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MANOEL MARQUES DE SOUZA III O Conde De Porto Alegre

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Por:   •  20/10/2014  •  2.297 Palavras (10 Páginas)  •  311 Visualizações

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MANOEL MARQUES DE SOUZA III

O Conde de Porto Alegre

Foi barão, visconde e conde.

Teve brilhante carreira militar, mas foi também deputado.

Nascimento: 13 de junho de 1804, em Rio Grande.

Falecido a 18 de julho de 1875, no Rio de Janeiro, com 71 anos.

1. O Ingresso na Vida Militar

Iniciou a vida militar aos 12 anos de idade, quando partiu com o avô para a guerra, que tinha a missão de proteger a fronteira de Jaguarão.

Em 1818, com 13 anos, chegando a Montevidéu, recebe praça de cadete no 1o Regimento de Cavalaria Ligeira da Divisão de Voluntários Reais do Tenente-General Carlos Frederico Lecor.

Ainda aos 13 anos é promovido a alferes e escolhido ajudante de campo do Tenente-Coronel Lecor, lutando com ele até a anexação da Província Cisplatina.

Com a proclamação da independência foi escolhido para cumprimentar a Sua Majestade, D. Pedro I, pela ascenção ao trono. Teve de regressar logo ao sul, pois os portugueses decidiram resistir. Lecor enfrentou-os ao lado da coroa brasileira.

Lutou ao lado do pai em Las Piedras, em 18 de maio de 1823, onde conseguiu a patente de tenente com a capitulação do general D. Álvaro da Costa, comandante das tropas portuguesas que sitiavam Montevidéo.

Consolidada a independência, foi ao Rio de Janeiro para fazer a Academia Militar. No entanto, já no ano seguinte ao seu ingresso teve de interromper os estudos em função da revolução dos Trinta y Trez em 19 de abril de 2005, pois D. Pedro suspendeu todas as matrículas dos militares que pertenciam aos corpos do sul. Participou ao lado do Tenente-General Lecor, então Visconde de Laguna, da Guerra das Províncias Unidas do Rio da Prata, que terminaria em 1828, com a independência uruguaia. Conseguiu a patente de capitão.

Em 29 de março de 1829 recebeu a graduação de major sendo classificado para o 4o Regimento de Cavalaria Ligeira, unidade tradicional da família, onde serviram seu pai e avô. Pouco depois assumiu o comando do corpo.

2. A Participação na Revolução Farroupilha

Com a Revolução Farroupilha, colocou-se ao lado do Império.

Mesmo com a fuga do presidente da província para o Rio de Janeiro, Marques de Souza passou a reunir o pessoal que pôde para unir-se ao chefe imperialista coronel João da Silva Tavares.

Em 14 de outubro de 1835 ocorreu o combate do Arroio Grande, sendo batidos os farroupilhas.

Como a revolução tomou força, estes dois chefes, única força legalista na província, tiveram de dispersar suas tropas, para evitar um derramamento inútil de sangue.

Marques acaba fugindo através de Rio Grande para a corte, colocando-se à disposição do governo, demonstrando sua vontade de retornar ao sul.

Assumiu o comando da cidade de Pelotas em 08 de março de 1836, com 80 homens. No entanto, teve de render-se ao Coronel Souza Neto, que atacou a cidade com 600 homens e derrotou o Coronel legalista Albano de Oliveira Bueno. Foi enviado à capital da província e recolhido a um velho navio-prisão, conhecido como “presiganga”, ancorado em frente à cidade. Dada a imundície do navio-prisão, adquiriu moléstia de garganta que o acompanharia por muitos anos de sua vida.

Mesmo aprisionado, conseguiu contatar os chefes legalistas da cidade (os dois Mena Barreto, o velho Visconde e seu filho Marechal Gaspar Francisco e o Tenente-General Francisco das Chagas Santos) e desferir um golpe na noite de 14 para 15 de junho de 1836, conseguindo retomar a capital da Província. Os Farrapos não conseguiram mais retomar a capital, mesmo tendo ficado sitiada por três vezes por Bento Gonçalves e Souza Neto (18 e 30 de junho e 20 de julho de 1836).

Com o feito, conseguiu a promoção a major. Seguiu então para a Corte, para tratar de sua doença durante sua licença de seis meses, que teve de ser prorrogada para conseguir mais recursos na Europa. Ao regressar, conseguiu a patente de tenente-coronel, e prosseguiu seu tratamento em Rio Grande.

Em 1940 foi considerado apto para o serviço e apresentou-se ao Comandante de Armas Brigadeiro João Paulo dos Santos Barreto, sendo em 2 de dezembro efetivado no posto com o comando do 2o Regimento de Cavalaria Ligeira.

Em 16 de setembro de 1841 derrotou a coluna farroupilha do Coronel José Daniel, na Várzea do Varejão, promovido então a coronel. Atacou ainda a Vila Piratini, capital da República Farroupilha e posteriormente lhe coube a defesa de São Gabriel, de 10 de janeiro de 1844 até ser chamado ao quartel-general do Barão de Caxias, para integrar a delegação que iria à Corte para expor a Sua Majestade Imperial a real situação da Província e as pretensões dos rebeldes em armas, na busca do conflito. Participaram também da comitiva o chefe farroupilha Antônio Vicente da Fontoura e o Capitão Carlos Miguel de Lima e Silva, oficial da tropa de linha e irmão de Caxias, culminando com a paz do Poncho Verde. Coube novamente ao Coronel Marques de Souza, por escolha do Barão, a missão de informar a Sua Majestade a assinatura do acordo final.

Casou em 28 de novembro de 1846 com D. Maria Balbina Álvares da Gama. Tiveram apenas uma filha. Depois de viúvo, teve uma filha natural que mais tarde legitimou: D. Manoela Mesquita Marques Bessares.

Em 14 de março de 1847 recebeu, como recompensa aos serviços prestados na repressão ao movimento farroupilha o título de brigadeiro graduado do Exército Imperial.

3. Paticipação na Guerra contra Oribe e Rosas

Juan Manuel Rosas tentou utilizar a Revolução Farroupilha para estabelecer relações com os rebelados, no intuito de fragmentar o império brasileiro: reconheceu a República Piratini em 1839. O objetivo de Rosas era a restauração das Províncias Unidas do Rio da Prata, fragmentada com a independência do Uruguai.

Em 1845, após diversas tentativas infrutíferas de Rosas de aproximar-se dos revoltosos farroupilhas oferecendo cooperação. Teria inclusive David Canabarro respondido a uma das diversas tentativas de ajuda militar e financeira que a entrada do primeiro soldado argentino em terra brasileira significaria a paz com os imperiais. Tanto que no tratado de Poncho Verde, Canabarro afirma: “Um poder estranho ameaça a integridade do Império, e tão estólida ousadia jamais deixaria de ecoar em nossos corações brasileiros. O Rio Grande não será o teatro de suas iniquidades,

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