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Por:   •  1/3/2015  •  1.888 Palavras (8 Páginas)  •  257 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O presente artigo consiste em analisar o papel da didática como um elemento construtivo do processo ensino-aprendizagem, fazendo uma abordagem sobre diversos aspectos que consideramos ser de relevância para o estudo supracitado, dentre eles: conceituar a didática; destacar o aluno no contexto de ensino aprendizagem.

A educação vem, ao longo dos tempos, sendo alvo de intensos debates e discussões. O sistema de ensino, diante dos dados revelados por pesquisas nacionais por Martins em (2006), vem sendo criticado em razão do baixo nível de qualidade apresentado, afinal, o que está acontecendo com o processo de ensino? E, com o processo de aprendizagem? Será que os problemas educativos podem ser explicados pelos métodos de ensino?

Atualmente muitos educadores procuram entender e responder aos desafios da educação considerando somente os elementos da atualidade. Numa época de crises e transformações não só nas esferas políticas e sociais como também nas científica e pedagógica, os processos de ensino objetivam viabilizar a aprendizagem a todos. A multiplicidade de sujeitos, saberes, espaços e tempos não pode ser secundarizada nas práticas escolares. No entanto apesar de todas as questões que envolvem esta multiplicidade, ressaltaremos no presente artigo as contribuições da Didática no processo histórico.

Os processos educativos contemporâneos, numa sociedade capitalista, são produtos de transformações econômicas, políticas, científicas e tecnológicas. Portanto, a educação, enquanto uma expressão e resposta a essas transformações, precisa ser analisada a partir de um movimento histórico, pois muito do que se faz hoje nas escolas tem origem em teorias pedagógicas clássicas, certas vezes desconhecidas pelos próprios educadores. O presente artigo não objetivará promover um aprofundamento teórico de autores específicos, mas uma retomada histórica de momentos distintos que caracterizam as mudanças no método de ensino e aprendizagem.

Sabe-se que cada autor, em seu momento histórico, compreendeu o processo de

2. ensino e de aprendizagem de maneira própria. Assim, cada nova teoria procura substituir as anteriores, porém incorporando em si os elementos das mesmas. Ao se analisar vários autores e pesquisadores, no que se refere ao estudo dos métodos de ensino e de aprendizagem, é possível perceber que cada autor clássico tenta romper com o estabelecido, tecendo críticas ao modelo existente de educação, bem como seus pressupostos e métodos de ensino. Procuram romper com modelos “tradicionais” e propor os modelos “modernos”.

Já no inicio do século, Veiga (2004), defende a ideia de que analisar e revisar o processo de ensino à luz do contexto social,ás mudanças ocorridas na instituição educativa e as condições objetivas do exercício profissional é uma tarefa do professor.

2. DESENVOLVIMENTO

Entender a área de conhecimento da Didática implica compreender como ensinam os professores e os processos de escolaridade. E, entender como ensinam os professores, por sua vez, envolve a análise das condições de trabalho (materiais, físicas, salariais) e a organização da rotina profissional, a qual, como apontado por Salinas Fernandéz (1995), denuncia a ausência da prática de reflexão coletiva, ordenada e sistemática sobre o próprio trabalho.

Para Salinas Fernández (1995) a falta do exercício coletivo da reflexão e

discussão pode ser fruto do discurso didático de caráter cientificista e técnico decorrente da Reforma dos anos 1970, na Europa, com a introdução da chamada pedagogia por objetivos. Nessa pedagogia o trabalho pedagógico da escola se norteia centralmente por

3. objetivos e não por conteúdos.

A análise histórica desse autor coincide com a de Warde (1991), pois para ela também foi nos anos 1970 que se originou o debate sobre o problema da definição do campo da Didática, que se ampliou na década de 1980. Segundo essa autora, é possível evidenciar que o fim dos anos 1970 e início dos 1980 representa, historicamente, o período em que se inicia o interesse teórico em clarificar o estatuto epistemológico das chamadas Ciências da Educação e, por conseguinte, da Didática. Nesse momento buscou-se caracterizar a Didática como ciência, técnica, tecnologia, tecnologia científica, dentre outras concepções.

