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O Imperialismo

Por:   •  8/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  551 Palavras (3 Páginas)  •  150 Visualizações

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É chamado de imperialismo o período da segunda metade do século XIX e início do século XX no qual potências industriais expandiram-se pelo mundo com o objetivo de conquistar um maior mercado consumidor, encontrar fontes de matéria-prima e um local para mandar a população excedente, em alguns casos. Essa expansão se dava pelo domínio territorial, econômico ou por áreas de influência. Nessa época algumas das principais potências eram Inglaterra, Alemanha, França, Japão e os Estados Unidos.

Como essas potências não podiam simplesmente invadir territórios e dominá-los, surgiram formas de justificar essas ações, sendo uma delas a do “fardo do homem branco”, como se pode observar no seguinte trecho, retirado de um poema de Rudyard Kipling (1865-1936): “Assumi o fardo do homem branco, enviai os melhores dos vossos filhos, condenai vossos filhos ao exílio para que sejam os servidores de seus cativos”. Com esse trecho, fica claro que julgavam as sociedades que não viviam de acordo com o mesmo contexto e costumes vividos na Europa como atrasadas e que o homem branco seria superior a essas populações e teria o dever de “civilizá-las”

As potências também utilizaram-se do chamado “darwinismo social” (que deriva da teoria da evolução das espécies de Darwin) como fundamento para sua expansão, alegando o seguinte:

 As raças superiores têm um direito perante as inferiores. Há para elas um direito porque há um dever para elas. As raças superiores têm o dever de civilizar as inferiores [...] Vós podeis negar, qualquer um pode negar que há mais justiça, mais ordem e moral, mais equidade, mais virtudes sociais na África do Norte desde que a França a conquistou? (FERRY, 1885). 

Esse fragmento de texto revela que além de acreditarem no darwinismo social, ainda vangloriavam tal pensamento. Segundo o dramaturgo irlandês Bernard Shaw (1856-1950), “Todo inglês nasce com uma espécie de poder miraculoso que o torna mestre do mundo”, evidenciando ainda mais o pensamento que se tinha de superioridade em relação a outras sociedades.

Ainda sobre o darwinismo social, as potências acreditavam que os habitantes dos locais dominados sentiriam-se mais felizes e satisfeitos após serem “civilizados”, como no seguinte trecho, em que o autor aborda a “civilização” do indígena americano:

[...] Permanecendo em grau de inferior da humanidade, moralmente, ainda na infância, a civilização não o altera, nenhum exemplo o excita e nada o impulsiona para um nobre desenvolvimento progressivo [...]. Esse estranho e inexplicável estado do indígena americano, até o presente, tem feito fracassarem todas as tentativas para conciliá-lo inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo um cidadão satisfeito e feliz. (VON MARTIUS, C., séc. XIX).

Além de toda a questão das justificativas utilizadas pelos imperialistas, também se pode abordar o lado econômico. A economia dos países imperialistas obteve grandes vantagens ao explorar os países dominados, enquanto a economia dos países dominados sofreu um grande abalo com a exploração dos imperialistas, que se utilizavam da matéria prima e da mão de obra sem a devida valorização, o que fez com que, até hoje, grande parte dos países explorados esteja em subdesenvolvimento.

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