Crise do Mundo Socialista

Crise do mundo socialista

Gorbachev assume a liderança da URSS em 1985, assumindo um país que necessitava de reformas. A economia estava estagnada devido à crise agrícola, inflação, escassez de produtos, atraso tecnológico e gastos militares (estes devido à Guerra Fria). Gorbachev teria um grande desafio pela frente.

Como tentativa de solucionar o problema, cria a glasnost (transparência), responsável pela redemocratização da ordem política, fundamentada na reformulação do projeto socialista soviético, tendo pilares democráticos, conhecida como desestalinização. Na glasnost foi extinto o unipartidarismo, a liberdade de imprensa passou a existir, e o governo das repúblicas soviéticas era eleito por eleições diretas.

Na parte econômica, cria a perestroika (reestruturação), que vem para combater a ineficiência administrativa, e a liberação de práticas capitalistas na URSS.

Estas reformas originaram movimentos separatistas nas repúblicas do Baltico, Letônia, Lituânia e Estônia. Internamente, foi feita uma tentativa de golpe contra Gorbachev, organizado por Guennady Yanayev (VP da URSS), ministros do Interior e o chefe da KGB. Boris Ielstin, presidente da República russa, lidera a resistência ao golpe.

Em 1991, com o movimento separatista da Ucrânia, os presidentes da Ucrânia, Rússia e Bielo-Rússia decretaram a organização da Comunidade dos Estados Independentes, que fazia com que a URSS deixasse de existir.

As reformas de Gorbachev na década de 1980 originaram diversos movimentos para destituir os governos comunistas no Leste Europeu, ocorrendo em 1989 a queda do Muro de Berlim, e em 1990 a unificação da Alemanha. Ainda em 1990, o povo da Romênia derruba seu governo comunista através de uma guerra civil. Em 1991, a Tchecoslovaquia começa um processo de revolução que ficou conhecido com Revolução de Veludo, através de manifestações pacíficas, que ocasionou em 1992 no desmembramento em República Tcheca e República da Eslováquia.

Em 1999, a província de Kosovo (90% de origem albanesa), tenta se desvincular do governo da Sérvia, sendo então vítima de um genocídio que só foi interrompido por intervenção internacional.

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