Para Marin (2008) também foi na segunda metade da década de 1970 que as análises sobre a Didática colocaram em foco seus fundamentos. A partir desse momento foram analisadas as interferências de outras áreas de conhecimento, suas linguagens, as relações estabelecidas da Didática com a formação de professores e com o currículo e estudos sobre o que se usa e o que se ensina em Didática. De acordo com a autora o eixo norteador dos trabalhos no final dos anos 1970 e durante toda a década de 1980 foi o debate sobre o tecnicismo da área pedagógica, com incidência forte na relação da

Didática com o currículo e as consequências que a Didática obtinha a partir de outras áreas.

Com efeito, o que estou chamando de saberes para conhecer são os saberes disciplinares oriundos segundo Tardif (2002) de diferentes campos de conhecimento e que emergem da cultura dos grupos sociais. Neste sentido são saberes conectados a conhecimentos

4. que apontam para finalidades sobremaneira de ilustração. Desse modo, seus objetivos não são pragmáticos embora concorram para tanto, justamente por não terem finalidades técnicas. Assim, saberes para conhecer e para saber fazer acham-se articulados, mas para efeito didático estão sendo apreciados separadamente.

Os saberes para conhecer são aqui identificados como aqueles provenientes de um projeto de formação cuja matriz se assenta em saberes de formação geral e especial, conforme preceitos da Lei 5.692/71. São originados da política educacional para a formação de professores. Compõem o universo da formação geral, saberes provenientes de três grandes áreas. Comunicação e expressão, com as disciplinas: Língua Portuguesa e literatura Brasileira, Educação artística e Educação Física; Estudos Sociais, por meio das disciplinas: Geografia, História, Organização Social e Política do Brasil, Educação Moral e Cívica e Religião; e Ciências Exatas e Biológicas: ciências físicas e biológicas, Programas de Saúde e Matemática. A formação especial é composta pelos seguintes fundamentos da Educação: filosóficos, biológicos, psicológicos, sociológicos, estrutura e funcionamento do ensino, didática e prática de ensino. Para efeito de análise neste trabalho tomaremos as áreas de Comunicação e expressão, com os saberes oriundos da Língua.

Um dos objetivos abordados é:

• Abordar o processo de ensino-aprendizagem com base nos pressupostos de tendências pedagógicas.

Uma abordagem do processo didático que entende pelo homem como consequência das influencias a das forças

5. existentes no meio como produto de em processo evolutivo ser produtivo e eficiente. Nesta perspectiva, o subjetivo não é considerado o mundo é externo ao homem.

Para exemplificar esse método de ensinar a estratégia de aprendizagem para o domínio visando a proposta de Bloom (1968), a proposta percorre pelo seguinte caminho:

a) Caracterização da população e do contexto:

É o levantamento dos conhecimentos específicos dos alunos acerca da unidade a ser estudada.

b) Especificação dos objetivos e das atividades:

Realizada individualmente pelos alunos obedecendo a seu ritmo próprio.

c) Ensino socioindividualizado:

Atividades complementares e de enriquecimento, orientadas pelo professor.

d) Pós- teste:

Avalia o desempenho do aluno é satisfatório para que ele possa avaliar à etapa posterior.

e) Validação do programa:

Verifica- se no material institucional existem questões dúbias que precisam ser corrigidas para garantir a eficácia entre novos grupos de estudos.

A estratégia de aprendizagem para o domínio proposta por Bloom vale- se operacionais que possibilitam viabilizar a ênfase no aprender a fazer, quais sejam: testes objetivos de avaliação, estrumação programada, módulo de aprendizagem, entre outros.

O professor passa a ser o controlador, intermediário entre o planejamento e os alunos, e em última analise, passa a ser um executor de tarefas: ele não participa nem do planejamento e nem das avaliações de seu trabalho.

