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O Uso da Vão violência Pela Elite na Crise Socialista do Leste Europeu

Por:   •  8/7/2016  •  Trabalho acadêmico  •  656 Palavras (3 Páginas)  •  262 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

FAFICH

História Contemporânea II Prof. Luiz Arnaut

A crise do Leste Europeu

Bruna Souza Rodrigues

Julho 2016

 

 

 Através de sua narrativa, Ash nos aponta uma série de argumentos que justificam a crise do Leste Europeu em 1989-1991, sendo tal crise um compilado de diversos fatores que propiciaram o ocorrido.

 O autor nos mostra que o fator econômico foi impactante para a crise nos países europeus, principalmente na Polônia, Romênia e Hungria. Também a URSS sofria o efeito da economia que, devido a corrida armamentista, priorizava o setor bélico à setores básicos, como alimentação e vestuário, deixando a população na miséria. Porém, com exceção da Polônia, nos demais países a crise na economia não surtiu tanto efeito no povo quanto a repressão ideológica. Segundo Ash, houve “uma Revolução dos intelectuais”, onde as massas europeias foram às ruas e protestaram, uma vez que os regimes locais silenciavam as esperanças políticas existentes entre elas, sendo essas massas as responsáveis pela queda dos respectivos regimes. E, para o autor, essa política da revolução foi primordial para o desfecho histórico gerado, deixando claro que a crise ideológica foi primordial para a crise socialista.

 Em seguida, Ash aponta que, com exceção da Romênia que contou com tanques e pelotões de fuzilamento e acabou com o assassinato de seu governante, nenhuma dessas manifestações feitas pela massa europeia, fez uso de violência e esta só teria sido utilizada, à priori, pela polícia repressora. Porém, a indagação suscitada pelo autor é a de que, em todas as revoluções vividas pela Europa Central no mundo moderno, a repressão contra a ideologia contrária à que está no poder é forte e sangrenta. Porque em 1989 foi diferente? Porque medidas coercitivas não foram usadas por esses governantes do Leste Europeu para assegurar a perpetuação do poder? E o autor responde à essas perguntas através da compilação de três motivos: “Gorbachov”, “Helsinque” e “Tocqueville”.

 A nova política adotada pelo líder soviético, a Doutrina Sinatra, aliada à programas como a Glasnost que visava a transparência, a liberdade e o fim da censura, deixava clara a ideia do governo de melhorar o status quo do país, logo, de não fazer uso de violência para repressão das massas oposicionistas. As elites de quase todos os países do Leste estavam aliadas à URSS, e, uma vez que essa se nega a ajudar militarmente e belicamente nos movimentos de repressão, esses não conseguem acontecer. É interessante notar, como apontado pelo autor, que a Romênia, não coincidentemente, por ser o país mais independente do governo soviético, sofreu a mais violenta e prolongada repressão por parte das autoridades locais.

 Porém, apenas o fator “Gorbachov” não seria suficiente para justificar o uso de uma postura não violenta por parte das elites europeias em 1989. Sendo assim Ash aponta também o fato “Helsinque”, que correspondia à ideia de que existia uma certa norma social vigente e disseminada pelo mundo Ocidental, que dizia respeito também as condutas plausíveis e condenáveis de política interna, e os governos socialistas, que buscavam uma aceitação internacional, não poderiam passar para o mundo a imagem de governos violentos, repressivos e sanguinários.

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