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Leviatã Resumo 1ao16

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Por:   •  13/6/2014  •  4.141 Palavras (17 Páginas)  •  287 Visualizações

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Leviatã:

ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil

Thomas Hobbes

DAS SENSAÇÕES

De acordo com Thomas Hobbes, os pensamentos dos homens podem ser observados de duas maneiras: de forma individual e em seu conjunto (em sua mútua dependência). O pensamento analisado de forma individual “é a representação ou aspecto de determinada qualidade ou qualquer outro acidente de um corpo exterior ao nosso, que vulgarmente chamamos objeto”. Este mesmo objeto citado pode atuar sobre os olhos, ouvidos e no corpo humano em geral, produzindo uma variedade de aparências, que nomeamos como sensação.

“A causa das sensações é o corpo externo ou objeto que age sobre o órgão apropriado a cada sentido”; que como nos diz Hobbes, produz um esforço dirigido de dentro para fora, deixando a imprensão de ser algo externo; se constituindo de variados movimentos da matéria mediante os quais ela atua sobre os órgãos humanos.

Mas sua aparência, para nós, constitui a fantasia, tanto em estado de vigília, como de sono... assim resulta evidente que a coisa vista se encontra numa parte, e a aparência, em outra, uma coisa é o objeto e a outra a imagem ou fantasia. Portanto, as sensações, em todos os casos, são meras fantasias originais.

2. DA IMAGINAÇÃO

Para os latinos a imaginação é aquilo que é criado pela imagem na visão, já os gregos atribuíam a este significado o nome de fantasia; ou seja, aparência.

Hobbes define imaginação como sendo a sensação debilitada, a sensação que se apresenta nos homens e em outras criaturas vivas, durante o sonho e também durante o estado de vigília; porém de formas diferentes.

Conforme nos diz Hobbes “imaginação e memória são a mesma coisa, mas recebem nomes diferentes, dependendo da consideração que desejamos fazer”.

Quando nos referimos à sensação declinante estamos falando da imaginação, quando nos referimos ao próprio declínio, no sentido de que a sensação se atenua, envelhece e passa, estamos falando da memória.

A imaginação pode ser classificada de duas maneiras; como, simples ou composta. A imaginação simples ocorre quando alguém imagina algo que já viu anteriormente e a imaginação composta acontece “quando um homem combina a imagem de sua pessoa com a imagem das ações de outro homem; também chamada, de ficção mental”.

A imaginação produzida no homem... por meio de palavras e outros signos voluntários , é o que geralmente chamamos entendimento... O entendimento peculiar ao homem não é apenas compreensão da vontade, mas de suas concepções e pensamentos, pela sucessão e agrupamento dos nomes das coisas em afirmações, negações e outras formas de expressão.

3. DA CONSEQUÊNCIA OU SÉRIE DE IMAGINAÇÕES

A consequência ou série de imaginações é a sucessão de um pensamento a outro, que também podem ser chamados de discurso mental.

O autor do texto acredita que um pensamento não sucede a outro por acaso; ou seja, existe sempre um motivo para tal sucessão, e que não possuímos imaginação que não seja precedida de sensações; pois, “todas as fantasias são ações verificadas dentro de nós, relíquias das que operam em nossa sensação”.

Outro ponto importante colocado pelo autor é que; quando imaginamos uma coisa, não temos certeza do que vamos imaginar depois; e que, essa série de pensamentos pode se classificar de duas maneiras, de forma desorientada, sem destino e inconstante ou como série de pensamentos constantes, regulados por algum desejo ou desígnio.

A série de pensamentos regulados; citada acima pode ser de dois tipos. Em um, tentamos descobrir as suas causas e os meios que produzem um efeito imaginado; no outro, imaginamos uma coisa qualquer e procuramos determinar os efeitos que possa causar.

“O discurso mental, quando governado por desígnios, é meramente a busca ou faculdade da invenção... a procura das causas de algum efeito presente ou passado ou os efeitos de alguma causa passada ou presente”.

Como é referido no texto, “a prudência é uma presunção do futuro, baseada numa experiência do passado; porém, existe uma presunção de que as coisas do passado derivem de outras coisas que não são futuras, mas passadas também”; prudência esta, que não pode distinguir os homens dos animais. Tal distinção dá-se através do uso da linguagem e do método, juntamente com as sensações.

Para Hobbes, “qualquer coisa imaginada é finita... não existe idéia ou concepção que podemos chamar infinita”, pois “quando dizemos que uma coisa é infinita, queremos significar apenas que não somos capazes de conceber suas terminações e limites”.

4. DA LINGUAGEM

Conforme nos diz Hobbes, “a mais nobre e útil de todas as invenções foi a linguagem”, sem ela seria impensável todas as formas de governo, sociedade, tratados de paz, etc.

“O uso comum da linguagem consiste em transformar nosso discurso mental em verbal, ou a série de pensamentos em série de palavras”; o que pode ter duas finalidades, o registro de consequências de nossos pensamentos e a utilidade por várias pessoas, com palavras idênticas para traduzir o que elas pensam sobre determinada matéria, desejam, temem ou pelo qual tenham qualquer paixão.

Através da linguagem escrita surgem os signos, que servem para que se registre o que se acha ser a causa de todas as coisas; para transmitir aos outros os conhecimentos; mostrar as vontades e propósitos e agradar a si mesmo e aos outros, como se estivesse brincando com as palavras.

Por meio destes empregos, nascem quatro inadequações que são: o uso de pensamentos equivocadamente, o uso de metáforas, o ato dos homens declararem ser sua vontade aquilo que não é e a utilização das palavras para agredir uns aos outros.

"O uso dos nomes e a correlação entre eles é a forma utilizada pela linguagem para recordar as consequências, causa e efeitos... o nome de diversas coisas em particular, que, consideradas em conjunto, constituem o que chamamos universal... enquanto um nome próprio lembra apenas uma coisa, os universais recordam cada

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