2.1 ELEMENTOS DIDATICOS: OBJETIVOS, CONTEUDOS, METODOS, AVALIAÇAO*.

A determinação dos objetivos de ensino é considerada

6. elemento fundamental no processo de planejamento da pratica pedagógica. Diferentes autores concordam em afirmar que a determinação clara dos objetivos de ensino constitui a base parava seleção dos métodos e das técnicas de ensino, dos recursos matérias das formas de avaliação e dos conteúdos mais adequados para que tais objetivos sejam atingidos.

Teoricamente, o objetivo é um fator fundamental e determinante no planejamento, na seleção e na organização dos métodos e das técnicas de ensino, dos recursos materiais e das formas de avaliação bem como os conteúdos a ser trabalhados. Os diversos autores ressaltam essa importância e elaboram instrumentos que visam a auxiliar o professor neste trabalho.

CONTEUDOS ESCOLARES

Para uma organização sequencial dos conteúdos e recomendado que use os seguintes critérios: sequencia logica, gradualidade na distribuição adequada em pequenas etapas, interação entre diversas disciplinas do currículo e o mais importante terem continuidade nas atividades.

A seleção e a organização dos conteúdos escolares também assumem um papel importante de diferentes formas e significados de acordo com a abordagem do ensino que fundamenta a pratica do professor e da escola onde ele atua.

METODOS DE ENSINO

O método de ensino sofre significativas variadas na passagem da teoria para a pratica, a questão do método de ensino e suas implicações na aprendizagem escolar é um tema central na formação do professor, a discussão de que o método assume diferentes orientações de acordo com a abordagem de ensino que esta na sua base é fundamental

7. importância.

Para desenvolver uma pratica coerente, o professor necessita compreender que sua ação docente não é neutra, mas esta baseada em determinada orientação teórica.

AVALIAÇAO

A avaliação apresenta consideráveis variações entre o modo como é proposta na terra e a sua concretização pratica escolar. O ensino é considerado um processo que tem em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades para a mudança de comportamento de quem dele participa também encontrou na avaliação um elemento fundamental desse processo é o meio de avaliação que se pode verificar até que ponto o ensino tem alcançado os resultados pretendidos e ao mesmo tempo se ela oferece subsídios para a alteração do processo e quando os objetivos não são alcançados.

Entre os elementos que integram o processo de ensino, a avaliação apresenta um instrumento de controle, sobretudo nas series iniciais do e do ensino fundamental, e além do sentido do acompanhamento do processo de ensino, a avaliação é também um instrumento de controle que garante a disciplina e a obediência do professor quanto as tarefas que lhe são delegadas.

O professor se vê obrigado a cumprir os objetivos e os conteúdos programáticos que lhe são impostos mesmo quando parecerem não ter sentido para o aluno, para não ser rotulados de fraco, incompetente e desinteressado e o espaço para buscar alternativas que atendem as necessidades práticas e aos interesses dos seus alunos é pequeno.

2.2 PRINCIPIOS ORIENTADORES DA DIDATICA NA PERSPACTIVA DA SISTEMATIZAÇAO

8. COLETIVA DO CONHECIMENTO

Uma das possibilidades de organização do ensino que não se limita à transmissão- assimilação de conteúdos, é a sistematização coletiva do conhecimento proposta por Martins (2003a). Essa perspectiva de interação entre professores e alunos pauta- se em princípios didáticos.

Neste capitulo apresentarei cinco princípios básicos que ira orientar a interação entre aluno e professor.

I. Da vocação prescritiva da didática a um modelo aberto de construção de novas praticas:

Trata- se de um processo didático numa concepção de conhecimento que tem a pratica como elemento básico fazendo a mediação entre a realidade e o pensamento, nesta concepção a teoria não é entendida como verdade que vai guiar a ação sobre a realidade, que como expressão de uma relação.

II. Transmissão à produção do conhecimento: pesquisa- ensino uma unidade:

O principio decorre uma questão básica para a didática, que terá como função criar condições e preparar o futuro professor ou um professor que já esteja trabalhando para que ele no próprio processo de trabalho passa a criar e produzir novos conhecimentos, neste sentido a medida que o professor começa a produzir e ter perspectiva distintas da relação e da apropriação ele começa a ver com outros olhos o ponto de vista

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