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Marx e a Tradição Marxista

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Por:   •  1/10/2013  •  Tese  •  1.426 Palavras (6 Páginas)  •  462 Visualizações

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Tópicos de Sociologia e Ciência Política - Marx e a Tradição Marxista

Neste tema, abordaremos as principais características do pensamento marxista, tais como a mais-valia, a luta de classes, a ideologia, dentre outros. Serão abordadas também algumas correntes do pensamento marxista no século XX, bem como as características do materialismo histórico de Marx.

A Tradição Marxista e o Pensamento de Karl Marx

O marxismo é o nome dado ao conjunto de idéias do filósofo e economista Karl Marx, nascido na Alemanha, em Trier, no ano de 1883. Marx teve como parceiro intelectual Fredrich Engels, com quem escreveu alguns livros muito importantes para a Teoria sociológica e política. Dentre os principais livros escrito por eles, destaca-se o Manifesto Comunista, no qual definem o materialismo histórico, abordando suas principais características além de fazerem um apelo a revolução convocando a classe operária a se organizar politicamente e lutar contra o regime capitalista.

Marx também publicou, sem a ajuda de seu parceiro intelectual, muitos livros. Dentre eles, pode-se destacar aquele que é considerado a mais importante obra marxista: O Capital. Nesta obra, de cunho essencialmente econômico, Marx trata de diversas questões concernentes à sociedade capitalista, tais como a mais-valia, a teoria do valor (valor de uso e valor de troca), a acumulação do capital, dentre outros.

Segundo Marx, o modo de produção da vida material condiciona o desenvolvimento da vida social, política e intelectual em geral. Em outras palavras, ele se contrapõe à idéia hegeliana de que é a consciência humana que determina as condições materiais, e afirma que, ao contrário, são as condições materiais que determinam a consciência humana. Portanto, a transformação de uma sociedade deve acontecer a partir da transformação de sua base econômica.

Ao analisar as teorias acerca da constituição da sociedade, Marx chega a conclusão de que seria necessário reconstruir os princípios destas teorias, abordando como questão central a produção material de dada sociedade.

Karl Marx foi um pensador que exerceu e ainda exerce uma enorme influência em diversas áreas do conhecimento, tendo sua teoria influenciado os diversos segmentos científicos. Marx propôs uma filosofia da ação, pois criticava a atitude contemplativa dos filósofos em relação à realidade humana. Segundo ele, os filósofos até aquele momento sempre tinham se preocupado em interpretar o mundo, sem, no entanto, terem se preocupado em modificá-lo. As idéias por si mesmas não poderiam mudar uma dada sociedade, portanto, para entender o funcionamento de uma sociedade, era necessário compreender os seres humanos como parte e reflexo das condições materiais de uma sociedade.

Para Marx, o cientista social tinha o compromisso de interferir na realidade social, assumindo um papel crítico em relação à sociedade capitalista (que criticava com veemência), contribuindo para que houvesse a transformação radical da realidade.

A teoria do valor em Marx

Segundo a teoria Marxista, um determinado produto possui duas espécies de valores: o valor de uso e o valor de troca.

O valor de uso consiste na capacidade que um determinado produto possui de satisfazer as necessidades básicas de uma sociedade. Em outras palavras, o valor de uso refere-se à utilidade que determinado produto possui em uma dada sociedade.

O valor de troca refere-se ao valor de um produto quando este passa a ser um objeto de troca, ou seja, uma mercadoria. É somente a partir do momento que um produto começa a circular no mercado que este adquire um valor de troca que será representado por um valor mensurável de acordo com a quantidade de trabalho socialmente necessária para produzir determinada mercadoria.

O valor de uma mercadoria é medido através das horas de trabalho socialmente necessárias para produzi-la. Isso significa que a mercadoria traz cristalizada em si uma determinada quantidade de trabalho necessário para que esta fosse produzida. O valor de uma mercadoria não se dá, portanto, na circulação da mesma no mercado, mas sim, a partir das horas de trabalho cristalizadas nela.

Materialismo Histórico

Antes de compreendermos as especificidades de cada uma dessa teorias é importante definir o materialismo e abordar as suas características principais.

O materialismo é a teoria filosófica que se contrapõe ao idealismo. Para o idealismo o mundo material teria sido originado a partir da consciência humana. Assim, primeiro viria a idéia e a consciência e, depois, o mundo material que seria derivado da consciência. Hegel, filósofo idealista de quem Marx foi discípulo, acreditava que a realidade objetiva derivava da idéia que não seria a criação subjetiva do sujeito, mas a própria realidade. Para o materialismo, porém, essa idéia era diferente: o materialismo acreditava que a existência precedia a consciência, ou seja, as condições materiais de uma dada sociedade é que determinam o pensamento humano.

O materialismo histórico era, por sua vez, a teoria que pretendia explicar o sentido da história humana através de sua produção material. Marx procura, então, produzir uma teoria que permitirá explicar a História humana através das suas condições materiais e da luta de classes.

Segundo Marx, os estudos da realidade social não deviam se restringir apenas à descrição da mesma, mas deveriam ter como preocupação básica a explicação de como essa realidade é produzida e se reproduz através da História.

Marx, através de uma releitura da obra hegeliana, afirma que a evolução das sociedades segue um processo dialético. Os sistemas sociais tornam-se uma tese (sistema social hegemônico),

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