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O Desenvolvimento das sociedades Africanas

Por:   •  16/11/2017  •  Resenha  •  998 Palavras (4 Páginas)  •  375 Visualizações

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É importante na análise do desenvolvimento das sociedades africanas perceber não somente as influências vindas de fora do continente africano. Nesse processo, os fatores que pretendo destacar partem principalmente de caracteristicas das próprias civilizaçoes africanas. Dessa forma, podemos entender as diferentes relações entre os povos de distintas regiões da africa com os arabes que tentavam disseminar a fé do Islã, o quanto essa relação influenciou ou não para o desenvolvimento da civilização e até mesmo se ela aconteceu de alguma forma.

Enquanto ocupado por cristão bizantinos o Egito foi a primeira regiao da africa invadida pelos arabes. As populações egipcias  não ofereceram grande resistencia aos arabes pois alem de altos impostos que eram submetidos, as perseguições por conta do seu monofisismo ficaram cada vez mais intensas. Na verdade, essa relação se estabeleceu de maneira amistosa no sentido em que varios coptas se sentiram interessados pela mensagem simples e clara do Islã. Sob as dinastias fatimidas e ayyubidas povos não-mulçulmanos tiveram contato com rara liberdade religiosa no periodo. a aproximação entre muçulmanos e cristãos resulta quase no desaparecimento da lingua copta. No seculo XII somente os membros mais instruidos do clero tinham dominio da lingua.

A regiao da nubia em seu desenvolvimento passou inicialmente por influencias cristãs, atraves principalmente dos comerciantes egipcios que em suas fugas encontravam refugio em regioes da Nobadia. Contudo, a participação do imperio Bizantino nas tentativas de aproximação do imperio de axum para combater os persas no mar vermelho vão abrir espaço para uma serie de trocas culturais e a inserção de padres bizantinos em toda a regiao.a cristianização do povo axumita e do reino setentrional da nubia parte da necessidade de comercialização entre esses comerciantes do egito.

Um fator interessante de ser pensado no processo de cristianização da regiao setentrional da nubia é a importancia politica que esse fato tem no surgimento de uma dominaçao ideologica e religiosa entre os reis da Nobadia e a população ja cristã. a cristianização definitiva resultaria para a nubia no contato com o mediterraneo atraves do egito.

As relação entre a nubia e o egito foram enfraquecidas por volta do seculo VII. No mesmo periodo percebemos cada vez mais o Islã com certo carater expansionista atraves de duas formas: pelo comercio e pela conversao. O que nos ajuda a entender que a expansao do comercio nao se faz como conversao. Os arabes tinham interesse em conhecer o comercio ao sul da africa, principalmente o ouro nubio, sem obrigatoriamente submeter os povos nubios a conversao.no periodo das invasoes arabes, o reino unificado da nubia nao percebendo os arabes como um risco manteve um tratado de nao agressao com o egito por cerca de seis seculos afim de manter boas relações com o vizinho ao Norte nesse ponto é importante ressaltar que a criação desse acordo se deu por conta da resistencia núbia às tentativas de imposição dos interesses muçulmanos. Como o acesso entre cidadaos dos dois reinos era previsto de acordo com o bakt como livre, comerciantes muçulmanos foram cada vez mais desenvolvendo relações que resultaram na islamização dos povos nubios.

A islamização dos povos na região do Magreb tem inicialmente um carater puramente formal. No momento que os arabes se retiravam ou eram expulsas os beberes voltavam às suas politicas tradicionais, considerando-se livres de qualquer fidelidade politica ou religiosa. Essa falha tentativa inicial de islamização dos povos berberes nos ajuda a perceber o quanto e como os povos do magreb resistiram à esse processo. A luta dos berberes contra o dominio estrangeiro resultou na preferencia desse povo a seita kharidjita. Essa preferencia pode ser explicada principalmente pelos principios de igualdade dos kharidjitas e pela não aprovação dos berberes com relação a forma de tratamento que os muçulmanos tinham com os povos recem convertidos.

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