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O Renascimento

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Por:   •  11/8/2014  •  1.714 Palavras (7 Páginas)  •  964 Visualizações

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HISTÓRIA DA ARTE

O RENASCIMENTO

No início dos anos 1400, o mundo acordou. Tendo início em Florença, a Renascença ou Renascimento da cultura, se estendeu a Roma e Veneza e, em 1500, ao resto da Europa, atingindo Países Baixos, Alemanha, França, Espanha e Inglaterra, num movimento que ficou conhecido como a Renascença do Norte.

Os elementos em comum foram a redescoberta da arte e da literatura da Grécia e de Roma, o estudo científico do corpo humano e do mundo natural e a intenção de reproduzir com realismo as formas da natureza.

Com o advento dos novos conhecimentos técnicos, como o estudo da anatomia, os artistas evoluíram na arte de pintar retratos, paisagens, motivos mitológicos e religiosos.

Durante esse período, a exploração de novos continentes e a pesquisa científica proclamavam a confiança do homem e, ao mesmo tempo, a Reforma Protestante diminuía o domínio da Igreja. O resultado foi que o estudo de Deus como Ser Supremo foi substituído pelo estudo do ser humano.

OS QUATRO GRANDES PATAMARES

Durante a Renascença, as inovações técnicas e as descobertas das obras de arte possibilitaram novos estilos para representar a realidade. Os quatro grandes passos foram a mudança de pintura a têmpera, em painéis de madeira, e afresco, em paredes de alvenaria, para a pintura a óleo em telas esticadas; o uso da perspectiva, dando peso e profundidade à forma; o uso de luz e sombra, em oposição a linhas desenhadas; e as composições piramidais na pintura.

1ª ÓLEO SOBRE TELA: O óleo sobre tela tornou-se o meio por excelência na Renascença. Com esse método, um mineral como o lápis-lazúli era moído e o pó resultante misturado a terebentina e aplicado sobre a tela.

2ª PERSPECTIVA: Uma das maiores descobertas foi o método de criar a ilusão de profundidade numa superfície plana, que veio a ser base da pintura europeia nos 500 anos seguintes. A perspectiva linear cria o efeito ótico dos objetos se alinhando conforme a distância por meio de linhas convergentes para um único ponto no quadro, chamado de “ponto de fuga”.

3ª O USO DE LUZ E SOMBRA: O chiaroscuro (pronuncia-se quiaroscuro), que significa “claro/ escuro” em italiano, se refere a uma nova técnica para modelar formas em que as partes mais claras parecem emergir das áreas mais escuras produzindo, na superfície plana, a ilusão de um relevo escultural.

4ª CONFIGURAÇÃO EM PIRÂMIDE: Os rígidos retratos e o agrupamento de figuras numa grade horizontal no primeiro plano da pintura deram lugar a uma “configuração piramidal”, mais tridimensional. Essa composição simétrica alcança o clímax no centro, como na Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, em quem o ponto focal é a cabeça da figura.

PRIMEIRO PERÍODO DA RENASCENÇA: OS TRÊS PRIMEIROS DESTAQUES

A Renascença nasceu em Florença. O triunvirato dos gênios do quatrocento (século XV) que inventaram esse novo estilo é composto pelo pintor Masaccio, o escultor Donatello, que reintroduziu o Naturalismo, e o pintor Botticelli, cujas elegantes figuras lineares chegaram ao auge do refinamento.

MASACCIO- O fundador da pintura da primeira fase da Renascença, que veio a ser a pedra angular da pintura europeia por mais de seis séculos, foi Masaccio. Apelidado de “relaxado”, porque descuidava de sua aparência em favor da arte, Masaccio foi o primeiro, desde Giotto, a não pintar a figura humana como uma coluna linear, no estilo Gótico, mas como um ser humano real. Também inovação de Masaccio foi o domínio da perspectiva e o uso de uma única fonte de luz constante lançando sombras precisas.

DONATELLO- O que Masaccio fez na pintura, Donatello fez na escultura. Sua obra recapturou a descoberta central da escultura clássica: o contrapposto, ou peso concentrado em uma das pernas e o resto do corpo em relaxamento, ligeiramente virado para um lado. Donatello esculpia e drapeava as figuras com realismo, de acordo com a estrutura óssea subjacente.

BOTTICELLI- Enquanto Donatello e Masaccio lançavam as bases do realismo tridimensional, Botticelli se movia na direção oposta. Seu estilo decorativo linear e as louras donzelas flutuantes eram mais um retrocesso à arte bizantina. Por outro lado, seus nus sintetizavam a Renascença: o “Nascimento da Vênus” marca o renascimento da mitologia clássica.

Nascimento da Vênus, 1482.

A RENASCENÇA ITALIANA

HERÓIS DA ALTA RENASCENÇA- No século XVI, a liderança artística chegou a Roma e a Veneza, onde os extraordinários Leonardo, Michelangelo e Rafael criaram esculturas e pinturas com total domínio das técnicas. Sua obra fundiu as descobertas renascentistas de composição, proporções ideais e perspectiva de tal maneira que essa fase ficou conhecida como Alta Renascença.

LEONARDO DA VINCI- O termo “homem da Renascença” veio a significar um indivíduo de talentos múltiplos, que irradiava saber. Seu protótipo foi Leonardo (1452- 1519), que chegou mais perto desse ideal do que qualquer outra pessoa de então e desde então.

Leonardo foi universalmente admirado por sua bela aparência, seu intelecto e seu charme.como se não bastasse, Leonardo cantava “divinamente” e “sua encantadora conversação conquistava todos os corações.” Ávido alpinista, adorava escalar altas montanhas e era fascinado pelo vôo. Quando via pássaros em gaiolas, pagava ao dono para soltá-los. Esboços de asas eram frequentes nos cadernos em que projetava os inventos voadores que veio a construir. Leonardo fez mais que qualquer outro para criar o conceito de gênio- artista. Quando deu inicio ao seu primeiro projeto, o artista era considerado um artesão servil. Seu brilho tinha uma mácula: o pintor contemporâneo Vasari qualificou Leonardo de “volúvel e cheio de caprichos”. Sua curiosidade era tanta que as distrações o atraíam constantemente de um projeto incompleto a outro. Quando foi contratado para pintar um altar, dedicou-se antes a estudar o movimento das marés do Adriático e inventou sistemas de prevenção de deslizamentos de terra. Um padre disse que Leonardo ficou tão obcecado com suas experiências matemáticas que “nem conseguia pegar nos pincéis”.

Menos de 20 trabalhos de Leonardo sobreviveram. Morreu aos 75 anos, na França, onde fora a chamado de Francisco I, unicamente para conversar com o rei. Em seu leito de morte, segundo Vasari, Leonardo admitiu que “tinha ofendido a Deus e a humanidade por não desenvolver sua arte como devia”.

Mona Lisa, (1503- 1506).

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