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História Da Medicina Nos séculos XIX E Xx

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Por:   •  10/2/2015  •  3.133 Palavras (13 Páginas)  •  1.068 Visualizações

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Na idade média, a prática médica era fortemente proibida pela igreja. O ato de violar o corpo humano era visto como uma afronta direta a Deus. Já nos séculos 15 e 16, com o advento da revolução tecnológica e cientifica nascida pelo desenvolvimento do Renascimento Cultural, a prática médica começou a tomar forma. A aplicação do método científico de Rene Descartes nas ciências médicas começou a dar formato à nova era que surgia.

Com o tempo, a prática medica passou a ser reconhecida como uma ciência muito respeitada. Com as mudanças de pensamento que surgiram na população até chegar ao século XIX, os séculos cujas mudanças mais marcaram a história da medicina, revolucionando as práticas futuras. Com a evolução dos estudos médicos foram necessários recursos pouco disponíveis até então. Dentre as dificuldades que atrasavam o avanço científico pode-se destacar a escassez de cadáveres para estudo da anatomia, que só foi sanada a partir da “Anatomy Act” (Reino Unido, 1832), lei que facilitou e regularizou o uso de corpos para o estudo da anatomia.

Durante o século XIX, os avanços no pensamento clínico, a fisiopatologia e a evolução dos estudos anatômicos dominaram os primeiros anos do século, seguido rapidamente pelas novas teorias, como a teoria celular, dos miasmas e germinal. Também foram feitas descobertas bacteriológicas, virais, aprimoramento de técnicas cirúrgicas e o desenvolvimento de novos antissépticos e anestésicos, fechando o século XIX com o surgimento das novas técnicas radiológicas. ​

No século XX, o aumento da expectativa e da qualidade de vida deve-se muito aos estudos de farmacologia, desenvolvimento de vacinas e estudos com humanos provenientes de testes realizados durante as duas grandes guerras, especialmente na segunda guerra mundial.

Século XIX

Teoria celular: Em 1830, foram desenvolvidas as chamadas lentes acromáticas, que culminaram com o desenvolvimento dos novos modelos de microscópios pelo físico alemão Ernest Abbé, cujo modelo de microscópio acromático com condensador é praticamente o mesmo utilizado atualmente. Com esse novo modelo de microscópio, os estudos dos tecidos (a chamada histologia) desenvolveu-se em uma nova ciência de estudo celular, a citologia.

Utilizando este novo equipamento, mais potente que os modelos anteriores, o cientista inglês Robert Hooke, no início do século XVII observou células mortas de cortiça e, pelos espaçamentos ocos que conseguiu visualizar, chamou-os de células por seu formato singular. Já o cientista oriundo dos países baixos Antonie van Leeuwenhoek, um construtor de microscópios e comerciante viu células vivas pela primeira vez.

Juntamente com as ideias de Hooke e Leewenhoek, três cientistas alemães (Theodore Schwann, Matthias Jakob Schleiden e Rudolf Virchow) desenvolveram a teoria celular, cujos princípios embasavam que todos os seres vivos são compostos de células, a sua unidade básica estrutural e funcional, além de que todas as células são formadas por outras células. Virchow mostrou diversos comportamentos e processos biológicos embasando-se nessa técnica, como a fertilização e o crescimento, além de demonstrar que alterações nas células podem evoluir para quadros clínicos como câncer e outras doenças, sendo considerado um dos grandes marcos da medicina moderna.

Teoria dos miasmas: Ainda seguindo os avanços científicos da época, a precursora da enfermagem, Florence Nightingale (1820-1910) desenvolveu a teoria dos miasmas. Miasma significa uma emanação metífica oriunda de matérias pútridas, e embasando sua teoria neste conceito, Nightingale afirmava que as más condições do ambiente era o principal causador de doenças. Como cuidava de pacientes de campos de batalha, especialmente durante a guerra da Crimeia que ocorreu entre 1853 a 1856, sua teoria pode ser formulada, mas sua validade durou por pouco tempo.

Em 1854, o bairro londrino de Soho, sofreu um curto de cólera avassalador. John Snow, um proeminente médico anestesista inglês foi contra a teoria do miasma, onde o mau cheiro era o transmissor da doença e, com seus estudos, pode propor que alguma substancia nas fezes dos doentes, quando ingerida juntamente com a agua era o verdadeiro transmissor da cólera. Para tanto, Snow mapeou os surtos e descobriu que se concentravam em uma mesma rua, fortalecendo sua teoria. Foi o primeiro passo para o desenvolvimento da teoria germinal, teoria esta desenvolvida por Louis Pasteur. Também foi verificado, neste acontecimento o surgimento da epidemiologia, pautada nos estudos e análises feitas por John Snow.

Teoria germinal: Louis Pasteur, cientista francês nascido em 1822 foi um dos mais importantes descobridores e inovadores na área medica, principalmente com suas descobertas sobre as causas e prevenção de doenças. Desenvolveu o processo conhecido como pasteurização, onde se aquece e resfria os conteúdos de leite e vinho para eliminar microorganismos, evitando doenças. Um dos pilares fundamentais da microbiologia, Pasteur afirmava que deveriam existir agentes etiológicos que causavam as doenças, e estes se espalhavam com extrema facilidade. Em seus estudos, definiu a inter-relação entre os microorganismos e as doenças. Seus estudos também colocaram a teoria da abiogênese por terra, e serviram de grande base para o desenvolvimento de vacinas e para a grande teoria germinal (ou teoria microbiana das doenças).

Mas o fechamento da teoria deu-se com o médico alemão Robert Koch (1843-1910). Em seus estudos, ele identificou bactérias específicas, que causavam males como o antraz, a tuberculose e a cólera, desenvolvendo os postulados de Henle e os adaptando para os chamados postulados de Koch para determinar se uma pessoa está contaminada por patógenos bacterianos ou se simplesmente os carrega.

Os postulados se dividem em quatro níveis, a seguir:

1 – Associação constante patógeno-hospedeiro: o patógeno em questão deve ser encontrado associado em todos os casos de patogenicidade;

2 – isolamento do patógeno: o microorganismo deve ser isolado e cultivado em meios de cultura propícios para seu desenvolvimento, além de que suas características (parasita obrigatório ou não), seus sintomas e sua aparência devem ser registrados;

3 – inoculação do patógeno: após o “tratamento” em meio de cultura pura, obtido no passo 2, o patógeno deve ser inoculado em um hospedeiro saudável,

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