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O Que Foi a Reforma Protestante?

Por:   •  10/6/2019  •  Relatório de pesquisa  •  1.594 Palavras (7 Páginas)  •  191 Visualizações

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O que foi a Reforma Protestante?

Foi a grande transformação religiosa da época moderna, pois rompeu a unidade do Cristianismo no Ocidente. Quando Lutero publicou suas 95 teses na porta do Castelo de Wittenberg no dia 31 de Outubro de 1517.

Passagem pela história

Antes de Lutero, no ano de 1330 até 1384, viveu John Wycliffe, um dos teólogos que começariam a fazer duras críticas à igreja católica. Wycliffe denunciou a corrupção no clero católico e a anunciar a tese (que depois seria amplamente defendida por Lutero) de que qualquer um que tivesse fé poderia ter a salvação eterna, sem necessariamente ter que se dedicar ao cultivo das virtudes e às boas obras. Outra de suas críticas, mais de viés teológico, tinha como alvo a doutrina católica da transubstanciação de Cristo, no ritual eucarístico, isto é, na cerimônia eucarística do pão e do vinho. Outro ponto importante das críticas foi a defesa da “autoridade suprema” das Escrituras e da não interferência da opinião papal sobre elas e sobre a tradição cristã. Esse princípio atacava a autoridade do papa como sendo representante de Pedro, na Terra, e portador da “chave da Igreja”. Wycliffe chegou a chamar alguns papas de anticristos por conta disso.

Anos depois surge John Huss, que nasceu em 1372 quando Wycliffe ainda estava vivo. Baseado nos ideais dele (mesmo com algumas discordâncias), Huss, começou a sua jornada contra a igreja católica na cidade de Praga.

Seu legado é marcado pela história que surgiu após sua morte no dia 6 de Julho de 1415: Ele voltou-se para seus executores pouco antes da sua sentença ser realizada e afirmou: “Hoje vocês queimam um ganso, mas daqui a cem anos um cisne surgirá que vocês serão incapazes de cozer ou assar”.

Huss foi despojado das suas vestes clericais, enfeitado com um chapéu de burro com desenhos de demônios, amarrado a uma estaca, e queimado até a morte. De acordo com um relato de testemunhas oculares, ele confiou a sua alma a Deus e cantou um hino a Cristo enquanto as chamas o envolviam. Uma vez morto, as autoridades trituraram seus restos mortais e os jogaram no rio Reno para impedir que fossem venerados por seus seguidores. Ironicamente, ele provavelmente teria apreciado esse gesto final.

A frase em si, não foi realmente citada por ele durante sua morte, mas em cartas que fez quando foi preso pela igreja por heresia na esperança de que “pássaros” mais fortes que ele surgiriam para fazer seu trabalho. De fato, foi Lutero que transformou as palavras de Huss em um oráculo que encontrou sua realização nele.

Martinho Lutero, o cisne de Huss

Monge e escritor, Lutero, no dia 31 de Outubro de 1517, afixou na Porta da Igreja de Wittenberg suas “95 Teses”, as quais representaram críticas a Igreja Católica e ao abuso da autoridade Papal.

Ele propunha uma revisão de muitas ações que estavam sendo impostas pela Igreja Católica, sobretudo, contra o comércio das Indulgências (pagamento de fiéis para a salvação da alma e de seus pecados) realizados pela Igreja Católica Romana.

Um dos fatores favoreciam e influenciavam a Reforma na época era a invenção da imprensa. Criada em 1440 por Johann Gutenberg, a imprensa só foi se tornar uma invenção realmente intensa na Reforma Protestante com a distribuição de panfletos luteranos e com a tradução que Lutero fez da Bíblia do latim para o alemão, isso ajudou ainda mais na disseminação da leitura e na proliferação do protestantismo na Europa.

Na época, a católica estava planejando a reconstrução da Basílica de São Pedro que já estava em condições precárias por ser muito velha, um método utilizado para financiar a construção da Basílica de São Pedro foi a concessão de indulgências em troca de contribuições daqueles que com esmolas ajudaram na reconstrução da basílica. A propaganda e a arte da venda ficaram nas mãos de Johann Tetzel, fato que influenciou Lutero a escrever as 95 teses.

A Reforma pela Europa

As ideias de Lutero foram se espalhando e tomando grandes proporções. Muitos teólogos se voltaram aos ideais protestantes, um dos grandes exemplos foi na Suíça com Ulrico Zwinglio. Liderando um grupo ávido por reforma, Zwinglio convocava os magistrados da cidade e expunha os erros doutrinários do catolicismo romano. Os magistrados, por sua vez, organizavam um debate com a presença de um sacerdote católico, e os argumentos deveriam ser retirados apenas da Escritura. Assim a Reforma foi avançando na Suíça, pois os debates eram facilmente vencidos, e práticas tais como a quaresma, o celibato obrigatório, o jejum como penitência e devoção as imagens foram abolidas, tidas como sendo não bíblicas. Além disso, a Bíblia passou a ser traduzida para o vernáculo. Nem sempre Zwinglio era o principal debatedor, mas ele estava envolvido em todas as disputas e num período de sete anos, em 1530, Zurique, Berna, Basiléia e a maioria do norte e leste da Suíça romperam com o catolicismo romano. Incluindo Genebra, cidade que posteriormente influenciou outros países e a partir do ministério de João Calvino e da Academia por este fundada, levou as doutrinas reformadas para toda a Europa.

Em 1521 Lutero foi excomungado da católica ao se negar repudiar pontos de sua doutrina, respondendo o papa através de sua obra “Liberdade de um Cristão” com o acréscimo da frase: "Eu não me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus".

No dia 21 de janeiro de 1530, o Imperador Carlos V chamou os teólogos Luteranos para apresentar sua doutrina a fim de entrar em com consenso, Felipe Melanchthon foi como porta-voz de Lutero levando documentos que seriam conhecidos como a Confissão de Augsburgo, a confissão de fé oficial luterana.

Em 1536, surgiu João Calvino com as Institutas da Religião Cristã, o maior compêndio teológico de todos os tempos.

João Calvino foi um teólogo cristão francês. Calvino teve uma influência muito grande durante a Reforma Protestante, que continua até hoje. Portanto, a forma de protestantismo que ele ensinou e viveu é conhecida por alguns pelo nome calvinismo, embora o próprio Calvino tivesse repudiado contundentemente este apelido. Esta variante do protestantismo viria a ser bem sucedida em países como a Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul (entre os africânderes), Inglaterra, Escócia e Estados Unidos.

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