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Museu Da Abolição

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Por:   •  20/10/2014  •  1.758 Palavras (8 Páginas)  •  431 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA

INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO – ISEAD

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

NÚCLEO GUARARAPES

RELATÓRIO:

MUSEU DA ABOLIÇÃO

RECIFE,

2011

MARILIA FERNANDA DOS SANTOS LIMA

VALDILÉA LEÔNCIO VIEIRA

RELATÓRIO:

MUSEU DA ABOLIÇÃO

RECIFE,

2011

RELATÓRIO:

MUSEU DA ABOLIÇÃO

No dia 12 de Julho do corente ano, às 13h00min, visitamos o Museu da Abolição de Pernambuco-Centro de Referência da Cultura Afro-brasileira, localizado no bairro da Madalena, Recife-PE, é um museu brasileiro, vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus-IBRAM e ao Ministério da Cultura. É um dos raros museus no Brasil a contemplar esta parte da história e tem suas ações norteadas pelos princípios da nova museologia e da sociomuseologia.

Possui uma ampla área externa de 5.180,50m , que contém teatro de arena, camarins, banheiros e estacionamento, onde são desenvolvidas atividades artísticas e culturais, como o Coco do Amaro Branco, expondo retratos, com relatos de vida e acervos de contribuição cultural pernambucana.

Conforme pesquisa feita sobre este Museu da Abolição, o professor Martiniano Fernandes elabora e encaminha ao Senado Federal, através do Senador Joaquim Pires, o Projeto de Lei Nº. 39 de 14.05.1954, para que se crie o Museu da Abolição, com sede no Recife, em honra ao conselheiro João Alfredo e ao abolicionista Joaquim Nabuco. Em seu projeto de lei, o professor menciona que se solicite a abertura de crédito necessário à aquisição do prédio onde residiu o conselheiro João Alfredo, conhecido como Palacete da Madalena, para fazer adaptações e a instalação, nele, da Sede do Museu da abolição.

Criaram-se, então, em 22 de dezembro de 1957, o Museu da Abolição, através da Lei Federal Nº. 3357, com Sede na Cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco. A Câmara Municipal do Recife aprovou em 1960 o Projeto de Lei Nº. 103, que determinou como de utilidade pública a desapropriação do Sobrado Grande da Madalena, para que ali o instalasse.

Diante de tudo isso, no 13 de maio de 1983 inaugurou-se, oficialmente, com a exposição, que tinha caráter temporário, “O Processo Abolicionista Através dos Textos Oficiais”, a qual ocupava 12 salas do pavimento superior e o hall de entrada principal do prédio, sendo a maioria do acervo exposto, cedido por empréstimo, de outras instituições ou em Regime de Comodato.

Durante todo processo de implantação deste, o mesmo sofreu diferentes mudanças:

1º fechamento:

A exposição “O Processo Abolicionista Através dos Textos Oficiais” permaneceu montada até o ano de 1990, quando o Museu foi fechado à visitação em consequência da Reforma Administrativa, imposta pelo Governo de Fernando Collor, a qual extinguia a rubrica orçamentária para a manutenção do Museu da Abolição. Logo, o MAB (Museu da Abolição), ficou sem condições de segurança e atendimento ao público, tendo que ser fechado.

1º Reabertura:

Após 6 anos fechado ao público, em 1996 reabre suas portas, porém, agora com o acervo muito menor (grande parte foi devolvido às instituições de origem), e com seu espaço físico consideravelmente reduzido, em consequência de a 5ªSR do IPHAN-PE ter ocupado o pavimento superior do Sobrado Grande da Madalena. Nesse momento, o MAB contava com apenas, com uma sala de exposição permanente chamada “Memorial”, duas salas de exposições temporárias, para expressões afro-brasileiras históricas e contemporâneas, um mini-auditório e uma sala de administração, sendo todos os espaços localizados no pavimento térreo do sobrado. Além disso, o quadro de pessoal era composto por dois técnicos, funcionários do IPHAN, uma prestadora de serviços e um estagiário.

2º fechamento:

O MAB suspende o atendimento ao público em geral, a partir de 2 de janeiro de 2005, por falta de condições de trabalho e falta de estrutura.

2º Reabertura:

Em março de 2008, reinaugura com a exposição campanha “O que a abolição não aboliu”, a qual tinha como proposta estimular a participação da sociedade na construção de um novo museu.

Ocupação do Sobrado Grande da Madalena: Resultado da intensa mobilização iniciada em 2005, em janeiro de 2010 a 5ª Superintendência Regional do IPHAN, desocupa o prédio e finalmente o Museu da Abolição conquista o espaço integral do Sobrado Grande da Madalena.

