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Origens Da Idade Média -

Artigo: Origens Da Idade Média -. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/10/2014  •  642 Palavras (3 Páginas)  •  248 Visualizações

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William Carrol Bark demonstra que há divergências quanto a ideia de determinar uma data precisa para o início e o término da Idade Média, período o qual é composto por diversos acontecimentos.

Essa fase causou diferentes opiniões, principalmente para os renascentistas e iluministas que acreditavam ser um século retido e prejudicial. Porém, houveram opiniões construtivas, dentre elas estava a de Henri Pirenne, cuja tese foi aceita durante vinte anos, e mesmo hoje não sendo considerada por nenhum historiador, não anula o mérito de sua obra sobre o medievalismo.

No livro “Mahomet et Charlemagne”, Henri Pirenne aborda que os sarracenos foram a causa da ruptura entre a Antiguidade e a Idade Média. A expansão marítima sarracena, ocasionou no desaparecimento do comércio, promovendo a escassez da moeda e, consequentemente, a perda do poder politico, econômico e atribui relevância ao Mediterrâneo. Para Bark, tal afirmativa é equívoca, pois a sociedade já presenciava o enfraquecimento do poder centralizado, e a crescente influência da Igreja. E se os povos da Europa Ocidental nada tivessem para transportar, pouca alteração fazia se o mar estivesse fechado ou não.

Na arte e nas letras Pirenne pouco menciona a contribuição de Boécio denominado “o primeiro dos escolásticos” e Cassiodoro sobre sua dedicação à vida religiosa. Demonstra que o uso do latim simples não era um indício de qualquer isolamento da antiga tradição, mas sim, que a igreja facilitava a língua para a compreensão dos demais. No entanto, os fatos carecem de uma análise diferente, pois ao facilitar o latim, conclui-se que era outro declínio cultural, e que tais linguagens simples eram devido ao analfabetismo da população.

No decorrer dos séculos as importações do Império excederam suas exportações, o Estado adotou medidas de urgência, como por exemplo, a mescla da prata no ouro, a estocagem de ouro em barras e diversos outros fatores que resultaram na economia natural parcial.

Mesmo que o recolhimento de impostos in natura estivesse regulamentado, foi ineficaz e custoso para o governo, pois os produtos recebidos deterioravam ou também eram roubados, entre outras desvantagens. A adoção pela economia natural prejudicou os donos de pequenas propriedades, pois duas más colheitas significavam o seu declínio. Por conta de tal economia, muitas pessoas optaram pela proteção dos grandes senhores de terras, os “potentiores”, outras optaram se juntar aos bárbaros ou ao banditismo. O Estado perdeu o controle sobre sua economia, não conseguindo nem pagar pela sua proteção, em que os romanos não podiam resistir á dura competição com os germanos.

Em algumas anotações de Padre Salviano é relatado à devastação das cidades, a precariedade do povo, a corrupção dos romanos, e que os altos impostos levaram os camponeses à ruina. Salviano percebeu que a sociedade romana estava desabando internamente e não havia uma maneira de reparar.

Santo Agostinho foi de suma importância para a nova mentalidade que surgia, pois foi capaz de defender o surgimento da cultura cristã em sua poderosa filosofia da história, da qual afastava a Igreja dos “Estados Mundanos”, ou seja, a separação de assuntos políticos dos religiosos. Esta filosofia foi capaz de gerar uma nova aliança com a teologia, a partir de então a vida intelectual se processaria sobre a orientação

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