Investigação de Ação no Mantzalite de Santarin

PASTORAL DO MENOR: Um Estudo Acerca das Ações no Município de Santarém

Carla Cristina da Costa Buchalle1

Josemir Moreira Guimarães2

Paula Milena da Costa Buchalle3

Amasa Carvalho4

RESUMO

A Pastoral do Menor (PAMEN) é uma Organização não Governamental, pertencente às Obras Sociais da Diocese de Santarém. Neste artigo objetivamos saber quais ações foram e são desenvolvidas por ela na cidade de Santarém, qual seu público alvo e qual seu histórico. Através de consultas ao site da ONG e de entrevista concedida pela coordenadora pedagógica Salvelina, além do material digital cedido pela mesma, conseguimos informações importantes e chegamos à conclusão de que a PAMEN é de extrema importância para a sociedade santarena, visto que seus serviços e orientações fazem diferença na vida da maioria das crianças e adolescentes que têm a oportunidade de fazer parte deste projeto.

Palavras-chave: Pastoral do Menor. Santarém. Histórico.

INTRODUÇÃO

A Organização não Governamental pertencente às obras da Diocese de Santarém, Pastoral do Menor, desenvolve inúmeras atividades voltadas a crianças e adolescentes marginalizados. O presente artigo busca mostrar que atividades são essas, a quem elas assistem e em que contexto estão encaixadas, visto que esta instituição tem uma irrelevância social notável.

DESENVOLVIMENTO

Segundo o seu Projeto Geral cedido pela coordenadora pedagógica da PAMEN na ocasião em que a entrevistamos, a instituição “é uma entidade civil beneficente, sem fins lucrativos, que surgiu a partir do olhar da igreja católica pela necessidade de acompanhamento e organização das crianças e adolescentes que trabalhavam nas ruas e praças da cidade de Santarém na década de 1980. Admite-se que nos últimos 26 anos aumentou consideravelmente a procura dos usuários pelas atividades da Pastoral do Menor por conta de conflitos na família, o baixo rendimento escolar, o crescimento da violação dos direitos da criança e do adolescente - causa maior da permanência nas ruas - o consumo de drogas, a integração nas gangues e nas quadrilhas organizadas.”

Em 1982 o então Bispo da cidade de Santarém Dom Lino Vombommel deu a incumbência de coordenar a Pastoral do Menor ao Ir. Ronald David Hein, pertencente à ordem dos Irmãos de Santa Cruz, a qual subsidia a ONG nos dias atuais juntamente a prefeitura da cidade de Santarém. A princípio, Irmão Ronald se reunia com os meninos da praça, como eram conhecidos os meninos lavadores de carros e engraxates de sapato, na própria praça onde eles trabalhavam, o que não deu certo, pois eles ficavam muito dispersos. Passaram então a se encontrar em uma sala na Diocese de Santarém, mas, devido a grande procura de mais meninos, ficou pequena demais para eles. Então, em 1987, a campanha da Fraternidade de tema “QUEM ACOLHE O MENOR, A MIM ACOLHE” arrecadou fundos para a compra de um terreno que futuramente deu lugar a sede atual da PAMEN. Inicialmente, o quadro de pessoal que fazia parte da ONG, era todo voluntariado por meninas do Colégio Santa Clara, no entanto, com o passar dos anos, viu-se a necessidade de contratar pessoas pra trabalhar fixamente, o que foi possível com a parceria do projeto Miséria da Alemanha. Atualmente a PAMEN tem parceria com a congregação Irmãos de Santa Cruz, da qual o coordenador Irmão Ronald faz parte, e com a Prefeitura de Santarém, sendo que 6 educadores são contratados pelas obras sociais, com carteira assinada e outros 17 são funcionários cedidos pelo Município: SEMAD (Secretaria Municipal de Administração, SEMTRAS(Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social) e SEMED(Secretaria Municipal de Educação e Desportos).

Segundo o projeto geral da PAMEN, sua filosofia diz que, “Toda criança e adolescente são pessoas humanas, criadas na imagem de Deus, com direitos fundamentais que garantem condições para uma vida digna. São nossos irmãos e irmãs que merecem os nossos cuidados. Eles esperam aprender através do nosso exemplo, a cumprir com seus deveres como cidadãos, para ajudarem na construção de uma sociedade mais justa e mais fraterna.

Toda criança tem dons a serem desenvolvidos para sua própria felicidade e para serem colocados a serviço da comunidade; proporcionando um ambiente sadio, toda criança e adolescente aprende logo a diferença entre o bem e o mal. A orientação para a vida é necessária para preveni-los dos perigos do mau exemplo das pessoas e dos meios de comunicação.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, toda criança e adolescente deve ser prioridade absoluta na sociedade. O País que vive neste princípio é um País que está caminhando para ser uma sociedade justa e fraterna.”

Sua missão è “Promover e Defender a vida das Crianças e Adolescentes empobrecidas e em situação de risco, buscando sensibilizar a sociedade para esta causa.”

Sua visão è “Uma Pastoral organizada e articulada com Crianças e adolescentes vivendo em suas famílias e com seus direitos respeitados, numa sociedade justa e fraterna.”

A PAMEN tem como princípios a mística, a solidariedade, a justiça e a organização, com o objetivo geral de “promover e defender a vida das Crianças e adolescentes em situação de risco à luz do evangelho, como pessoas humanas, filhos e filhas de Deus, na busca de uma resposta transformadora, global, unitária e integrada à causa, promovendo-os, nos projetos de atendimento direto, contribuindo para a transformação na família e na sociedade”, e objetivos específicos, acompanhar as famílias orientando-as para a formação integral de suas crianças e adolescentes como pessoa sócio espiritual; proporcionar crianças e adolescentes a ter senso critico, diante dos valores impostos pela mídia, que se confrontam com os valores sociais e espirituais da família e da igreja; promover o protagonismo de Crianças e Adolescentes e suas famílias; sensibilizar e mobilizar os vários seguimentos da sociedade, para que assumam posturas e ações efetivas em defesa da vida da Criança e do Adolescente; capacitar os educadores e agentes da Pastoral do menor, por meio de estudos e treinamentos.”

O público alvo da PAMEN são crianças e adolescentes empobrecidos e em situação de risco, cuja idade varia de 08 a 18 anos incompletos, além das famílias dos mesmos.

Há a parceria com o