A Missão e Objetivos do Museu da Abolição: O MAB tem como missão prestar serviços à sociedade através do resgate, valorização, e reconhecimento do patrimônio material e imaterial dos afro-descendentes, contribuindo para o fortalecimento da identidade e cidadania do povo brasileiro. O objetivo norteador das ações do MAB diz respeito a pesquisar, preservar e comunicar o Patrimônio Cultural Afro-brasileiro em todas as suas manifestações. Além disso, busca-se promover a reflexão crítica sobre a participação dos Afro-descendentes na história do processo escravista brasileiro, na Abolição, nas lutas libertárias e na formação da nacionalidade; Proporcionar múltiplas visões do processo histórico escravista, através de ações educativas e culturais; Ampliar o conceito do que é ser afro-descendente, através da participação da sociedade e de organizações representativas da Cultura afro-brasileira, nas ações implementadas pelo Museu; Ainda almeja trabalhar temas transversais, inerentes aos direitos humanos, como: acesso ao trabalho, políticas públicas de inserção, tolerância religiosa, racismo, preconceito, exclusão, gênero, etnias entre outros; Como também, incentivar o fortalecimento da auto-estima e promover a visibilidade afirmativa dos afro-descendentes na sociedade brasileira e implantar uma Rede de Interação com diversas instituições afins, públicas e privadas, religiosas e de ação social; Também está incorporado neste processo a busca por promover ações de reconhecimento, valorização e preservação do Patrimônio Cultural Afro-brasileiro, material e imaterial, nas instituições e comunidades afro-descendentes, promover a participação de instituições religiosas e culturais ligadas á cultura afro-descendente, em projetos de memória oral, publicações e pesquisas, a partir de suas histórias e raízes, estimulando a preservação de suas memórias e a continuidade de suas atividades, nos projetos do MAB; Pretende-se com isso, inserir o MAB nos roteiros de visitação turística e de lazer, conectando suas atividades com outras desenvolvidas pelas instituições religiosas e culturais locais.

O acervo do Museu da Abolição, o qual foi formado para sua inauguração, é composto por empréstimo de unidades do IPHAN e de outras instituições, em regime de comodato, doações, transferência, compra e coleta. Em 1990, com o fechamento do MAB, parte considerável de seu acervo, oriundo de empréstimo de outras instituições foi devolvido, restando somente algumas poucas peças. Atualmente o MAB conta com:

. 130 peças do acervo museológico;

. 30 metros lineares de acervo bibliográfico;

. E 2 metros lineares de acervo hemerográfico.

Espaço físico e instalações: O Museu da Abolição está sediado no Sobrado da Madalena, no bairro do mesmo nome, no Recife, que serviu de residência ao Conselheiro João Alfredo, abolicionista que influenciou nas leis que livraram o Brasil da escravidão negra.

Consta de:

Biblioteca e Arquivo: Especializada em Cultura afro-brasileira e Museologia, a biblioteca do Museu possui 1.344 livros, 617 periódicos e 3 metros lineares de hemeroteca; classificados, catalogados e informatizados, com uma grande diversidade de temas.

Voltando para nossa pesquisa de campo, ao entrar deparamos com um grande acervo cultural, escritos nos murais em torno do museu, chamando bastante atenção por trata-se de uma linha do tempo, na qual transmitia ao leitor ou visitante a história do museu, como relata as seguintes escrituras:

1954- É promulgada a Lei Federal que cria o Museu da Abolição;

1960- Este sobrado é desapropria para instalação do Museu;

1966- O edifício é tombado como Patrimônio Histórico Nacional;

1968- São iniciadas as obras de restauro do sobrado;

1975- Conclusão do restauro e instalação do 1º (primeiro) Distrito do Patrimônio Histórico Artístico Nacional; (atual IPHAN-PE).

1983- O Museu inaugura em 13 de maio, com a exposição “O Processo Abolicionista através dos Textos Oficiais”, dividindo o espaço com o IPHAN;

1990- O museu fecha à visitação devido à falta de recursos;

1996- O Museu reabre suas portas com apenas uma sala aberta à visitação, intitulada memorial;

2005- Devido à falta de estrutura, o Museu suspende o atendimento ao público;

2005- É realizado o seminário “O Museu que nós queremos”, com a participação da sociedade, para a construção do novo museu da abolição;

2008- O Museu é reaberto com a exposição campanha “O que a abolição não aboliu”, continuidade do processo participativo que dá origem ao marco-roteiro da exposição permanente;

2010- O Museu passa a ocupar todo o sobrado e dá continuidade à elaboração participativa de sua exposição permanente.

Observamos autores que através de suas concepções sobre a Abolição, demonstram indignação sobre os fatos ocorridos antes, durante e depois da abolição:

“A abolição foi um engado. Foi uma desresponsabilização para com aqueles que

sempre foram considerados coisas”. (Vera Baroni).

“A construção coletiva está pautada na coerência e não no consenso”. (Marcelo N. Bernardo da Cunha).

Concluímos que atualmente em pleno século XXI, ainda deparamos com situações sociais que nos faz refletir e fazer um paralelo com os fatos ocorridos durante a abolição dos escravos, pois, observamos que nossa sociedade mesmo sem perceber, sofre com a “escravidão”, por ser ainda dominada por pessoas com poder aquisitivo superior.

Referência:

1. Disponível em <HTTP\\ www.museudaabolicao.com.br > acessado em 21-07-2011.

2. Disponível em: < HTTP\\pt.wikipedia.org/wiki/Museu_da_Abolição > acessado em 21-07-2011.

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