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Legendas e mitos brasileiros

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Por:   •  6/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.274 Palavras (10 Páginas)  •  270 Visualizações

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As lendas e mitos brasileiras possuem origem na mitologia dos índios nativos, em conjunto com os mitos trazidos da Europa pelos portugueses e da África pelos negros.

A mescla de diferentes culturas permitiram produzir mitos únicos, mas também é possível observar diversos elementos comuns com mitos de outros povos.

No início do século XIX, as artes brasileiras estão passando pelo Romantismo e muitas das lendas brasileiras passam a ser representadas em poemas, livros e pinturas devido ao movimento nacionalista ocorrido neste período e é neste momento que o autor Monteiro Lobato publica sua obra infantil, a coleção do Sítio do Pica-pau Amarelo, na qual são apresentadas algumas das lendas brasileiras.

Índice

[esconder]

• 1 Origem indígena

o 1.1 Boitatá

o 1.2 Cobra-grande ou Boiuna

o 1.3 Curupira

o 1.4 Mandioca

o 1.5 Mapinguari

• 2 Origem européia

o 2.1 Corpo-seco

o 2.2 Lobisomem

o 2.3 Mula sem cabeça

o 2.4 Vitória-régia

o 2.5 Saci Pererê

o 2.6 Cuca

• 3 Origem africana

• 4 Origem mista ou originas no Brasil

o 4.1 Boto

o 4.2 Capelobo

o 4.3 Iara

o 4.4 Negrinho do Pastoreio

• 5 Origem Modernas

• 6 Referências

Origem indígena[editar | editar código-fonte]

Boitatá[editar | editar código-fonte]

Uma lenda indígena que descreve uma cobra de fogo de olhos enormes ou flamejantes.

Foram encontrados relatos do Boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560.

Para os índios ele é "Mbaê-Tata", ou Coisa de Fogo, e mora no fundo dos rios. A narrativa varia muito de região para região. Único sobrevivente de um grande dilúvio que cobriu a terra, o Boitatá escapou entrando num buraco e lá ficando, no escuro, motivo pelo qual seus olhos cresceram.

Outros dizem que é a alma de um malvado, que vai incendiando o mato à medida que passa.

Por outro lado, em certos locais ele protege a floresta dos incêndios.

Algumas vezes persegue os viajantes noturnos, ou é visto como um facho cintilante de fogo correndo de um lado para outro da mata.

Tem vários outros nomes: Cumadre Fulôzinha, Baitatá, Batatá, Bitatá, Batatão e Biatatá.

O Boitatá pode ser uma explicação mágica para o fogo-fátuo.1 A versão que predominou foi a do Rio Grande do Sul. Nessa Região, reza a Lenda que houve um período de noite sem fim nas Matas. Além da escuridão, houve uma enorme enchente causada por chuvas torrenciais. Assustados, os animais correram para um ponto mais elevado a fim de se protegerem. A Boiguaçu, uma Cobra que vivia numa gruta escura, acorda com a inundação e, faminta, decide sair em busca de alimento, com a vantagem de ser o único bicho acostumado a enxergar na escuridão. Decide comer a parte que mais lhe apetecia, os olhos dos animais e de tanto comê-los vai ficando toda luminosa, cheia de luz de todos esses olhos. O seu corpo transforma-se em ajuntadas pupilas rutilantes, bola de chamas, clarão vivo, Boitatá, Cobra de fogo. Ao mesmo tempo a alimentação farta deixa a Boiguaçu muito fraca. Ela morre e reaparece nas Matas serpenteando luminosa. Quem encontra esse ser fantástico nas campinas pode ficar cego, morrer e até enlouquecer. Assim, para evitar o desastre os Homens acreditam que têm que ficar parados, sem respirar e de olhos bem fechados. A tentativa de escapar da Cobra apresenta riscos porque o ente pode imaginar fuga de alguém que ateou fogo nas Matas. No Rio Grande do Sul, acredita-se que o "Boitatá" é o protetor das Matas e das campinas. A verdade é que a ideia de uma cobra luminosa, protetora de campinas e dos campos aparece frequentemente na Literatura, sobretudo nas narrativas do Rio Grande do Sul.

Cobra-grande ou Boiuna[editar | editar código-fonte]

A boiuna, ou cobra-grande, é um mito amazônico de origem ameríndia.

Serpente lendária da Região Norte, que mora entre as rochas dos rios e lagoas, de onde sai para afundar barcos. Quando ela sai das rochas, troveja, lança raios e faz chover. Também pode imitar as formas das embarcações, atraindo náufragos para o fundo do rio.

Se a chuva é muito forte e ameaçadora de novo dilúvio, toma a forma de arco-íris e serena as águas.

Ainda segundo a lenda, a lua é a cabeça da serpente, as estrelas são os olhos e o arco-íris é o sangue da cobra-grande.2

Curupira[editar | editar código-fonte]

Curupira

Também conhecido como Caipora, Caiçara, Caapora, Anhanga ou Pai-do-mato, todos esses nomes identificam uma entidade da mitologia tupi-guarani, um protetor das matas e dos animais silvestres.

Representado por um anão de cabelos vermelhos e compridos, e com os pés virados para trás, que fazem se perder aqueles que o perseguem pelos rastros.

Monta um porco do mato e castiga todos que desrespeitam a natureza.

Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.

Os índios, para agradá-lo, deixavam oferendas nas clareiras, como penas, esteiras e cobertores.

Também se dizia que uma pessoa deveria levar um rolo de fumo se fosse entrar na mata, para lhe oferecer caso o encontrasse.

Sua presença é relatada desde os primeiros tempos da colonização.

Conforme a região ele pode ser uma mulher ou uma criança de uma perna só que anda pulando, ou um homem gigante montado num porco do mato, tendo como acompanhante o cachorro Papa-mel.1

Mandioca[editar

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