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Hochschule für Gestaltung - HfG [Escola Superior Da Forma]

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Por:   •  1/9/2014  •  1.337 Palavras (6 Páginas)  •  607 Visualizações

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Hochschule für Gestaltung - HfG [Escola Superior da Forma]

Histórico

Conhecida como Escola Superior da Forma, a Escola de Ulm, na Alemanha, é um centro de ensino e pesquisa de design e criação industrial, concebida em 1947 e fundada em 1952, por Inge Aicher-Scholl (1917-1998) e Otl Aicher (1922-1991), professores da já existente Escola Popular Superior da Forma de Ulm, e por Max Bill (1908-1994), antigo aluno da Bauhaus. Trata-se de um empreendimento privado de caráter interdisciplinar, que reúne arquitetos, designers, cineastas, pintores, músicos, cientistas e outros. A idéia da escola é formar profissionais com sólida base artística e técnica para atuarem na concepção de ampla gama de objetos produzidos em escala industrial, de uso cotidiano ou científico, relacionados à construção e aos suportes modernos de informação, às mídias e à publicidade. O modelo de Ulm retoma as relações entre arte e ofícios, arte e indústria, arte e vida cotidiana presentes nas experiências anteriores do arts and crafts, doart nouveau e do art déco, todos esses movimentos comprometidos com a superação das distâncias entre belas-artes e artes aplicadas. De modo mais direto, o centro de Ulm inspira-se na experiência da Bauhaus, sobretudo na fase da escola em Dessau, Alemanha em1925, quando a articulação entre arte e indústria se torna mais nítida. As relações de proximidade e distância com o projeto da Bauhaus marcam as diversas fases da Escola de Ulm, sendo responsáveis por discordâncias entre seus integrantes mais afeitos às artes e ao design, sob a inspiração de Walter Gropius (1883-1969), e os que enfatizam a primazia da ciência e da técnica. As palavras de Aicher são emblemáticas: "Quando Walter Gropius nos propôs chamar "Bauhaus Ulm" a Escola Superior da Forma [Hochschule für Gestaltung], nós recusamos".

O caráter internacional da instituição é flagrante. O corpo docente é recrutado em diversos países da Europa - França, Holanda, Inglaterra, Suíça, Áustria e da América do Sul e do Norte e é alta a porcentagem de estudantes estrangeiros: entre 40% e 50%. O corpo de conferencistas convidados é diversificado, o que realça a vocação cosmopolita do projeto e sua dimensão experimental, com a abertura permanente a idéias e teorias novas. Passam pela escola, entre outros, Rodolfo Bonetto (1929-1991), Josef Albers (1888-1976), Frei Otto (1925), Karl Gerstner (1930), Etienne Grandjean, Ralf Dahrendorf (1929), Hans Magnus Enzensberger (1929), Walter Gropius e Mies van der Rohe (1886-1969). O trabalho é organizado em cursos, seminários e atividades práticas sobre um projeto, definido também em função das encomendas recebidas de diversas indústrias e organizações. Quatro grandes seções definem a estrutura do trabalho: design de produtos, comunicação visual, construção e informação.

Os cursos dividem-se entre os comuns a todas as seções e os específicos, um de ensino fundamental e três especializados, em função da seção escolhida quatro anos de duração. A escola tem ainda um setor de criação cinematográfica. A filosofia mais geral que ampara sua concepção pedagógica é do desenvolvimento do espírito crítico, amparado na convicção de seus fundadores - todos eles antifascistas, é bom lembrar -, nas possibilidades de criação de um homem novo e de um novo estilo de vida. A independência econômica do centro em seus primeiros anos - sustentado pela Fundação Holl, criada quando ocorre a execução dos irmãos Hans e Sophia pelos nazistas - garante sua independência em relação à burocracia cultural de cunho conservador, convertendo-se em elemento fundamental a sustentar a liberdade de experimentação e de crítica.

Os estudiosos tendem a dividir a história da escola em algumas grandes fases. A primeira delas corresponde aos anos de criação, de 1947 a 1953, e ao grupo fundador, que imagina de início uma "Escola Superior Social e Política" que contribuísse para uma nova educação democrática. A idéia de Bill de criar uma Escola Superior de Projeto, definida em função do trabalho prático e coletivo em pequenos grupos, acaba se impondo e uma dotação do governo norte-americano, obtida por Aicher-Scholl, viabiliza o começo das atividades da Escola de Ulm. Os anos de 1953 a 1956 coincidem com o período em que Bill dirige a escola, imprimindo amplo ideal universalista, definido na máxima: "Da colher à cidade [...] colaborar para a construção de uma nova civilização". Nesse período também é concluído o prédio, com base no desenho do próprio Bill. A atuação intensa de ex-alunos da Bauhaus nessa fase - além de Bill, Josef Albers, Johannes Itten (1888-1967) e Helene Nonné-Schmidt - define um projeto estético, social e político afinado com o modelo de Gropius.

No fim de 1956, Max Bill deixa a escola por discordâncias com o grupo formado pelo pintor argentino Tomás Maldonado (1922), pelo arquiteto holandês Hans Gugelot (1920-1965) e pelo antigo membro do De Stijl, Friedrich Vordemberge-Gildewart (1897-1981), ao qual se liga Aicher, que insiste no rompimento com a tradição artesanal

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