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O Típico da Política elitista

Por:   •  22/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  594 Palavras (3 Páginas)  •  541 Visualizações

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Atividade no Portfólio

Licenciatura em História

Disciplina: História do Brasil – República

Aluno: Paulo Moraes Taffarello

Leia o trecho a seguir:

Tínhamos, assim, um acordo "pelo alto", típico da política elitista praticada ao longo de toda nossa história republicana [...]. Para garantir o funcionamento, na prática, dos objetivos desse arranjo, faltava articular o nível local da luta política e, para tanto, entrava em cena o "coronel", o chefe político local, que mantinha sob seus domínios os rumos da política eleitoral do município (CORRÊA, 2011, p. 94).

Com base nas unidades estudadas e seguindo o pressuposto estabelecido pelo trecho mencionado, elabore um texto de até duas laudas explicando: 1) Como estavam relacionados o coronelismo e a política dos governadores? 2) Como este arranjo garantia o domínio político das oligarquias agrárias?

Os primeiros anos do regime republicano no Brasil correspondem ao período de 1889 a 1930 e ficou conhecido por alguns nomes, como Primeira República, República Velha, República do Café-com-leite ou República Oligárquica. O conceito de oligarquia, ou “governo de poucos” segundo Tomas Hobbes, foi o que melhor definiu as relações sociais da sociedade brasileira que presenciou nesse momento em sua história que presenciou um fenômeno social chamado “coronelismo”.

A expressão coronelismo surgiu ainda na época do Brasil Império (1822-1889), quando ricos fazendeiros passaram a ocupar postos criados em 1931 na chamada Guarda Nacional, para conter as inúmeras rebeliões populares do período. Mesmo após a extinção da Guarda, o título “coronel” continuou sendo usado para se referir aos grandes proprietários de terras no início da República.

O “coronelismo”, portanto, acabou se constituindo ao longo da Primeira República como uma prática de dominação da população brasileira, principalmente nas zonas rurais, uma vez que no final do século XIX mais da metade das pessoas moravam na área rural, sendo a maioria absoluta analfabeta e vivendo em condições de precariedade. Esse cenário foi utilizado pelas relações de poder que os coronéis exerciam nas fazendas e nas cidades do interior. Os indivíduos passaram a serem reféns da influência política dos grandes fazendeiros e precisavam de sua ajuda para conseguir, por exemplo, remédios, alimentos, empregos etc.

Esse poder “conquistado” pelos coronéis interferia diretamente no poder público das cidades que eram controladas por eles. Prefeitos, governadores e até mesmo os presidentes venciam as eleições com ajuda desses grandes fazendeiros, que interferiam no resultado através do chamado “voto de cabresto”, símbolo da prática do coronelismo. Assim, cada coronel possuía seu “curral eleitoral”, que era composto pelo conjunto de eleitores influenciados por ele durante a escolha dos candidatos. Inaugurava-se, assim, a cultura até hoje enraizada no Brasil dos cidadãos que votavam em seus candidatos pela troca de “favores” prometidos pelos coronéis. Outros eram obrigado a votar no político sob sérias ameaças de morte.

Dessa forma, quando o eleitor votava por fidelidade ao coronel, ele praticava o “clientelismo”, pois ganharia algo em troca como prêmio por ter sido fiel ao pedido. As pessoas que resistiam em obedeceras ordens do coronel eram obrigadas a marcar na cédula de votação o nome do candidato indicado por ele. Para isso, o coronel ordenava que os seus jagunços armados acompanhassem os eleitores até as urnas para conferir a votação, pois durante a República Oligárquica o voto não era secreto, o que tornava pública a opção do eleitor. O voto sob pressão foi bastante praticado pelo coronelismo no Brasil e representou por vários anos o controle político de fazendeiros (oligarquias) e seus aliados em diversas regiões do país. Será que hoje, em pleno século XXI, realmente já superamos essas práticas comuns da Primeira República? Ou apenas as naturalizamos?

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