TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Periodo Helenístico

Casos: Periodo Helenístico. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/9/2014  •  1.633 Palavras (7 Páginas)  •  257 Visualizações

Página 1 de 7

Em 336 a.C., Alexandre o Grande, filho de Filipe II tornou-se rei da Macedônia e dois anos depois senhor de toda a Grécia. Durante o seu curto reinado de treze anos (de 336 até 323 a.C.) Alexandre realizou a conquista de territórios mais rápida e espectacular da Antiguidade.

Procurando realizar o sonho do seu pai, Alexandre lançou à conquista do Império Persa de Dario III, que na época governava praticamente todo o Médio Oriente. Bastariam quatro anos e três batalhas (Granico, Isso e Gaugamela) para derrotar o soberano e destruir o Estado aquemênida. Os três anos que se seguiram, até 327 a.C., foram dedicados à conquista das províncias da Ásia Central denominadas satrapias. Por volta de 325 a.C., Alexandre já se achava no Vale do Indo. Segundo o que se pensa, o macedônio pretendia ir até o Ganges, mas seus soldados recusaram-se a avançar mais, sendo Alexandre forçado a ordenar o regresso.

Alexandre associou as antigas classes indigentes do Império Aquemênida à estrutura de governo do seu império. Pretendia assim criar um grande estado multiétnico, onde a herança grega e macedônia coexistiria com a herança persa e asiática. A morte prematura do rei, aos trinta e três anos, deu por terminado este original projeto, na época criticado por macedônios e gregos.

O período dos diádocos[editar | editar código-fonte]

A morte prematura de Alexandre o Grande aos 33 anos, ainda longe de sua capital, não deixou definida a questão da sua sucessão. Entre os generais de Alexandre — os diádocos — esboçaram-se duas tendências: uma que desejava manter a unidade do império (em memória de Alexandre e da sua família) e outra que pretendia dividi-lo. Nas quatro décadas seguintes, entre 323 a.C. e 280 a.C., os generais de Alexandre enfrentaram-se em lutas que visavam afirmar diferentes objetivos.

Filipe Arrideu, um meio-irmão de Alexandre que sofria de problemas mentais, e Alexandre IV, filho de Alexandre e de Roxana nascido já depois da morte do pai, em agosto de 323 a.C., foram proclamados reis, mas não passaram de figuras efêmeras que acabaram assassinadas. Perdicas foi nomeado regente do império, mas foi assassinado em 321 a.C. O exército elegeu então Antípatro, que tinha sido nomeado por Alexandre como administrador da Macedônia e da Grécia, como novo regente. Antípatro faleceu em 319 a.C. tendo nomeado como sucessor não o seu filho Cassandro, mas Poliperconte, que acabaria derrubado por Cassandro.

Cassandro, Ptolemeu e Lisímaco decidiram formar uma aliança para derrotar Antígono, lutando contra este durante quatro anos, entre 315 a.C. e 311 a.C., mas sem resultados práticos. Em 311 a.C., estes líderes decidiram dividir o império: Cassandro tornou-se estratego da Europa, Lísimaco governador da Trácia e Antígono tornou-se senhor de toda a Ásia; no acordo não participou Seleuco, que já governava uma parte da Ásia.

Antígono e o seu filho Demétrio Poliorcertes conseguiram consolidar o seu poder. Eliminados os familiares de Alexandre, os diádocos começam a declarar-se reis. O primeiro foi Antígono junto com o seu filho em 306 a.C.

Com o objetivo de derrotarem Antígono, Cassandro formou uma coligação com Lisímaco, Selêuco e Ptolomeu, cujo ponto de confronto foi a Batalha de Ipso em 301 a.C., na qual Antígono morreu. O seu filho Demétrio conseguiu escapar, mantendo o domínio sobre Tiro e Sídon. Ocorreu então uma nova divisão dos territórios: Lisímaco tomou partes consideráveis da Ásia Menor, Selêuco da Síria e da Mesopotâmia e Cassandro, da Macedônia e da Grécia.

Em 297 a.C., Cassandro faleceu. Demétrio aproveitou a ocasião para conquistar a Macedônia em 294 a.C., mas foi expulso por Lisímaco, que havia se aliado ao rei Pirro de Épiro. Demétrio adoeceu e entregou-se a Seleuco, vindo a falecer. O fim deste período conturbado aproximou-se com a derrota de Lisímaco para Seleuco, em 281 a.C., em Curopédion; Seleuco seria por sua vez assassinado por um filho de Ptolemeu I, Ptolemeu Cerauno.

Por esta altura verificou-se também a invasão dos Gauleses, que contribuiu para acentuar o caos. Em 277 a.C., estes foram derrotados em Lisimaquia. O perigo que a invasão representava fez com que Antígono Gónatas (neto de Antígono Monoftalmo) e Antíoco (filho de Selêuco) estabelecessem um pacto através do qual cada um se comprometia a não se envolver na área de influência do outro.

Equilíbrio[editar | editar código-fonte]

Por volta de 270 a.C., a tríplice divisão do império foi aceita de forma definitiva: os Ptolomeus governavam o Egito (dinastia dos Lágidas), Antíoco ficou com a Síria e a Pérsia (dinastia dos Selêucidas) e Antígono Gónatas dominou as regiões europeias (dinastia antigônida).

Antígono Gónatas controlou a Grécia, depois de ter derrotado, na guerra de Cremónida, uma coligação entre Esparta, Atenas e o Egito. Foi sucedido pelo seu sobrinho Antígono Dóson.

O Império Selêucida teve como a sua primeira capital a cidade da Babilônia, conquistada em outubro de 312 a.C. por Seleuco I Nicator. Este rei viria a criar uma nova capital, Selêucia do Tigre, situada a cerca de 60 quilômetros a norte da Babilônia. Em 300 a.C., o rei Antíoco fundou uma cidade nas margens do rio Orontes, na Antioquia.

A partir do reino selêucida nasceu outro, o reino de Pérgamo, cujo governador, Êumenes (263 a.C.- 241 a.C.) derrotou Antíoco I em Sardes no ano de 262 a.C., obrigando-o desta forma a reconhecer a sua independência. O sucessor de Êumenes, Átalo (241 a.C.-197 a.C.), derrotou os Gauleses (ou Gálatas, como eram denominados pelos autores gregos estes descendentes dos Gauleses que se tinham fixado na Ásia Menor). Com esta vitória, atribuiu-se-lhe o título de rei e expandiu o seu território na Ásia Menor à custa dos Selêucidas.

Devido à sua grande extensão territorial, o reino selêucida rapidamente acabou por se desmembrar, ficando em pouco tempo reduzido à região da Síria. A planície do Indo separou-se sob pressão da dinastia máuria e mais tarde foi a vez do Irão Central, onde nasceu a dinastia local dos Partos Arsácidas.

Declínio[editar | editar código-fonte]

Os reinos helenísticos acabaram por ser progressivamente integrados naquilo que tornou-se depois o Império Romano, através da conquista ou por doação. Pérgamo tornou-se, em 200 a.C., o primeiro aliado dos Romanos na Ásia; quando o rei Átalo III morreu em 133 a.C., o reino foi integrado a Roma,

...

Baixar como (para membros premium)  txt (10.6 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com