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Imperatriz Teodora

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Por:   •  19/4/2014  •  810 Palavras (4 Páginas)  •  310 Visualizações

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Imperatriz Teodora

Conforme descreveu o historiador bizantino Procópio em seu livro História Secreta, Teodora era filha de Acácio, que cuidava dos ursos do Hipódromo em Constantinopla. Ao ficar órfã, seguiu sua irmã na carreira teatral. Com 15 anos, já era uma conhecida dançarina e mímica, famosa por sua beleza e talento cômico (em suas viagens pelo Egito, conheceu Timóteo, um monofisita (que acreditava que Jesus Cristo tinha uma natureza composta humana e divina) que influenciou em muito sua formação religiosa).

Sua beleza, ajudada pela arte ou pelo acaso, logo atraiu, cativou e prendeu o patrício Justiniano, que já reinava com poderes absolutos em nome do tio. Justiniano se deleitava em enobrecer e enriquecer o objeto de seus afetos; pôs-lhe aos pés os tesouros do Oriente; estava decidido, o sobrinho de Justino, a, talvez por escrúpulos religiosos, conferir à sua concubina o caráter sagrado e legal de esposa. Mas as leis de Roma proibiam expressamente o casamento de um senador com qualquer mulher que tivesse sido desonrada por uma origem servil ou pela profissão teatral; a imperatriz Lupicínia ou Eufêmia, bárbara de maneiras rústicas, mas de impecável virtude, recusou-se a aceitar uma prostituta como sobrinha, e mesmo Vigilância, a supersticiosa mãe de Justiniano, embora reconhecesse o tino e beleza de Teodora, tinha sérios receios de que a leviandade e arrogância daquela ardilosa amante pudessem corromper a piedade e ventura do seu filho.

A inflexível constância de Justiniano removeu tais obstáculos. Aguardou pacientemente a morte da imperatriz; desprezou as lágrimas da mãe, que não tardou a sucumbir sob o peso da aflição; e em nome do imperador Justino fez promulgar uma lei que abolia a rígida jurisprudência da Antiguidade. Um glorioso arrependimento (palavra do édito) era facultado às desditosas mulheres que houvessem prostituído suas pessoas no teatro, sendo-lhes permitido contrair uma união legal com os romanos mais ilustres.

Quando o tio morreu, Justiniano subiu ao trono e fez de Teodora governante ao seu lado. O talento e a autoridade de Teodora ficaram evidentes imediatamente em todos os assuntos administrativos, religiosos e políticos. No início de seu reinado conjunto, como resultado dos altos impostos e outros conflitos políticos, uma insurreição, conhecida como a Revolta de Nika, estourou em Constantinopla. Temendo a reação da população, Justiniano pensou em fugir. Porém, o conselho e capacidade de liderança de Teodora provocaram o fim do motim e salvou o império. Ela convenceu Justiniano a usar os impostos para pagar a reconstrução de igrejas, o que o fez querido pelo povo.

“Ainda mesmo que a fuga seja a única salvação, não fugirei, pois aqueles que usam a coroa não devem sobreviver a sua perda. Se queres fugir, César, foge; eu ficarei, pois a púrpura é uma bela mortalha”

Embora apoiasse totalmente o desejo do marido de reconstruir o Império Romano, Teodora sempre se opôs à expansão de seus domínios através do constante estado de guerra. A história provou que sua opinião fora realmente à escolha mais sábia. Justiniano ficou famoso por ter codificado a lei romana, um processo que levou dez anos, e Teodora exerceu grande influência em seu modo de pensar. O resultado do trabalho, o Cordex e outros volumes, ainda forma a base do sistema legal de muitos

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