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PASSAGEM DA ANTIGUIDADE PARA A IDADE MÉDIA - Unopar

Por:   •  29/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.051 Palavras (9 Páginas)  •  979 Visualizações

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PASSAGEM DA ANTIGUIDADE

PARA A IDADE MÉDIA

INTRODUÇÃO

A produção textual a seguir, tem a proposta de desenvolver uma análise teórica a respeito da passagem da Antiguidade para a Idade Média. Este trabalho também possui o objetivo realizar uma reflexão a respeito do Tempo e a História. Além de tentar responder a questão: Será que na passagem do século IV para o V houve uma mudança radical que proporcionasse a saída da Antiguidade e a entrada na Idade Média? Muitos autores da historiografia do final do século XX realizam esta análise a respeito do Tempo e da História e verificam as demarcações que separam uma época da outra.

2. DESENVOLVIMENTO

Síntese do texto 1: GLEZER, Raquel. Tempo e história. Cienc. Cult, v. 54, n. 2, p. 23-24, 2002.

O tema discutido por Raquel Glezer é o Tempo e a História, a autora enfatiza que é um tema inesgotável, com questões, problemas e propostas analíticas, campo de conflito insolúvel entre filósofos e historiadores. Os objetivos principais do texto são: mostrar como o tempo, na história, aparece como elemento organizador do passado da humanidade e inclui, obrigatoriamente, o passado, o presente e o futuro; e distinguir as temporalidades construídas pelos historiadores: um tempo breve (que possibilita a aproximação da vida cotidiana), um tempo médio (que propicia análises conjunturais) e um tempo longo (que permite a delimitação histórico-estrutural). A autora destaca que Tempo é palavra de muitos significados, e em alguns deles empregado como sinônimo de passado, ciclos, duração, eras, fases, momentos ou mesmo história, o que contribui para o obscurecimento das discussões teóricas dos historiadores sobre ele, e acaba confundindo o público leitor. As transformações culturais ocidentais, que se difundiram pelos espaços dominados pela civilização ocidental europeia, trouxeram tempos diversos para a contextualização histórica, e para cada tipo de fenômeno a ser estudado existem diversas possibilidades de escolha de temporalidade. Raquel Glezer conclui que as questões que relacionadas por ela continuam em debate no campo teórico, como temas para especialistas, mas relativamente restritas, relegadas muitas vezes pelos próprios historiadores, e totalmente desconhecidas para o público leitor dos livros de história – que tende a considerar a narrativa historiográfica como passado, verdade e o tempo de outrora.

Síntese do texto 2: FRIGHETTO, Renan Apresentação ao Dossiê “A Antiguidade Tardia: o alvorecer de um conceito historiográfico”. Revista Diálogos Mediterrânicos, n. 5, nov. 2013.

O tema discutido no texto é apresentado a partir de um questionamento do autor: como nós, os Historiadores do terceiro milênio, podemos oferecer uma nova subdivisão, tanto didática como lógica, do tempo histórico relativo à História Antiga e a História Medieval e que agregue novas perspectivas àquelas antigas divisões ainda existentes e hoje um tanto questionadas e superadas? O autor destaca que não devemos destruirmos todo o conhecimento gerado a partir das tradicionais divisões do tempo histórico para os períodos mais recuados, a Antiguidade e a Idade Média, como também é nada lúcido que esqueçamos os avanços realizados nos últimos 60, 70 anos e que apontam as novas possibilidades de divisão dessa cronologia histórica. Ele lembra que o texto se refere ao ambiente do mundo greco-romano, que tinha como centro vital o espaço mediterrânico e que se expandia para além deste, balizado cronologicamente entre os séculos II e VIII da era cristã. Afirma ainda, que Antiguidade Tardia, oferece maiores possibilidades de compreendermos os fenômenos políticos, ideológicos, econômicos, sociais, culturais e religiosos em uma dinâmica onde podemos analisar, com atenção e cuidado, as transformações, as mutações e as readequações que caracterizaram aquela época de passagem entre o passado clássico-helenístico. Renan Frighetto conceitua Antiguidade Tardia: “conceito historiográfico forjado ao longo da segunda metade do século XIX e no começo do XX, como todos os demais que, igualmente, são frutos do pensamento historiográfico da modernidade, que ganhou uma projeção positiva ao longo do último século sem que seja absolutamente intocado ou conclusivo!” Ou seja, no momento historiográfico em que vivemos cremos que apresentarmos o lapso cronológico e estrutural balizado entre os séculos II e VIII como sendo o da Antiguidade Tardia representa a melhor forma de apresentarmos esse tempo histórico como um tempo de mudanças amparadas e pautadas em uma tradição anterior, transformada e readequada para novas realidades administrativas, políticas, sociais, culturais e religiosas. O autor destaca os mosaicos, analisados no estudo apresentado por Gilvan Ventura da Silva. Para tanto, o trabalho apresenta-nos os mosaicos confeccionados em uma das cidades mais importantes do Oriente romano, Antioquia de Orontes, que mostram a manutenção de elementos tradicionais da formação cívica helenística grega, baseada na Paideia e na mitologia greco-romana, que problematizam a questão da vitória total e irrestrita do Cristianismo nos territórios romanos orientais ao longo do século IV d.C. Renan Frighetto conclui que esses trabalhos de são de uma qualidade ímpar e que tratam de temas importantes para os estudos sobre a Antiguidade Tardia no ambiente acadêmico e científico nacional e internacional. Como apontamento final, o autor frisa que um detalhe deve ser realçado: todos são pesquisadores e professores brasileiros que atuam em importantes Programas de Pós-Graduação nacionais, aspecto que revela que o futuro das investigações sobre a Antiguidade Tardia no Brasil tende a crescer, tanto em qualidade quanto em quantidade, nos próximos anos. A eles, colegas e amigos, nosso muito obrigado por responderem ao chamado para escreverem e transmitirem seus conhecimentos neste dossiê.

Síntese do texto 3: BARROS, José D’Assunção. Passagens de Antiguidade Romana ao Ocidente Medieval: leituras historiográficas de um período limítrofe. HISTÓRIA, São Paulo, 28 (1): 2009.

O Tema discutido por José D’Assunção Barros em seu artigo é a questão da passagem da Antiguidade Greco-Romana para a Civilização Medieval no ocidente europeu. O texto tem o objetivo de examinar algumas interpretações e perspectivas sob as quais se pode ou tem sido examinada a questão da passagem da Antiguidade Greco-Romana para a Civilização Medieval no ocidente europeu, atentando para as oscilações historiográficas produzidas nestas perspectivas em decorrência de mutações

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