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O Trabalho No Tempo

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Por:   •  25/10/2014  •  1.776 Palavras (8 Páginas)  •  301 Visualizações

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Ao longo de todo o período Paleolítico, o homem desenvolveu uma série de habilidades físicas e técnicas que lhe permitiram aprimorar a sua vida na terra. Contudo, o aspecto rústico destes instrumentos lhe permitia realizar um campo bastante limitado de intervenções na natureza. Em geral, o indivíduo desse período histórico assegurava sua sobrevivência coletando alimentos oferecidos pela natureza ou realizando outras atividades, como a pesca e a caça.

No momento em que alguma alteração climática ou esgotamento de recursos inviabilizasse a sua existência, nossos ancestrais paleolíticos se deslocavam no território em busca de um lugar que oferecesse melhores condições. Dessa forma, podemos avaliar que a vida nômade foi uma das mais importantes características que marcaram a vida humana até aquele momento. Contudo, estando em constante mudança, esse homem transformou o seu modo de vida com a chegada do período neolítico.

O fim da última era glacial transformou as condições climáticas em seus mais variados aspectos. A diminuição das temperaturas provocou a formação de um clima temperado em grande parte do continente europeu. O norte da África se transformou em uma região extremamente árida e a região do Saara sofreu um grande processo de desertificação de suas terras. Em meio a essas mudanças, homens e animais foram obrigados a se espalharem por regiões diversas em busca de água e vegetação. 

Quando alcançamos a entrada do Neolítico, há cerca de dez mil anos, os grupos humanos existentes já acumulavam um variado leque de saberes apreendidos graças à sua habilidade de raciocínio. Ao longo do tempo, já sabiam distinguir quais tipos de fonte de alimento eram próprias para o seu consumo. Além disso, construíam pequenas embarcações e criavam utensílios mais resistentes do que aqueles que foram inicialmente desenvolvidos.

Foi nesse contexto que uma profunda transformação passou a se desenvolver no cotidiano do homem pré-histórico. A observância da própria natureza permitiu que as primeiras técnicas de cultivo agrícola fossem pioneiramente desenvolvidas. Com isso, a garantia de alimento se tornava cada vez mais acessível e a constante necessidade de deslocamento se tornou cada vez menor. Essa transformação, que se difundiu ao longo dos próximos seis mil anos, deu origem à chamada “Revolução Neolítica”.

Conforme indicado por alguns estudiosos, essa transformação, também conhecida como “Revolução Agrícola”, primeiro ocorreu na região do chamado Crescente Fértil, ampla faixa de terras que abrangia desde o Rio Nilo, indo até o lugar onde se encontram os rios Tigre e Eufrates, local onde hoje identificamos a Síria e o Iraque. Com o passar dos séculos, o aprimoramento dessas técnicas agrícolas e a sedentarização permitiram uma dieta alimentar mais rica e um expressivo crescimento dos grupos humanos.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

 

            Podemos estudar as transformações dos modelos de produção e de trabalho de diversas maneiras, com os mais variados enfoques. Vamos procurar delimitar um pouco esse processo histórico, enfatizando apenas alguns pontos que nos são mais pertinentes, ou seja, as mudanças que ocorreram no período final da Idade Média e, que de uma forma ou outra, facilitou as transformações que passaram a ser vistas a partir principalmente do século XVIII.

            Se vamos pensar desde a Baixa Idade Média, temos que nos referir ao Renascimento Comercial que, em meados do século XII já começa a assumir relativa importância no contexto histórico que vamos nos deter agora. Esse florescimento comercial, impulsionado pelas inovações técnicas na agricultura e pelo conseqüente crescimento populacional vão ser nosso pano de fundo. Intimamente ligado a esses fatores, esteve o não menos importante renascimento urbano: as cidades passaram a ser um centro dinâmico de atividades artesanais e comerciais. Os últimos séculos medievais caracterizaram a dissolução do sistema feudal e a formação do sistema capitalista.

            Assim, nesse processo de mudanças o trabalho de estrutura familiar vai prevalecer. O espaço temporal do trabalho é o dia, condicionado pela luz solar: ao nascer do sol inicia-se a jornada de trabalho, que só vai encerrar-se com o crepúsculo. As sociedades dessa época adoravam as forças da natureza, elas acreditavam num misticismo mágico que orientava e regulamentava suas vidas – isso mesmo apesar de ser prática comum tentar caracterizar o Medievo como um período de teocentrismo exacerbado.

            Se já sabemos qual era o espaço temporal do trabalho nessa sociedade medieval, resta-nos saber qual era o espaço físico do trabalho: é o espaço do lar, da residência e dos arredores da casa familiar. Vai ser nesse espaço que o trabalho vai ser executado.

            Se pensarmos em alguns tipos de trabalhadores dessa época, como os agricultores, os sapateiros e os alfaiates, poderemos verificar a real utilização do espaço temporal do dia e do espaço físico do lar para o trabalho.

            O agricultor, com sua família, trabalha nos arredores de sua casa, num terreno concedido pelo seu senhor, plantando batatas, por exemplo. Trata a terra, semeia, cuida do crescimento de sua lavoura e colhe as batatas. Seus familiares, sua mulher e seus filhos, ajudam-no sempre.

O dia regulava a atividade produtiva, a família era parte integrante da força detrabalho. A imagem acima éOs comedores de batata, de Van Gogh.

            O sapateiro, também com sua família, trabalha na sua casa. A oficina onde ele fabrica seus sapatos é a sua casa; o espaço do lar e o espaço do trabalho quase que se confundem. Em sua casa ele mora, alimenta-se, dorme e trabalha. Podemos perceber, então, que o espaço do trabalho é o espaço do lar, e vice-versa. Não havia uma fábrica de sapatos ou um lugar apropriado exclusivamente destinado ao fabrico de sapatos.

            Da mesma maneira temos o alfaiate, que juntamente com seus familiares confecciona roupas no espaço do seu lar.

Muitos trabalhadores deixam o campo e vão para as cidades. As crianças são muito procuradas para o trabalho nas indústrias.

            É importante ressaltar como o trabalho feminino e o trabalho infantil estão presentes nessa sociedade. As necessidades de sobrevivência e as obrigações

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