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Correntes Filosoficas Seculo XX

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Por:   •  20/7/2013  •  772 Palavras (4 Páginas)  •  1.588 Visualizações

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Para José Paulo Netto, o movimento que emergiu em 1965, denominado como o movimento de reconceituação do Serviço Social, foi um marco histórico de grande relevância para a profissão e que se inscreve num processo muito mais amplo, de cunho mundial. Foi de suma importância para a abertura critica do Serviço Social para uma nova fase de rompimento com o conservadorismo.

Sobre a ótica de José Paulo Netto, já em meados dos anos 60, o Serviço Social se estabelecia como profissão, e começava paulatinamente a romper com suas raízes tradicionais: por suas práticas empiristas, isto é, que se baseava somente na experiência ou observação, sem levar em consideração teorias ou métodos científicos; por ações repetitivas, por meio de métodos que ofereciam certa melhoria, porém, não resolviam o problema, além de ser orientada por uma ética burguesa, sob um ponto de vista funcionalista, e determinando uma ordem capitalista da vida social.

A mudança no mundo capitalista sobre as estruturas sociais gerou uma nova dinâmica que resultou no crescimento das mobilizações das classes subalternas em defesa dos seus direitos, esses movimentos colocavam em questão a racionalidade burguesa e seu estilo de vida. Para José Paulo Netto, diante disso constituía um cenário adequado para fomentar a contestação de práticas profissionais como as do Serviço Social tradicional. Essa critica ao Serviço Social tradicional, permeou no âmbito profissional por meio de mediações cujos principais fatores foram: Em primeiro lugar, a revisão critica realizada nas fronteiras das ciências sociais: a sociologia e a psicologia acadêmicas. Respectivamente, o deslocamento sociopolítico de instituições, como a Igreja Católica. E em terceiro lugar, o movimento estudantil, que criticava de fato o tradicionalismo no Serviço Social. Esse desligamento do Serviço Social tradicional se inscreve na dinâmica de rompimento das veias imperialistas, de luta pela libertação e de transformações na estrutura do capitalismo. A reconceituação para esse autor baseou-se em uma questão elementar: de qual seria a contribuição do Serviço Social na superação do subdesenvolvimento.

As primeiras ações renovadoras do Serviço Social emergiram, quando alguns profissionais dessa categoria se convencerão sobre a necessidade de contribuir para as mudanças sociais, que desejavam promover o desenvolvimento econômico e social, isto é, contra o Serviço Social tradicional. Desses profissionais, eclodiram dois grandes segmentos: um que o autor define como aggiornamento do Serviço Social, aquele capaz de modernizá-lo, e outro, composto por sua maioria de jovens e radicalizados, capaz de promover a ruptura com o passado profissional. Por volta de 1971 -1972 essa grande união se divide em dois blocos: os reformistas democratas e os radical-democratas. Mesmo pressionada nos limites de uma década, a Reconceituação marcou o Serviço Social latino-americano, entre a qual quatro conquistas foram importantes para a dinâmica profissional: a articulação de uma nova concepção da unidade latino-americana, a explicitação da dimensão política da ação profissional, a interlocução critica com as ciências sociais e a inauguração do pluralismo profissional. Porém, para José Paulo a principal conquista, foi à negação do profissional de situar-se como um agente técnico puramente executivo, que era quase sempre

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