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O Plano de Intervenção

Por:   •  21/10/2019  •  Resenha  •  1.630 Palavras (7 Páginas)  •  165 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

História – FHI

Rafaela Ramos Santos

MEMORIAL

Diamantina

2019

EU

Meu nome é Rafaela Ramos Santos, tenho 20 anos, nasci em Itaobim-MG. Sou a mais nova de dois irmãos, fruto do matrimônio entre Maria da Paz Ramos Santos e Geraldo Alves dos Santos. Morei com meus pais até os 17 anos. Após isso me mudei para Belo Horizonte-MG, onde residi por seis meses, até me mudar para Diamantina-MG (atual moradia).  

PERCURSO ESCOLAR

Iniciei meus estudos aos 2 anos de idade em uma pré-escola particular chamada Passo a Passo. A escola era uma casa alugada com vários quartos, cada quarto era uma turma (eram 3 no máximo) e eram divididas por idade. Possuía o maior prazer em acordar cedo para ir, era apaixonada por minha professora, na hora do recreio íamos para o pátio (garagem da casa) lanchar e brincar, uma prima com a mesma idade, também estudava na Passo a Passo, então eu nunca ficava sozinha e juntas fizemos muitos amigos. Foi nessa escola que aprendi a escrever e ler o meu nome completo (achava isso o máximo) a partir disso comecei a escrever rabiscos em folhas de caderno e entregava para minha e falava que era uma carta de amor para ela, eu mesma tinha que ler usando minha imaginação já que a carta não tinha palavras. Ao fim da carta escrivia meu nome e conseguia escrever o dela também porque tinha uma toalha no banheiro bordada com seu nome, então ía até o banheiro várias vezes e olhava letra por letra para poder escrever o nome dela.

Permaneci na pré-escola até os 4 anos, tive que sair de lá pois a escolinha não tinha alunos suficientes e teve que fechar, fiquei um ano em casa sem estudar, mas minha mãe sempre me incentiva, lendo todas as noites para mim e eu ficava no seu colo olhando as letras no livro e perguntando como se lia algumas palavras. Aos 5 anos tive idade suficiente para ser matriculada na Escola Municipal Pedra Verde, esta já tinha mais aparência de uma escola, com pátio, cantina, quadra, lavatório e salas com quadros verdes. Foi nela que aprendi a ler e escrever de tudo, tinha muitos ditados e leituras conjuntas, as turmas possuíam de 15 a 20 alunos, eram separadas por idade e aprendizado, muitos pais pediam para que as professoras reprovassem o filho pois acreditavam que a criança não estava preparada para a próxima série (vi muitos colegas serem reprovados por isso).

Fui obrigada a sair da Pedra Verde quando conclui a quarta série, visto que ela não tinha mais séries, continuei meus estudos na Escola Estadual de Itaobim, onde fiquei do quinto ao nono ano. O prédio desta já era bem maior, tem dois andares, duas quadras, cantina, uns 3 pátios, as salas são bem maiores, com grades nas janelas e dois ventiladores, nesta as series tem várias turmas que são separadas por idade, aprendizado, comportamento e maiores notas. As turmas são classificadas em A, B, C e etc, sendo que A significa melhor turma e as outras gradualmente uma pior que a outra. Sempre entrei nos critérios de estudar nas turmas A, mas nunca permanecia na turma e pedia para a diretora me troca para B pois achava as pessoas da A muito chatas.

Estudar na Estatual de Itaobim, popularmente conhecida como ginásio, gerou bons momentos, mas na maioria deles ruins. Até a sétima série não tive boas amizades, não me encaixava no padrão de popularidade da escola, era gordinha, desengonçada e de baixa renda. Os garotos não me notavam, pelo menos não do jeito que eu queria. Tudo isso mudou quando fui para o meu último ano nessa escola, cai na mesma turma de duas meninas bem popularzinhas e acabei fazendo amizade com elas. Maria Eduarda e Ana Luiza, a segunda era bem falsa a amizade não seguiu adiante por muito tempo, já com a primeira posso dizer que ela foi muito mais que uma porta para esse “ mundo novo”, nossa amizade existe até hoje e com foi ela que aprendi, que essas coisas não importam e até mesmo nos afastamos disso. E juntas aprendemos a amar nós mesmas do jeitinho que somos. Enfim aprontamos muito juntas na gincana do mesmo ano e nas series seguintes

Nunca tinha percebido com as escolas públicas da minha cidade tem um ensino ruim até o ano de 2014, quando fui fazer o primeiro ano no ensino médio na Escola Estadual Chaves Ribeiro e comecei a ver meus professores a falar sobre ENEM, faculdade e curso dos sonhos. Essa escola é o dobro do tamanho da anterior e tem o mesmo sistema de separação de turma, mesmo sendo muito pressionada por minha mãe professores para passar a frequentar as turmas A, pois lá conseguiria me preparar melhor para o ENEM ainda permaneci nas turmas B até o fim do segundo ano (onde conseguia aprender com leveza, sem pressão e bom humor). No terceiro ano cedi a pressão e fui para a turma A porque algumas amigas também atingiram o nível da turma, então fomos juntas e foi o meu pior ano escolar, todos os alunos eram rabugentos, choravam por notas e se cobravam demais sem necessidade, a sala não tinha um bom humor, os alunos eram mais distantes um do outro, não gostavam de se ajudar, o meu grupo de amigas era o único que tinha união e boas risadas, mas a gente sempre se sentia fora do padrão da sala e até os professores chamavam nossa atenção por causa disso, eles queriam que a gente se comportasse como o restante da turma. Mesmo sendo pessoas muito desagradáveis, eu aprendi a gostar deles e os agradeço por ter feito parte da minha vida. Então, a turma toda se formou em dezembro de 2016, teve a colação de grau de grau, seguida de uma festinha organizada ao longo do ano pelos alunos mesmo, que no final foi uma droga, quando cheguei a comida já tinha acabado (e juro que não cheguei atrasada), tinha uma cerveja que eu nunca tinha ouvido falar e ainda estava quente, e mais nada. Deu para pelos menos dançar.

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