O Fichamento Ulpiano Bezerra

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Universidade Federal Do Estado Do Rio De Janeiro

Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH Licenciatura em História - EAD UNIRIO/CEDERJ

Disciplina: Patrimônio Cultural

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Os Arquitetos da Memória: Sociogênese das práticas de preservação do patrimônio cultural no Brasil(1930-1940)

Porque as noções de nação e patrimônio estão imersas na História.

As noções de nação e patrimônio estão imersas na História por várias razões. Primeiramente, a nação é uma construção social que se desenvolveu ao longo do tempo como uma forma de identificação coletiva. A noção de nação está relacionada à ideia de pertencer a um grupo cultural, étnico ou político específico, que envolve um senso de comunidade, identidade e laços emocionais compartilhados. Historicamente, as nações surgiram a partir das transformações sociais, políticas e culturais ocorridas durante a formação dos estados modernos desde o século

XVIII. Essas mudanças incluíram a reorganização política e administrativa dos territórios, a formação de governos centralizados e a emergência de uma identidade nacional compartilhada por meio da língua, da história, do folclore, da religião e de outros elementos culturais. No que diz respeito ao patrimônio ele está intimamente à ideia de preservação e herança cultural. O patrimônio é composto por bens materiais e imateriais que são considerados valiosos para uma nação ou uma comunidade específica. Esses bens podem incluir monumentos históricos, sítios arqueológicos, obras de arte, tradições orais, músicas, danças, línguas, entre outros. Ao longo da história, as noções de patrimônio foram se desenvolvendo e se tornando cada vez mais

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importantes para a preservação da identidade cultural de uma nação. A preservação do patrimônio tornou-se uma preocupação tanto para os governos quanto para as próprias comunidades, pois o patrimônio é considerado um legado do passado que deve ser transmitido para as gerações futuras. Além disso, a noção de patrimônio também está relacionada ao poder e a política. Ao definir o que é considerado valioso e o que deve ser preservado, os governos podem usar o patrimônio como uma ferramenta de poder, para promover uma ideologia específica ou para construir uma narrativa histórica que legitime o regime político vigente.

Portanto, as noções de nação e patrimônio estão imersas na história porque são produtos das transformações sociais, políticas e culturais ocorridas ao longo do tempo e também porque estão ligadas ao poder e à política.

Caracterize as origens da preservação do patrimônio cultural na França

As origens da preservação do patrimônio cultural na França remontam ao século XIX, período em que o país passou por grandes transformações sociais, econômicas e políticas. Durante a Revolução Francesa, ocorrida entre 1789 e 1799, muitos monumentos e obras de arte foram destruídos como símbolos da antiga ordem monárquica. No entanto a partir do século XIX, surgiram movimentos de valorização e preservação do patrimônio cultural Francês. Um dos marcos mais importantes desse período foi a criação da Comissão de Monumentos Históricos, em 1837 que tinha como objetivo identificar, proteger e restaurar monumentos e edifícios históricos em todo o território nacional.

As semelhanças entre o modelo Francês e o Brasileiro de organização do patrimônio cultural

Tanto no modelo francês de organização do patrimônio cultural quanto o brasileiro, têm o objetivo de preservar e promover a herança cultural do país, algumas dessas semelhanças entre esses modelos são:

• Órgãos Responsáveis: Tanto na França quanto no Brasil, existem órgãos governamentais específicos para lidar com o patrimônio cultural. Na França é o Ministério da Cultura e Comunicação, enquanto que no Brasil é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
• Inventários e Tombamentos: Ambos os modelos têm métodos de inventariar e

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tombamentos de bens culturais considerados de relevância histórica e artística, como edifícios, sítios arqueológicos, objetos e documentos.

• Classificação do Patrimônio: Na França e no Brasil, o patrimônio cultural é classificado em diferentes categorias, como patrimônio material(objetos, edifícios) e imaterial(tradições, festividades, línguas). Ambos os modelos valorizam tanto o patrimônio histórico quanto o contemporâneo.
• Subvenções e Financiamento: Os governos da França e do Brasil disponibilizam recursos financeiros para a preservação e promoção do patrimônio cultural. Além disso são desenvolvidos programas de incentivo e parcerias com o setor privado.
• Ações de educação e Sensibilização: Ambos os modelos buscam conscientizar a população sobre a importância e valor do patrimônio cultural, por meio de programas educativos, visitas guiadas, exposições e eventos culturais.
• Participação da Sociedade civil: Tanto França quanto no Brasil, a participação e engajamento da sociedade civil são incentivados no processo de preservação e promoção do patrimônio cultural. O envolvimento de organizações não governamentais, associações locais é valorizado.

Em suma é importante ressaltar que há particularidades em cada modelo decorrentes das diferenças históricas, culturais e políticas de cada país. Tanto a França quanto o Brasil compartilham o mesmo compromisso de valorizar e proteger o patrimônio cultural dentro de suas realidades específicas.

Como se conectam a formação dos estados nacionais e a organização da preservação do patrimônio cultural no Ocidente

A formação dos estados nacionais no Ocidente desempenhou um papel crucial na organização da preservação do patrimônio cultural. Durante o processo de formação desses estados, houve uma promoção do sentimento de identidade nacional, o que levou a uma valorização e proteção do patrimônio cultural como parte essencial dessa identidade. Primeiramente a criação dos estados nacionais resultou em um maior controle centralizado sobre territórios e populações, isso permitiu que os governos estabelecessem legislações e instituições de proteção do patrimônio cultural, garantindo sua preservação. Além disso a formação dos estados nacionais levou ao estabelecimento de políticas culturais mais amplas que incluíam a valorização e promoção do