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Papel Do Historiador

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Por:   •  4/11/2014  •  1.609 Palavras (7 Páginas)  •  309 Visualizações

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A finalidade deste trabalho é analisar a afirmação (ENADE 2005 adaptado) “Os historiadores estão condenados a reescrever continuamente a Historia. Quando, com relação a um determinado tema e/ou período histórico, impõem-se uma nova abordagem um novo paradigma se constitui até ser por sua vez contestado por outro, e assim sucessivamente”, utilizando o artigo disponibilizado’’Somos todos da Idade Média “como fonte orientadora para o desenvolvimento deste trabalho.

Busca-se entender o papel do historiador ao compreender e interpretar “fontes históricas como os vestígios deixados pelas sociedades e que comprovam as relações humanas. E por meio desses indícios o historiador realiza o trabalho de construção e reconstrução da história’’(França, 2009 p.76), sabendo que a interpretação sempre irá variar de historiador para historiador, pois ao estarem inseridos em contextos sociais distintos terão resultados para suas investigações.

É imprescindível que o historiador esteja consciente de que as suas interpretações devem servir para despertar nos indivíduos enquanto sujeitos sociais, a consciência de que todos somos criadores da historia, por isso ao estudá-la deve-se levar em consideração todo o contexto social daquela determinada época.Ainda assim toda interpretação da historia terá influencia do historiador pois, o historiador utilizará os meios de pesquisa que hoje lhe são comuns.O importante é que o historiador se dispa de todo conceito inferiorizador ao estudar e buscar novas interpretações para a historia.

2 Desenvolvimento

Durante anos a Idade Média foi vista como um período de estagnação no desenvolvimento intelectual do homem. Para os Modernos a Idade Média foi “um tempo dominado pelos medos, pela religiosidade exagerada, pela falta de racionalidade, pela extrema fragmentação social, política e econômica da Europa’’ período que [...] interrompeu o desenvolvimento do próprio espírito humano na medida, na medida em que atrasou o desenvolvimento das artes e da filosofia. (Nishikawa, 2009 p.01 e 02). No entanto, com o passar dos anos, partindo da concepção contemporânea de que precisamos compreender as sociedades que diferem da nossa, com padrões mentais diferentes,

“a historiografia do século xx buscou oferecer mais elementos que pudessem reorganizar o conceito que havia de Idade Média, através da procura de documentos históricos que privilegiou indivíduos e aspectos que não haviam sido privilegiados’’(Nishikawa, 2009 p.05).

Nessa conceptualização, utilizando as palavras do historiador medieval Bloch (2001), em seu livro Apologia da Historia, a “historia é uma ciência em construção”, porque sempre surgirão novas interpretações do passado e, ao historiador cabe o ofício de reescrever continuamente a historia fornecendo, através de seu trabalho, elementos que auxiliem na compreensão do papel das sociedades, na historia. Tendo-se em vista o historiador nunca poderá resgatar completamente a historia torna-se impossível apresentar uma interpretação histórica sem lacunas. Dessa forma, faz-se impossível obter “a verdade absoluta”, o que se pode obter é uma interpretação do passado contextualizado pelo presente, por isso a historia está sempre sujeita a novas interpretações. Bloch afirma que a historia [...] é busca, portanto escolha. (Bloch, 2001, p.24) Portanto através de indagações, com perspectivas do presente, novas perguntas surgem, outras análises são feitas através da escolha e seleção de novos objetos de estudo, a historia é constantemente reescrita.

No artigo “Somos todos da Idade Média” de Hilário Franco Junior podemos entender que ao analisar idéias e fatos da Idade Medieval sem atribuir-lhe conceitos inferiores, ou seja, sem minimizar sua formação social, política e econômica, torna-se possível compreender a importância desse período histórico para a sociedade atual. Muitos dos nossos costumes, hábitos, conceitos e objetos são heranças daquela época. Embora não percebamos nossas raízes são medievais. Objetivando a compreensão de uma época fundamental para os padrões sociais dos dias atuais, que é a Idade Média, os historiadores passam a cada ano, a encontrar cada vez mais para trabalhar esse período histórico. Ao buscar novas significações para os pré-conceitos já formados sobre a Idade Media e, ao aliar essa busca desprovida de visões inferiorizadoras a novas técnicas de pesquisa e novos padrões historiográficos e ao esforço de pesquisadores, chegou-se a conclusão de que a Idade Medieval continua viva em nossos costumes, objetos, hábitos, conceitos. Vale ressaltar novamente que nas pesquisas históricas o resultado nuca será dado como imutável, como o único e totalmente verdadeiro porque, segundo França, (2009)

“no momento em que o historiador inicia a pesquisa histórica e constrói

o objeto de estudo,suas experiências de vida

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