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Questionario Leo Huberman

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Por:   •  22/2/2015  •  1.398 Palavras (6 Páginas)  •  560 Visualizações

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1-O dinheiro só se torna capital quando é usado para adquirir mercadorias outrabalho com a finalidade de vendê-los novamente, com lucro. Quando o dinheiroé empregado num empreendimento ou transação que dá (ou promete dar)lucro, esse dinheiro se transforma em capital.

2-Antes da idade capitalista, o capital era acumulado principalmente através do comércio - termo elástico, significando não apenas a troca de mercadorias, mas incluindo também a conquista, pirataria, saque, exploração. Não foi em vão que as cidades-Estados italianas se prontificaram a ajudar a Europa ocidental nas Cruzadas. O término dessas guerras "religiosas" encontrou Veneza, Gênova e Pisa controlando um fraco império, e os conquistadores italianos aproveitaram ao máximo sua oportunidade.

3-Foi na Inglaterra que o capitalismo em grande escala se desenvolveu a princípio, e por isso suas origens ali são mais evidentes. Vimos nos capítulos anteriores como o fechamento de terras e a elevação dos arrendamentos, no século XVI, expulsaram muitos camponeses de suas plantações para as estradas, onde se tornaram mendigos, vagabundos, ladrões. Assim criou-se cedo uma classe trabalhadora livre e sem propriedades. Somente quando os trabalhadores não são donos da terra e das ferramentas - somente quando foram separados desses meios de produção - é que procuram trabalhar para outra pessoa. Não o fazem por gosto, mas porque são obrigados, a fim de conseguir recursos para comprar alimentos, roupa e abrigo, de que necessitam para viver. Destituídos dos meios de produção, não têm escolha. Devem vender a única coisa que lhes resta - sua capacidade de trabalho, sua força de trabalho.

4-Cidades e indústrias aumentam, porque mais pessoas irão à procura delas, em busca de lugares e emprego. No todo, as circunstâncias das classes mais baixas são modificadas, para pior, sob quase todos os aspectos.. De pequenos ocupantes da terra são reduzidos à condição de trabalhadores diaristas e assalariados." É uma descrição exata da situação. Expulsas da terra, "as classes mais baixas" tiveram de se tornar assalariadas. O fechamento foi, portanto, uma das principais formas de obter o necessário suprimento de mão-de-obra para a indústria.

5-Outro relatório da Câmara dos Comuns, do assistente da Comissão dos Tecelões Manuais, contém outra prova, mostrando por que era inútil aos tecelões manuais insistirem em seus obsoletos meios de produção: "A concorrência, a grande causa da redução de salários, provocada na tentativa de conquistar os fregueses vendendo mais barato do que os outros, tem provocado grandes modificações. Os negócios do tecelão, que, ajudado por sua família e outros, fabricava apenas algumas peças foi absorvido pelos grandes industriais. Muitos dos antigos mestres foram reduzidos a jornaleiros. A pobreza a isso os obrigara. Talvez a prova mais convincente do fato de que o trabalhador manual foi liquidado pela queda dos preços provocada pela concorrência da máquina.

6-O trabalhador manufatureiro, artesão, dono da sua força de trabalho, não teve forças diante da concorrência das máquinas, que produziam infinitamente mais e com mais rapidez as mercadorias, como nesse trecho do famoso livro de Philip Gaskell, publicado em 1836: Desde a época da introdução da máquina a vapor, ocorreu uma extraordinária e dolorosa modificação das condições do tecelão manual, e seu trabalho bem se pode dizer que foi esmagado pela máquina a vapor. O passo seguinte tinha de ser a fila, em frente do escritório de uma fábrica, à procura de trabalho.

7-Numa sociedade em que o objetivo do trabalho era apenas conseguir um sustento adequado para si e para a família, a Igreja podia denunciar os aproveitadores. Mas numa sociedade em que o principal objetivo do trabalho era o lucro, então a Igreja tinha de adotar uma linguagem diferente. E se a Igreja Católica, engrenada numa economia feudal e manual, em que o artesão trabalhava simplesmente para viver, não podia modificar seus ensinamentos de forma bastante rápida para enquadrar-se na economia capitalista, onde o industrial trabalhava para ter lucro, então a Igreja Protestante podia. Ela dividiu-se em muitas seitas diferentes, mas em todas, e em graus variados, o capitalista interessado nos bens materiais podia encontrar consolo. Tomemos por exemplo os puritanos, o puritano Baxter dizia a seus seguidores que se não aproveitassem as oportunidades de fazer fortuna, não estariam servindo a Deus. Ou tomemos os metodistas. Wesley, seu famoso líder, escreveu: "Não devemos impedir as pessoas de serem diligentes e frugais; devemos estimular todos os cristãos a ganhar tudo o que puderem, e a economizar tudo o que puderem; ou seja, na realidade, a enriquecer.” Ou tomemos os calvinistas. Os ensinamentos de Calvino estavam particularmente dentro do espírito da empresa capitalista. o protestante Calvino escrevia: "Por que razão a renda com os negócios não deve ser maior do que a renda com a propriedade da terra? De onde vêm os lucros do comerciante, senão de sua diligência e indústria?”

