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Quilombolas Do Seculo Xx'

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Por:   •  13/3/2014  •  6.075 Palavras (25 Páginas)  •  434 Visualizações

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Trabalho de História.

Quilombos do período colonial as comunidades quilombolas do século XX

Professora: Inês.

Aluna: Ana Beatriz Defendi Silva 01

Turma: 2°B- Médio.

CE 437

Sumário

Introdução........................pg3

Quilombolas em Minas.......pg4

Conclusão..........................pg6

Bibliografia........................pg7

Introdução.

Aqui falarei um pouco sobre os Quilombos que por incrível que pareça eles ainda estão vivos em nossa sociedade, preservam idioma, costumes e o jeito que agiam.

Minhas pesquisas revelam que existem sociedades Quilombolas em Minas Gerais, e é isso que o trabalho irá revelar.

Boa leitura!

Sociedades Quilombolas em Minas.

Quilombos de Minas Gerais no século XXI

Este texto é baseado no trabalho de pesquisa do Centro de Documentação Elóy Ferreira da Silva – CEDEFES com as comunidades quilombolas de Minas Gerais. O texto está dividido em duas partes. A primeira parte situa as comunidades tradicionais e quilombolas em um marco conceitual e legal. A segunda trabalha a questão das comunidades quilombolas em Minas Gerais e na região norte e nordeste do Estado. Abordando a cultura e a sócio-economia destes grupos.

Primeira Parte

A palavra “Quilombo” ou “Calhambo” é de origem Bantu, e significa acampamento ou fortaleza. O povo Bantu se localiza nas regiões sul, sudoeste e sudeste da África. A palavra foi usada pelos portugueses para denominar as povoações construídas por escravos fugidos. O termo também pode ser atribuído à “casa” ou “refúgio”. Durante os períodos colonial e imperial, vários quilombos ou comunidades negras se formaram com a fuga de escravos que se rebelara contra a ordem escravista. Havia diferentes formas de quilombos: desde pequenos grupos itinerantes que viviam de assaltos nas estradas e fazendas até complexas estruturas de vilarejos, como o Quilombo de Palmares no nordeste brasileiro e o quilombo do Ambrósio no centro-oeste mineiro.

Segundo João Batista Costa (CEDEFES, 2008, pág: 25):

A formação de quilombos em todas as colônias e países do Novo Mundo constituiu-se em estratégia utilizada pelos africanos que, escravizados, ansiavam por liberdade e, assim, instituíram alternativas ao sistema escravista hegemônico e, então, vigente. O princípio subjacente à formação de quilombo constituiu-se na busca de lugares de difícil acesso que propiciassem o estabelecimento de barreiras estruturais, que tanto podiam ser naturais quanto sociais. Os agrupamentos humanos aquilombados pretendiam, dessa forma, impedir o contato do mundo branco e escravista com o mundo negro vivendo em liberdade.

As comunidades quilombolas se formaram neste movimento de resistência, mas, muitas vezes, eram toleradas pelo regime dominante, pois se tornaram locais onde funcionavam postos comerciais ou de oferta de mão de obra escrava ou barata.

A maioria das comunidades quilombolas de Minas Gerais se formou posteriormente ao decreto de abolição da escravidão em 1888. Quando o decreto foi expedido, grande parte dos negros não tinha mais onde ficar, não havia trabalho e não havia perspectiva de integração à sociedade brasileira. Assim, muitas famílias migraram para os grotões, para as terras desabitadas ou para as margens das fazendas. Algumas poucas famílias receberam terras como doações dos antigos senhores e ali constituíram uma comunidade. Outras famílias negras conseguiram comprar pequenas terras nas fazendas onde trabalhavam. Algumas comunidades se organizaram através da falência de atividades econômicas, onde a mão de obra era escrava, como a criação de gado no Norte de Minas Gerais ou a decadência das atividades mineradoras na região central do Estado. Outras se originaram em decorrência de frentes de trabalho, como a construção da ferrovia Bahia-Minas que ligava o Norte do Estado, singrando pelas regiões do Jequitinhonha e Mucuri até o litoral Baiano. Há uma comunidade no município de Felisburgo, vale do Jequitinhonha, que se chama Paraguai por ter sido constituída por ex-escravos que lutaram na guerra do Paraguai e ganharam alforria.

Segundo José Maurício Arruti, no texto “O quilombo conceitual: Para uma sociologia do artigo 68” (Arruti, 2003), o quilombo sempre foi um tema que instigou o imaginário político brasileiro. A sua primeira definição política no Brasil se dá no corpo das legislações colonial e imperial.

As normas legais buscavam abarcar, sob um mesmo instrumento repressivo, o maior número de agrupamentos da população negra, por isto consideravam o quilombo de forma explicitamente indefinida. Para a caracterização de um quilombo bastava a reunião de cinco (período colonial) ou três (período imperial) escravos fugidos, formassem eles ranchos permanentes (período colonial) ou não (período imperial).

Na atualidade, o conceito de quilombo se ampliou, não está mais preso às origens históricas. O quilombo hoje é reconhecido pelas suas características antropológicas e territoriais. A relação da comunidade com o território (uso e apropriação), com a cultura de matriz africana e com a política, é que definirão uma comunidade quilombola ou não. Ou seja, o quilombo é um espaço de resistência e reinterpretação do mundo pelos seus moradores, etnicamente diferenciados.

A palavra “Quilombo” se tornou um termo polissêmico, usado para definir resistências e espaços. As comunidades negras tradicionais se identificaram e apropriaram do termo transportando-o do campo arqueológico,

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