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Fichamento: A História Da Riqueza Do Homem – Leo Huberman

Por:   •  20/12/2017  •  Resenha  •  2.343 Palavras (10 Páginas)  •  2.471 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

Aluno: Ismael Barros da Silva

Disciplina: Historia Econômica e Geral do Brasil-FCH 175

Professora: Ana Luiza Caribé

Fichamento – A História Da Riqueza Do Homem – Leo Huberman Introdução:

O autor aponta no inicio de sua obra que seu objetivo principal é demonstrar a historia pela teoria econômica e a teoria econômica pela historia. Que sua obra procura não ser exaustiva e que sempre buscara através da mesma mostrar o desenvolvimento das instituições econômicas abordando suas origens, estruturações e finalidades. E a relação dessas com a estrutura da vida social.

Capítulo I: Sacerdotes, guerreiros e trabalhadores.

Nesse capítulo observamos como era formada a sociedade feudal. A mesma possuía três classes: os sacerdotes (padres, bispos, monges, abades e papa) , os guerreiros(senhores feudais e cavaleiros)e trabalhadores(pessoas presas às terras dos senhores feudais, através de obrigações em forma de prestações de serviços e de pagamentos de impostos e taxas). É também esclarecida a função de cada um. Logo após é feita uma analise do sistema de feudalismo que era o sistema econômico, político e social que se firmava sobre a propriedade da terra, cedida pelo senhor feudal ao vassalo em troca de serviços mútuos. Deste modo a riqueza da humanidade nessa época se alocava na terra. Nesse modo de produção segundo Hurbeman o servo era explorado através da cobrança de taxas abusivas como, a talha e a corveia, e o dizimo que era inevitável pelos sacerdotes. O mesmo ate equipara a situação dos servos a situação do escravo, demonstrando que os dois eram uma ferramenta de exploração econômica que servia como objeto de sustentação de um sistema que tinha como finalidade o conforto de uma minoria abonada. É também relatado nesse capítulo o poder da Igreja Católica que se mantinha como a organização mais capitalista e influente desse período.

Capítulo II: Entra em cena o comerciante

Analisamos nesse capítulo que é feita uma discrição sobre como foi o renascimento comercial. Huberman faz um paralelo do período que antecedeu o renascer do comércio até o pós-aquecimento do mesmo. Relata também como se


desenvolveu os meios de produção em cada período da Idade Média . Na Alta Idade Média é apresentado um capital obtido pelo s sacerdotes e guerreiros que embora fosse de alto valor de capitalista o mesmo não era usado para investimentos ou gerar mais capital. Pelo motivo de que não havia interesse em investir em excedentes produtivos, essa falta de investimento era derivado do enfraquecido comércio. Nesse capítulo ainda é relatada as Cruzadas que excursões organizadas pela Igreja para readquirir as terras sagradas do povo islâmico. Huberman afirma que o real proposito dessas cruzadas se mantinha no fato da conquista de novos meios de obter terra e riquezas, além de ter rotas comerciais fortes como as presentes no Mediterrâneo.Com essas possiblidades a economia volta a ter a um meio de desenvolvimento com trocas comercias mais significantes e o feudo aos poucos se torna em uma economia de mercado

Capítulo III: Rumo à Cidade

Nesse capitulo fica evidente o crescimento das cidades proveniente da expansão do comércio. As feiras aumentavam em uma variável constante ano após ano. E traziam produtos cada vez mais variados nas mãos de gente de todos os cantos. Huberman também explica como as pequenas feiras, organizadas pelos mercadores aos poucos expandiam se além dos seus feudos. E toda esta expansão era decorrente do fortalecimento dos comerciantes, que se organizam em ligas, como a Hanseática. Estas ligas possuíam regras rígidas, e monopolizavam as atividades comerciais em determinados locais. Essas ligas também começam a pressionar a elite medieval a reduzir impostos ou até mesmo emancipar os mesmos.

Capítulo IV: Surgem novas ideias

Nessa parte ele descreve sobre certas mudanças na moralidade econômica. O mesmo relata que: “No princípio da Idade Média o empréstimo de dinheiro a juros era proibido por uma Potência, cuja palavra constituía lei para toda a Cristandade, essa potência era a Igreja” (p.46). Contudo não apenas essa instituição que condenava a usura. Os governos municipais e mais tarde os governos dos Estados baixaram leis contra ela... Essa lei era um reflexo do que a maioria das pessoas na Idade Média pensava sobre a usura. Fica também evidente que como essa visão de limitação de capital era ruim para o desenvolvimento dos comerciantes quando ele afirma que (...) “a


doutrina do pecado da usura iria limitar os processos do novo grupo de comerciantes que desejava negociar... Que aconteceu então, quando a doutrina da Igreja, destinada a uma economia antiga, chocou-se com a força histórica representada pelo aparecimento da classe de comerciantes? Foi a doutrina quem cedeu. Não de uma só vez, evidentemente” (p.50) E depois fica explicito que aos poucos foi desaparecendo a doutrina da usura da Igreja, e a prática comercial diária passou a predominar.

Capítulo V: O camponês rompe amarras

Esse capítulo se mostra um pouco extenso, pois é quando Huberman explica como o papel do camponês se alterou. Ele relata que: “O mercado crescera tanto que qualquer colheita superior às necessidades do camponês e do senhor poderia ser vendida. Em troca, o camponês podia obter dinheiro” (p.55) E se esse trabalhasse mais e fizesse colheitas superiores às suas necessidades, poderia reunir algum dinheiro com o qual — talvez — lhe fosse possível pagar em dinheiro os serviços que devia ao senhor... O senhor realmente não tinha alternativa, pois se não aliviasse as obrigações dos servos, era muito possível que alguns deles fugissem, deixando-o sem dinheiro e trabalho. Também foi nesse período que a camada camponesa organizou-se e uniu-se para melhor assegurar as concessões conquistadas. Foi uma demonstração que organização feudal, aos poucos, foi se depreciando sob a pressão de forças econômicas que não eram controláveis.

Capítulo VI: E nenhum estrangeiro trabalhará

Surgem as corporações de oficio. É demonstrado que no feudalismo, não havia uma especialização industrial dessa forma toda a produção manufatureira era caseira, doméstica ou artesanal, que se destinava o abastecimento das necessidades do lar ou de um pequeno contingente. Com as corporações de oficio começou a se esquematizar a produção de um determinado bem ou conjunto de bens. O preço se torna o preço de mercado. Há a formação de jovens num meio de capacitação profissionalizante. As profissões variavam em: sapateiros, padeiros, ferreiros, etc. Mostra-se também que havia uma forma de organização segundo graus de subordinação entre jornaleiros, aprendizes e mestres. Posteriormente é demonstrado que os mesmo oprimidos pelas

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