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Historia De Campo Grande

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Por:   •  16/11/2014  •  3.904 Palavras (16 Páginas)  •  335 Visualizações

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História de Mato Grosso do Sul

O maior evento histórico que ocorreu nas terras do atual estado foi a Guerra do Paraguai, nas quais os exércitos Brasileiro, Argentino e Uruguaio combateram juntos os Paraguaios, esse combate praticamente destruiu o Paraguai, potência econômica durante o período da guerra (Século XIX).

Etimologia

A origem do termo Mato Grosso é incerta, acredita-se que o seja originário da palavra guarani Kaagua'zú (Kaa bosque, mata e Guazú grande, volumoso), que significa literalmente Mato Grosso.

Linguisticamente, o nome Mato Grosso do Sul se faz acompanhar por artigo definido, como acontece com nomes geográficos derivados de termos genéricos: "o Mato Grosso do Sul", "o Rio de Janeiro", "o Espírito Santo". Entretanto, este uso é contestado e há quem prefira eliminar o artigo definido: "em Mato Grosso".

Primórdios

A ocupação humana do estado de Mato Grosso do Sul iniciou-se por volta de 10.000 A.C. através dos primeiros habitantes indígenas, ancestrais dos ameríndios contemporâneos Guaranis, Terenas, Caiouás e Caiapós, tendo, através dos anos, novos povos se estabelecido na região, como por exemplo os Ofaiés.

A Erva Matte

No ano de 1872, a uma comissão mista formada por brasileiros e paraguaios coube re-desenhar os limites entre os dois países, tarefa que nunca havia sido completada anteriormente à guerra. Nesse processo de remarcação de fronteiras esteve presente Thomás Larangeira, que acompanhava um envolvido nas negociações que era seu patrão. Assim, foi possível a Thomás Larangeira conhecer bem a área de fronteira, onde, em meio a terras indígenas e devolutas, encontrou extensos ervais nativos de Ilex paraguariensis, a erva-mate.

Concessão para atividades extrativas em terras devolutas – o início

Quando do final dos trabalhos de demarcação, no ano de 1874, Thomás Larangeira trouxe do Rio Grande do Sul especialistas em erva-mate para que pudesse dar início aos trabalhos nos ervais, tendo contratado, também, mão-de-obra paraguaia. Dez anos mais tarde, por intermédio do Barão de Maracaju, recebeu a concessão para explorar legalmente aquelas terras, que até então encontravam-se devolutas. A autorização deu-se pelo Decreto nº 8,799 do Governo Imperial, datando de 9 de setembro de 1884 e assinado por Dom Pedro II. Dada a facilidade em se encontrar mercados consumidores, principalmente o Uruguai e a Argentina, e a inexistência de grandes dispêndios na lida da erva-mate, o negócio mostrou-se, desde o começo, muito lucrativo.

O império da Matte Larangeira durante a República Velha

No ano de 1892, por fim, Thomás Larangeira associou-se aos Murtinho, uma família tradicional de políticos do sul de Mato Grosso, e criou a Companhia Matte Larangeira. Também passaram a utilizar o Porto Murtinho, criado por Antônio Correia às margens do rio Paraguai, para despachar o mate para a Argentina. O transporte da erva, colhido de maneira puramente extrativa, exigia oitocentas carretas e vinte mil bois, e, de forma a levar o produto até o porto, a Companhia Matte Larangeira construiu um aterro ferroviário de 22 km, uma vez que o velho interesses - a oligarquia do sul sul-matogrossense e a aversão à Matte Larangeira e ao governo do norte. Devido a sua associação com importantes famílias políticas de Mato Grosso, Thomás Larangeira e sua companhia sempre tiveram privilégios na exploração dos ervais sul-matogrossenses, a começar pelo fato de que trabalhavam de maneira privada em terras que não lhes pertenciam. Também obtinham isenções fiscais. Com o povoamento do sul do território do atual Mato Grosso do Sul, no entanto, tensões logo começaram a surgir, uma vez que o interesse nas terras exploradas pela Matte Larangeira aumentou significativamente. Os coronéis da região sul do atual Mato Grosso do Sul passaram a desejar, já durante a República Velha, o reconhecimento de posse da terra ocupada por eles nas vizinhanças dos ervais, terras por um motivo ou outro não exploradas pela Companhia Matte Larangeira, que, no entanto, continuava a ter licença de exploração sobre elas. Em oposição às regalias dadas à companhia pelo governo estadual, que nunca daria a eles posse de terra enquanto a Matte Larangeira ali existisse, os coronéis do sul sul-matogrossense uniram-se, desta forma, à oligarquia do norte do estado, que rivalizava à Matte Larangeira por ter interesse em seus ervais.

Nascimento do sentimento divisionista

Neste complexo conflito de interesses iniciaram-se, por fim, as idéias divisionistas no sul matogrossense. Os coronéis do sul de Mato Grosso do Sul passaram, a partir da formação da aliança com a oligarquia do norte, a fazer oposição armada ao governo estadual e à Matte Larangeira.

Estrada de Ferro Noroeste do Brasil

Campo Grande – Três Lagoas, a aproximação com São Paulo e o distanciamento do norte.

Nas primeiras décadas do século XX, com o advento da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, considerada um sinônimo de desbravamento da região oeste brasileira, foi notável o aumento da proximidade do sul matogrossense com o estado de São Paulo. De fato, conquanto agora estivesse ligado por vias férrea, rodoviária e fluvial à capital paulista, o sul de Mato Grosso somente se ligava à capital mato-grossense, Cuiabá, através de uma estrada precária.

Dessa maneira, com o estabelecimento das viagens de trem entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, o aumento no número de migrantes dinamizou a economia sul-matogrossense, vinculando-a à paulista e permitindo a expansão de cidades cuja atividade principal era a pecuária, como Três Lagoas e Campo Grande. Simultaneamente, embora continuasse a estar ligada aos principais centros comerciais da Bacia do Prata, em especial Buenos Aires e Montevidéu, através do rio Paraguai, Corumbá, que na década de 1930 possuía vinte e cinco bancos internacionais e a libra esterlina como moeda corrente, começou a ver sua economia decair. Isso se deveu ao fato de que a N.O.B transferiu o eixo econônico do Rio Paraguai, Corumbá e Cuiabá para Campo Grande, Três Lagoas e o leste do estado.O crescimento demográfico - popularização, militarização e fortalecimento do movimento divisionista

Entre outros benefícios trazidos pela Estrada de Ferro Noroeste do Brasil estavam o crescimento populacional da região sul matogrossense, a urbanização dessa população e, a somar-se a essas positivas mudanças sócio econômicas, a transferência,

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