8- trabalhadores, submetidos a esta nova ordem, muito sofreram em busca de melhorias de vida que nunca chegavam, devido ao salário extremamente baixo. Acabavam, assim, realizando seus serviços pela própria subsistência, sob péssimas condições de trabalho, em jornadas extremamente longas – às vezes de 16 horas diárias – trabalhando até o limite das forças e, não raro, tidos por negligentes e insubordinados pelos seus empregadores, ainda que tal se desse pela exaustão física. Importante ressaltar a preferência de certos burgueses pela utilização em larga escala da mão-de-obra considerada mais “dócil” e – claro – mais barata, como as mulheres (principalmente para a tecelagem), crianças e rapazes abaixo dos 18 anos de idade, o que levava ao desemprego dos homens adultos. Dessa forma, a miséria e a fome não tardaram a aparecer, assim como doenças como a cólera e o tifo nas humildes regiões habitacionais, devido às péssimas condições de higiene, escassez do fornecimento de água e pelo fato de não terem como se protegerem do frio. Tal quadro levou à morte inúmeros trabalhadores pobres.

9=ADAM: Em plena época do Iluminismo, Adam Smith tornou-se um dos principais teóricos do liberalismo econômico. Sua principal teoria baseava-se na ideia de que deveria haver total liberdade econômica para que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, sem a intervenção do Estado. A livre concorrência entre os empresários regularia o mercado, provocando a queda de preços e as inovações tecnológicas necessárias para melhorar a qualidade dos produtos. Sua principal obra foi A Riqueza das Nações escrita em 1776 onde buscou diferenciar a economia política da ciência política, a ética e a jurisprudência. DAVID RICARDO: . Quando o preço do mercado é baixo, quando os trabalhadores recebem menos do necessário para manter as famílias, então seu número se reduz. E um número menor de trabalhadores eleva os salários Essa, pois, a lei de salários de Ricardo - com o tempo, os trabalhadores não poderão receber mais que o "necessário para lhes permitir viver e perpetuar a raça, sem aumentar nem diminuir."A teoria de David Ricardo é válida para bens reproduzíveis. Tal Como Adam Smith, Ricardo admitia que a qualidade do trabalho contribuía para o valor de um bem. Ricardo fazia distinção entre a noção de valor e a noção de riqueza.O Valor era considerado como a quantidade de trabalho necessária à produção do bem, contudo não dependia da abundância, mas sim do maior ou menor grau de dificuldade na sua produção. http://www.economiabr.net/economia/1_hpe5.html

10-As Leis do Trigo eram uma espécie de tarifa protetora do trigo. O trigo não poderia ser importado enquanto o preço do produto não atingisse, internamente, determinado nível, que variava de tempos em tempos. A finalidade disso era estimular seu cultivo, para que a Inglaterra tivesse bastante sortimento dele, em caso de emergência. O cultivo foi estimulado assegurando-se ao agricultor inglês um bom preço. Não precisava temer a concorrência externa, porque nenhum trigo entraria no país até que o produto interno tivesse atingido certo preço. Isso significava bons lucros, a menos que a colheita interna fosse excessiva para o consumo - o que não ocorria na Inglaterra desde 1790. Devido às guerras napoleônicas, o trigo teve seu preço elevado e uma área de terras cada vez maior foi dedicada ao seu plantio. Os agricultores queriam o preço alto, porque isso representava maior renda, e mais dinheiro no bolso. Os industriais não queriam o preço alto, porque isso representava um aumento no custo da subsistência dos trabalhadores, e, portanto, descontentamento, greves, e finalmente salários mais altos, ou seja, menos dinheiro em seu bolso. Travou-se uma polêmica, os donos de terra pedindo proteção e os industriais defendendo o comércio livre. Ricardo estava no meio dessa luta. Suas simpatias eram dos industriais, pois pertencia à classe da nascente burguesia.

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