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Que Fatores Contribuiram Para Decadencia Da Oligarquia Cafeeira 1910

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Por:   •  4/12/2014  •  5.455 Palavras (22 Páginas)  •  711 Visualizações

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A República Velha- 1889-1930 A Construção da República - A República da Espada - 1889-1894 A Construção da República - A República Oligárquica - 1894-1930 A Construção da República - A Crise da República Oligárquica As Principais Reformas do Rio de Janeiro na República Velha A Evolução da Economia na República Velha A Contestação da Ordem Oligárquica Intelectuais e Cultura

O RIO DE JANEIRO NA REPÚBLICA DO BRASIL

A REPÚBLICA VELHA - 1889-1930

A CONSTRUÇÃO DA REPÚBLICA - A REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - 1894-1930

A Vitória das Oligarquias

As Forças Armadas na República Velha

Treinamento dos Oficiais

O Tenentismo

O Coronelismo

A Vitória das Oligarquias

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No período conhecido como República Oligárquica os Presidentes eleitos foram empossados e cumpriram seus mandatos. O primeiro Governo Civil, eleito em 15 de novembro de 1894, foi do paulista Prudente de Morais e se caracterizou: pela hegemonia da oligarquia cafeeira e dos grandes Estados da Federação e pelas constantes crises políticas e manifestações militares e populares. O Presidente teve que se empenhar na pacificação do país convivendo com a oposição florianista e jacobina. O Partido Republicano Federal se dividiu e uma parte dele passou a fazer oposição ao Presidente.

O legado deixado por Floriano Peixoto foi de muita oposição ao governo eleito, que foi combatido sem trégua nas ruas do centro do Rio de Janeiro. A Rua do Ouvidor e o Largo de São Francisco eram redutos de jacobinos nem sempre pacíficos.

Em novembro de 1896, doente, Prudente de Morais se afastou da Presidência e o Vice Manoel Vitorino Pereira assumiu interinamente o Governo. Vitorino era um florianista militante e substituiu todo o Ministério por florianistas convictos. Em seu governo foi comprado o Palácio do Catete para ser a sede do Governo Republicano, em substituição ao Palácio do Itamarati, e o Catete permaneceu sede da República até a mudança da capital para Brasília.

Prudente de Morais retornou ao cargo em 4 de março de 1897 e em 5 de novembro sofreu um atentado, quando foi ao Arsenal da Marinha recepcionar o navio Espírito Santo que chegava da Bahia trazendo dois batalhões que chegavam da campanha de Canudos, este fato fez com que ele fosse obrigado a decretar o "estado de sítio".

O país passou por grandes transformações políticas, econômicas e sociais, a economia era regida pelo café, que era o mais importante produto de exportação brasileiro, em conseqüência suas crises eram refletidas em toda a economia do país e o Governo tinha que intervir para garantir seus preços. O país também foi atingido pelas crises econômicas mundiais e políticas das grandes potências que acabaram em dar origem à Grande Guerra, entre 1914 e 1918.

O trabalho recebeu grande impulso com a imigração e o país se urbanizou tendo começado a surgir uma "classe média" responsável por manifestar-se de forma diferente da ordem escravista do Império e teve início a industrialização, que foi estimulada por Prudente de Morais.

No governo de Prudente de Morais ocorreu a Revolta de Canudos comandada por Antônio Conselheiro, no Rio de Janeiro os tenentes da Escola Militar da Praia Vermelha se revoltaram, as manifestações militares foram reprimidas e o Clube Militar chegou a ser fechado. Mas ele conseguiu consolidar a República dos fazendeiros e entregar o cargo ao Presidente eleito Campos Sales, com o país politicamente estabilizado, mas totalmente endividado.

O segundo Presidente civil Manuel Ferraz de Campos Sales foi o responsável pela criação da Política dos Governadores que tinha como premissas:

a independência entre os três poderes, mas com proeminência do Executivo, que incluía o Governo dos Estados, que na realidade era quem governava;

o Legislativo estava subordinado ao Executivo, não governava e não administrava;

havia necessidade de buscar uma forma de reconhecimento federal das maiorias estaduais dando legitimidade aos Governos Estaduais. Os Governadores ganharam autonomia e cargos e os Municípios funcionavam da mesma forma. Isto servia para garantir a estabilidade das oligarquias.

De forma resumida o funcionamento era o seguinte: o Presidente era escolhido entre São Paulo e Minas Gerais e dava apoio aos Governadores que também se comprometiam a apoiar o seu Governo, os Governadores por sua vez eram apoiados pelos coronéis municipais que também apoiavam os seus governos e controlavam as eleições municipais através do voto de cabresto, que decidiam quais seriam os representantes na Câmara e estes tinham o compromisso de apoiar o Governo Federal.

o Brasil era dividido em Estados mais importantes, São Paulo e Minas, dos quais saía o Presidente, os Estados de importância relativa que eram Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco e os demais eram Estados periféricos. São Paulo e Minas Gerais praticavam a política "café com leite", referência a suas mais importantes produções, na qual os representantes dos dois Estados se revezavam no poder. As oligarquias dos Estados mais importantes decidiam a chefia do Executivo Federal e as demais apoiavam a decisão, para garantir sua permanência nos Governos estaduais.

O mecanismo criado para encontrar a estabilidade, só podia existir com o coronelismo, que garantia o funcionamento das eleições, com o voto de cabresto, os eleitores votavam nos candidatos apoiados pelos coronéis municipais. Outra garantia dos grupos hegemônicos ganharem as eleições era a Comissão de Verificação de Poderes, comissão criada na Câmara de Deputados para referendar os eleitos, isto é, só aceitavam os eleitos que queriam, aqueles que eram a favor do Governo, assegurando assim que não existisse oposição. Era um sistema ideal para fazer a situação se perpetuar no poder.(1)

Em 1898, durante o Governo de Campos Sales, a crise econômica se agravou e o Brasil teve que decretar falência: o "Funding Load", e suas medidas de saneamento das finanças foram benéficas para os investidores estrangeiros, mas empobreceram a população tornando seu governo bastante impopular. Na política de relações

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