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O Estudo Antropológico Produção Etnográfica

Por:   •  10/8/2022  •  Relatório de pesquisa  •  999 Palavras (4 Páginas)  •  58 Visualizações

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Nesta etapa de nosso curso fomos solicitados a criar um texto etnográfico em um ambiente que nos fosse acessível, decidi então utilizar-me de minha própria família, fervorosamente católica e praticante de todos os seus ritos, neste caso em especial, a preparação para o batismo de minha recém chegada prima.

Durante uma semana inseri-me em seu habitat de culto ao sagrado, a igreja, para acompanhar os preparativos do rito em questão, participei também de grupos de conversas no aplicativo “Whatsapp” e passei alguns dias nas casas de familiares para que tivesse uma real inserção em seu meio.

Como toda mina família reside em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, foi escolhida a Paróquia Nossa Senhora da Divina Providência, na Taquara para o batismo. Uma igreja secular e bem constituída, o que me chamou a atenção logo de cara e antes de adentrar a igreja foi a existência de uma antiga construção feita pelos cativos do século XIX, uma pequena capelinha nos fundos da igreja que pode ser visitado por todos para fins de oração e se mantem até os dias de hoje de pé. Eu já tinha antes, quando criança participado de algumas missas nesta mesa igreja, mas durante este processo de pesquisa pude ver o espaço com outros olhos. Pude reparar com atenção na disposição dos longos bancos de madeira onde os participantes dos ritos devem se sentar, o posicionamento dos celebrantes do evento no altar e achei interessante toda a preparação necessária para se organizar o acontecimento, que por se tratar de um evento que acontece a eras traz um que de pomposidade, trata-se da apresentação da criança a Deus, o primeiro sacramento do Cristianismo, com o objetivo de apagar o “pecado original” e conferir o caráter de cristão a quem o recebe.

Após recebermos todas as instruções para os preparativos e acertar a data para uma semana a frente, ao deixarmos a igreja (a qual já estava me deixando inebriado com o forte odor de incenso queimado) foi criado um grupo no “Whatsapp” para que todos pudessem estar a par de suas funções, horários e local indicado. Nesse momento percebi que não eram os pais da criança que estavam no controle dessa organização, mas sim os avós, como membros mais antigos e ativos da paróquia, detinham uma certa posição de superioridade ou assim se entendiam.

No decorrer da semana todos buscaram comprar roupas novas e adentraram num planejamento de uma festa pós batismo na casa de nossos avós, para que após o batismo pudéssemos comemorar em um ambiente mais familiar o acontecimento.

No dia do batismo os avós, tios e primos acordaram cedo e foram até a igreja para que pudessem arrumar e enfeitar os bancos centrais da mesma, os laterais onde não sentariam os familiares ficaram como estavam, sem adornos. O chão estava mais limpo do que o dia que estivemos ali para marcar o batismo e havia certa movimentação na igreja acerca de limpeza externa, pude perceber que para minha decepção a pequena capela dos escravos estava fechada ao público neste dia.

Ao retornarmos para que pudéssemos nos arrumar para o evento, todos estavam alvoroçados e apreensivos para que tudo ocorresse da forma como eles planejaram, antes de ir à igreja uma pequena oração foi feita na sala com os familiares e enfim fomos a igreja para dar início ao rito tão esperado.

Chegando já no horário da celebração, a igreja estava com outra atmosfera. Já não mais tinha a austeridade característica de um dia de missa, mas apresentava um clima festivo, típico da comunhão familiar e social que viria a acontecer em breve.

As pessoas vinham chegando, tanto para a celebração do batismo como para a missa em que o mesmo acontece

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