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Introdução Ao Direito

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Por:   •  13/11/2013  •  3.046 Palavras (13 Páginas)  •  222 Visualizações

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HISTÓRIA E ECONOMIA

Resenha, apresentada ao Colegiado de Curso, a professora Simone Reis com vistas à obtenção de grau, aprovação na disciplina do 1º ano, Noturno, do Curso de Economia da Faculdade Zumbi dos Palmares, Instituto Afro brasileiro de Ensino Superior.

São Paulo Abril de 2011.

Referência Bibliográfica:

Leo Huberman, A História da Riqueza do Homem, Nova York, Julho de 1936. 282 p.

Leo Huberman (Newark, 17 de outubro de 1903 — 9 de novembro de 1968) foi um jornalista e escritor marxista norte-americano, co-fundador da revista Monthly Review.

Sua obra mais conhecida, "A História da Riqueza do Homem" ("Man's Worldly Goods"), foi publicada em 1936 após pesquisa realizada na Faculdade de Economia de Londres. Dois anos depois foi nomeado chefe do Departamento de Ciências Sociais do New College da Universidade Columbia.

O livro em epígrafe retrata a história através da teoria da economia, e a teoria econômica através da história.

Um dos primeiros grandes movimentos de formação da riqueza no Estado nacional: a concentração econômica. Podemos recordar, com facilidade, do período colonial, quando todo ouro extraído do nosso país (colônia na época) era encaminhado à metrópole, Portugal. São inúmeros os exemplos de centralização econômica, mas o interessante é percebermos que ao longo do tempo o modelo de concentração econômica se transformou se aperfeiçoou, se modernizou, mas continuou gerando desigualdades crescentes.

As desigualdades sociais e a concentração econômica nos remetem a dois desafios, como criar processos de geração de riqueza que sejam menos centralizados e, como evitar que esta riqueza gere benefícios acumulados em grande escala para uma parte do planeta, excluindo a outra.

Ao questionarmos de onde vem o dinheiro, obtermos informações que de o dinheiro só se torna capital quando é usado para adquirir mercadorias ou trabalho com a finalidade de vendê-los novamente com lucro.

O lucro vem do fato de receber o trabalhador um salário menor do que o valor da coisa produzida. O capitalista é dono dos meios de produção - edifícios, máquinas, matéria prima, etc.; compra a força de trabalho. É da associação dessas duas coisas que decorre a produção capitalista.

O dinheiro não é a única forma de capital. Um industrial de hoje pode ter pouco ou nenhum dinheiro, e não obstante ser possuidor de grande volume de capital. Pode ser dono de meios de produção. Isso, o seu capital, aumenta na medida em que ele compra a força de trabalho.

Sempre haverá uma moral para os capitalistas. O dinheiro só se torna capital quando é usado para adquirir mercadorias ou trabalho com a finalidade de vendê-los novamente com lucro.

O mais interessante, porém é que a obra não deixa passar a exploração dos pobres pelos que detém o poder político e econômico e o nível predatório a que chegou tal exploração nos dias atuais.

A análise do autor começa a partir do sistema feudal e sua organização. O Feudalismo situou-se no período histórico conhecido como Idade Média e foi um modo de sistematização da vida social cuja economia se baseava na terra. Isto significa que o potencial de riqueza era medido na extensão e na quantidade de terras possuídas por um indivíduo. A essas terras denominamos feudos e era praticamente o reino de um senhor feudal. Logo, quem possuía terras era rico e quem não possuía terras era pobre e este, se quisesse sobreviver teria de se submeter a trabalhar para o senhor feudal. A sociedade na Idade Média era dividida em basicamente três grupos completamente distintos: no topo da pirâmide estava o clero, isto é, o poder político-religioso exercido pela Igreja Católica Romana desde a época do imperador.

Constantino no século IV. A Igreja era composta de pessoas altamente instruídas no campo filosófico e detinha um poder de influência muito grande devido ao seu poder territorial (por ser o maior senhor feudal da época) e espiritual na vida das pessoas. Abaixo da classe clerical estava a nobreza, isto é, os senhores feudais os reis e os cavaleiros. Estes possuíam grandes propriedades de terra e detinha também o poderio militar. Pagavam à Igreja o dízimo da produção gerada em seus feudos ao mesmo tempo em que cobravam taxas abusivas de impostos aos camponeses que os cultivavam. Por fim, na base da pirâmide havia os servos, que eram a maior parte da população, composta de camponeses, artesãos e empregados de serviços gerais. Estes tinham que trabalhar para um senhor feudal para ter direito à uma pequena porção de terra, a qual cultivava e morava. Porém os servos tinham que cultivar tanto a sua terra quanto a do senhor. O que era produzido na terra senhorial era de propriedade do mesmo, e o que era produzido na terra do servo, este deveria dar uma porcentagem de sua produção ao referido senhor, como pagamento de impostos ou taxas.

Toda essa organização do sistema feudal tinha um efeito colateral grave: sendo a terra a base da fortuna do homem, tal visão começou a estimular muitas guerras por conquistas de terras. Eram feudos contra feudos, de modo que para se vencer as guerras eram necessárias tratado de alianças. Estas alianças eram estabelecidas pela mútua cooperação em combate, transferência de feudos de um senhor ao outro e troca de presentes. Costumava-se um senhor oferecer partes de suas terras a outro senhor e este lhe ficava devendo certos serviços, em geral militares. Com essa relação era possível visualizar uma grande cadeia de senhores, cuja interligação passava pelos reis e terminavam na Igreja. Devido ao poderio espiritual exercido por esta, os nobres e conquistadores costumavam pagar uma determinada quantia de sua terra e sua produção à Igreja, com a imagem de que estariam fazendo algum ato de caridade e assim atraindo as bênçãos de Deus para suas vidas. No entanto, esta estava enriquecendo cada vez mais a ponto de se estabelecer como o maior senhor da época, possuindo mais de 1/3 das terras da Europa.

Como era de costume que os filhos dos senhores fossem herdeiros das terras, a Igreja se viu num dilema: se todos os padres, bispos e abades tiverem filhos, a quantidade de terras possuídas pela igreja certamente iriam diminuir bastante a medida que seu poder temporal também se esvaziaria. Qual então seria a solução mais plausível? O celibato clerical. Assim, a Igreja continuava a dominar as terras da Europa sem se preocupar em dividi-las no futuro.

Até os primórdios da Idade

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