José Augusto Dias Junior, mestre em História Social pela USP, e Rafael Roubicek, administrador formado pela FGV-SP, escrevem o livro “Guerra fria: A era do medo” (Ática, 2003, 75 páginas) que aborda o drama de duas gerações que viveram sob o domínio do medo e debaixo da ameaça da destruição nuclear do planeta e esta resenha tem como objetivo explanar aspectos importantes desta obra.

  Os autores iniciam o livro fazendo referencia aos desbravadores dos ideais comunistas, aspecto de suma importância visto que o “fantasma do comunismo” foi um acontecimento intolerável pra os governos dos países capitalistas estabelecendo a partir de então um clima de hostilidade e desconfiança que marcaria as relações entre norte- americanos de um lado e soviéticos do outro” (p.5).

  Nesse ponto, interessante ressaltar um recurso utilizado pelos autores, que foi a inserção de quadros explicativos nas bordas das páginas empregados para a explicação de algum fato anterior ou termo mencionado no decorrer do livro, como por exemplo, um breve resumo do que foi a Revolução Bolchevique, visto que ela levou a classe operária pela primeira vez ao poder, e o comunismo apareceu de fato dando inicio a primeira sociedade comunista da história contemporânea: a União Soviética, fazendo com que o mundo capitalista se sentisse ameaçado, e isso facilita a compreensão do texto possibilitando que até mesmo leitores que não tenham conhecimentos prévios sobre o assunto possam se beneficiar da obra tornando- a acessível a um público maior.

 Mesmo lutando contra um inimigo comum, os EUA tentaram ao final da Segunda Guerra fazer uso de um novo artificio: a bomba nuclear, para tentar intimidar Stalin, para que este viesse a retroceder em suas pretensões de controlar novos territórios, limitando a experiência socialista à União Soviética (p.11), não obtendo sucesso na intimidação os EUA resolveram fazer uma demonstração prática de poder, resultando na desolação das cidades de Hiroshima e Nagasaki, colocando assim um ponto final na Guerra, mas também dando inicio a uma nova era: a era do medo, bem identificado pelos autores no subtítulo, visto que esse foi o recado de que os EUA não hesitariam em usar seu poder nuclear se seus interesses estivessem em jogo, dividindo o mundo em dois e marcando o inicio de uma nova pugna: a Guerra Fria.

  Agora o mundo estava apreensivo diante de duas potencias que poderiam usar seu poderio atômico a qualquer momento, espalhando assim o medo de um apocalipse nuclear talvez iminente (p.24), e os autores discorrem sobre os fatos seguintes, dividindo o livro em partes, primeiro apresentando a visão do mundo capitalista, mas especificadamente dos EUA, em relação à ameaça comunista, e posteriormente à visão socialista, fazendo um contraponto entres as medidas xenofóbicas anticomunistas e a reação socialista diante destas. Interessante que os autores deixam explicito que toda ação por parte do mundo capitalista simultaneamente sofria uma reação por parte do mundo comunista, por exemplo, em 1949 foi criada a Organização do Tratado do Atlântico Norte, “uma aliança militar, com o objetivo específico de proteger a Europa Ocidental do perigo comunista” (p. 16) e em 1955 foi assinado o Pacto de Varsóvia, órgão comunista com as mesmas funções, também a criação da CIA ( Central Intelligence Agency) para agir eficazmente no exterior em 1947 para que assim os EUA pudesse intervir secretamente nos assuntos internos de outros países (p.26) e em contra partida em 1954 o governo da União Soviética cria a KGB, comitê para a segurança do Estado, com o mesmo objetivo da CIA, operações secretas no exterior (p.36).

  Diante desses atos, percebe-se que quase tudo seria feito para a conquista ideológica de novos territórios ou para impedir que o inimigo aumentasse o seu poder; As Coreias, por exemplo, o palco para os embates indiretos, o sul sob controle americano e o norte sob influência soviética guerrearam em 1950 (p.37) e tem suas divisões estabelecidas até os dias de hoje. Nesse período, ambas as potências almejavam se superar no desenvolvimento de novas tecnologias, no processo conhecido como corrida armamentista, tudo de forma indireta, sem conflitos propriamente armados o que justifica a denominação da guerra como “fria”.

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