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RESENHA: A CONQUISTA DA AMERICA: A QUESTÃO DO OUTRO

Por:   •  27/3/2019  •  Resenha  •  1.307 Palavras (6 Páginas)  •  288 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI

CURSO: HISTÓRIA

PROF. ERICA LOPO DE ARAUJO

                                                JOSÉ HENRIQUE DA SILVA

              RESENHA: A CONQUISTA DA AMERICA: A QUESTÃO DO OUTRO

TODOROV, Tzvetan (1983). A conquista da America. A Questão do outro. “Descoberta da America”.  São Paulo, Ed. MARTINS FONTES.

        O autor da obra resenhada é Tzetan Todorov, nascido na Bulgária por 1939, É um filósofo e lingüista, freqüentou aos cursos de Filosofia da Linguagem, sendo o mesmo, um dos grandes teóricos do Estruturalismo. Foi professor da École Pratique de Hautes Études e na Universidade de Yale e Diretor do Centro Nacional de Pesquisa Científica de Paris (CNRS). Publicou um número considerável de obras na área de pesquisa lingüística e teoria literária, que estão hoje traduzidas em vinte e cinco idiomas. Também escreveu a respeito do fantástico na literatura, fazendo a diferenciação entre a tríade: fantástico, estranho e maravilhoso. É sobre seu conceito que o fantástico é criticado atualmente. O pensamento do autor, é direcionado após a realização de seus primeiros trabalhos de critica literária sobre a poesia eslava, para filosofia da linguagem, numa visão estruturalista concebida como parte da semiótica, fato que se deve aos seus estudos dirigidos por Roland Barthes.

 Nesta presente obra, de caráter empírico, onde foi divida em quatro partes, Descobrir, Conquistar, Amar, e Conhecer.  Temos como objetivo principal, segundo o autor, explorar e analisar os discursos de alguns personagens a cerca de como foi possível a conquista do continente americano pelos os povos oriundos da Europa, os Espanhóis por volta do século XVI. Mas, precisamente nas regiões onde hoje seriam o Caribe, e México, conhecidos como Região da Mesoamerica.

É importante que se deixe claro, que o autor teve como fonte de pesquisa, escrituras deixadas pelo próprio Colombo, e alguns relatos deixados por Missionários, para que a partir da analises dessas escrituras e desses relatos, ele viesse a explicar a conquista desse novo mundo, que até então, era tido como algo desconhecido. Ou seja, seguindo a mesma linha de pesquisa de Colombo o autor, vai partir de uma linha de pesquisa em que retrata uma problemática envolvendo fatores da comunicação. Porque, segundo ele existe uma incompreensão estabelecida daquilo que seria o outro. Existindo assim, pouco interesse em conhecer a cultura indígena nas Américas.

 Ainda no primeiro capitulo, Todorov deixa bem claro, que para Colombo, baseados em estudos feitos sobre a America. Bem antes do descobrimento, a America já era um lugar onde ele, já acreditava ser possível de existir, só não sabia se ali necessariamente seria a America. Ou seja, já se acreditava encontrar um lugar como essas características, o que possibilitava por parte dele, a preocupação com a relação entre o “Eu” e o “outro”. Segundo o autor, isso era fundamental para que fosse possível estabelecer as diferenças que existiam entre alguns grupos de comportamentos diferentes em relação a outros. Podemos pegar como exemplo, a relação entre os povos Europeus e os povos Indígenas. Isso seria um fator de fundamental importância, para estabelecer diálogos entre ambas as partes.

Ao chegarem ao continente americano, os europeus não sabiam muito sobre os povos que habitavam as regiões mais densamente povoadas daquela área, tampouco estavam seguros sobre os modos de conduzir as guerras de conquista. Não sabiam, na verdade, que estavam prestes a enfrentar Estados fortemente hierarquizados e organizados em torno da expansão guerreira, como era o caso dos mexicas e incas às vésperas da conquista. Como nos lembra Todorov, o encontro entre o Velho e o Novo Mundo assumiu uma forma bem particular: foi uma guerra, ou como se dizia então, uma conquista. (VIANA, 2010, P.25)

Segundo Larissa Viana, é importante que se perceba que na America, antes mesmo da colonização, já existiam grupos nativos habitando aquelas terras, e que no primeiro momento da chegada dos Europeus, eles procuram ter conhecimento sobre os povos encontrados. Para que, só a partir desse contato, viesse a idéia de explorar, e também de catequizar aqueles nativos.  

É importante que se perceba, ainda segundo, analises dos escritos de Colombo. A forma como era descritos aqueles povos. Eram tidos, como burros, ou sem noção, pelo simples fato de trocarem alguns objetos, que para os Europeus tinham imenso valor, por outros sem valor algum. Porém, isso era o ponto de vista entre os Europeus, por parte dos nativos essas trocas eram bastante interessantes. Pois, para eles os recursos obtidos das suas terras pouco valor era dado, por que era tido como fonte inesgotável. Ao contrario dos colonizadores, os índios não se importavam com a riqueza, ou acumulo de bens. A terra era tido com fonte sagrada, de onde eram tirados apenas para o sub-existência. Desta forma, Colombo não estaria tendo uma visão virtuosa, que abrangesse também o pensamento dos nativos. Tendo ele assim, apenas uma visão de interesse Europeu.

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