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Lacerdismo: A Mídia como veículo de oposição na experiência democrática 1946-1964

Por:   •  2/10/2018  •  Resenha  •  929 Palavras (4 Páginas)  •  169 Visualizações

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Marcio de Paiva Delgado, Possui Graduação (2003) e Mestrado (2006) em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora e Doutorado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (2013). Atuou como professor da pós-graduação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora em 2008 e atuou no ensino médio, técnico e em cursos preparatórios para vestibular e concursos públicos da rede privada entre 2004 e 2013 nas disciplinas de História, Atualidades e afins. Atualmente é professor efetivo D.E. do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste Mineiro, Campus Santos Dumont. Sua pesquisa acadêmica tem concentração de interesse na área de História Política, com ênfase em História do Brasil Republicano pós-1945.

O objetivo do presente texto foi basicamente compreender como o jornalista Carlos Lacerda tornou-se uma das principais vozes da UDN durante a Experiência Democrática (1946-1964). Nos anos entre 1946 e 1964 o brasil viveu um experiencia democrática, apesar de conturbada por instabilidades institucionais, período marcado por incontáveis crises politicas geradas por diversas ideologias partidárias divergentes. Dentro das diversas ideologias políticas existiam os esquerdistas, trabalhistas, nacionalistas, tínhamos os liberais e os conservadores. Os conflitos gerados pela divergência de preferência econômica entre liberais e conservadores, colocava em conflito a democracia que vigorava. Os grandes momentos que marcaram e são mais destacados nesse momento de instabilidade são a eleição de Getúlio Vargas em 1950; o mês agosto de 1954; o segundo semestre de 1955, culminando com o Golpe da Legalidade de novembro; a semana da renúncia de Jânio Quadros e do “golpe branco” do parlamentarismo em 1961; e os primeiros meses de 1964, que culminariam

no golpe civil-militar de 31 de maio.

O contexto da época era conturbado, e nesse contexto de redemocratização brasileira, o cenário político acabou se dividindo em três grandes partidos: o PSD (Partido Social Democrata); a UDN (União Democrática Nacional) e o PTB (Partido trabalhista Brasileiro). A UDN tinha composição bastante abrangente, formada por setores Liberais, conservadores, alguns setores das Forças Armas e também por alguns setores da chamada Esquerda Democrática, dentro da UDN um dos membros mais influentes era o jornalista Carlos Lacerda que também era proprietário, diretor e editor do jornal Tribuna da Imprensa, esse jornal foi aos se tornando um dos principais ferramentas políticas da UDN e de grande vantagem em relação à esquerda e a Getúlio Vargas. Carlos Lacerda em momentos extremistas, se posicionava como opositor aos governos populistas. Lacerda atuou no cargo de deputado federal, governador do estado de Guanabara, no meio jornalístico em diversos meios de comunicação como jornais impressos, rádios, revistas e emissoras de tv, foi considerado um dos maiores nomes da oposição a ter influencia mídia e politica para influenciar a população brasileira com seus ideais. O “lacerdismo” nasce no Distrito Federal em meados dos anos 50, e seu domínio internas na UDN se deu principalmente durante a campanha para presidência de Jânio Quadros.

A mídia foi a principal responsável por levar ao meio público quadro da instabilidade política que o Brasil se encontrava nas crises políticas entre 1954 e 1964, esse quadro só atingiu o nível de “crise” junto à população graças à imprensa. Lacerda se aproveitava do momento de crise politica e de sua influencia mídia para construir uma imagem de bom homem que poderia salvar o país dessas crises, assim buscando apoio politico para si e para a UND. Se

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