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RESENHA CONJUNÇÃO MINEIRA/CRISE NO COLONIALISMO LUSO NA AMERICA PORTUGUESA

Por:   •  19/5/2018  •  Resenha  •  2.140 Palavras (9 Páginas)  •  494 Visualizações

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RESENHAS TEXTOS MÓDULO II

RESENHA TEXTO “Conjuração Mineira; Novos aspectos”

Conjuração Mineira , texto do escritor Kenneth Maxwell que é um historiador britânico e perito em História Ibérica e no estudo das relações entre Brasil e Portugal no século XVIII, sendo um dos mais importantes estudioso da história brasileira na atualidade.

O texto é dividido em partes, Conjuntura Imperial, Situação Mineira e Conjuração Mineira,sendo assim falei minha resenha nesta ordem.

Conjuração Imperial, nesta parte do texto o autor fala sobre a economia do império e a crise econômica provocada pela queda na extração de ouro nas minas brasileiras, o autor faz relatos sobre dados de valores em que o ouro atingiu entre os anos de 1770 e 1785, com isso impactou também na cunhagem de moedas de ouro e em emissões monetárias que chegaram a cair 50%, o intercâmbio entre ingleses com interesse no ouro mineiro também foi abalado.

O fim da idade do ouro teve aspectos negativos e positivos, negativos o autor fala da recessão e positivos foi com o desenvolvimento industrial de pompal.O autor relata ainda que o fumo brasileiro não foi afetado pela crise ( este um importante mecanismo de renda da oligarquia mercantil portuguesa) e o algodão como uma nova matéria prima entra em evidência,com isso algumas articulações começam a surgir, França e Inglaterra visando sua expansão comercial articulam mecanismos para que o Brasil torne se independente de Portugal, facilitando com isso o comércio pelo fumo e algodão daqui. Medidas foram sendo tomadas para proteger o sistema econômico que gerava lucro daqui para a metrópole este fragmento do texto fala sobre o assunto “Para Martinho de Melo e Castro, um dos ministros portugueses mais chegados aos interesses industriais da metrópole e, após a queda do marquês de Pombal em 1777, responsável pela política colonial portuguesa, o remédio era óbvio: proteger os interesses da poderosa oligarquia comercial-industrial metropolitana significava o abandono do flexível sistema pombalino e a implantação, em seu lugar, de um neomercantilismo mais rígido e efetivo (MAXWELL, 1989). O afastamento da visão imperial ampla de Pombal, em 1777, colocou a política colonial firmemente na esfera dos interesses e dos preconceitos da metrópole.

Relata o autor que as medidas tomados por Martinho de Melo e Castro eram claramente medidas tradicionais mercantilistas.

Outro aspecto importante na conjuntura tem haver com a mudança ideológica ou de percepções particularmente na colônia, fato esse que menciona as heroicas resistências brasileiras contra invasões estrangeiras e os meios com que foram lidados os conflitos internos (com colonos) sendo estas manobras copiadas até pelos ingleses americanos, assim Martinho de Melo e Castro descrevia com esses relatos a metrópole sobre a colônia e com isso fazendo com que os olhares para essas bandas fossem de mais interesse.

O episódio de Vendek é também relatado no texto, onde,José Joaquim Maia e Barbalho, natural do Rio de Janeiro,utiliza o pseudônimo Vendek para entrar em contato com Thomas Jefferson (embaixador americano na época) através de uma carta, para posterior encontrarem se e discutirem sobre uma possível revolução no Brasil tendo como apoio os americanos, já que os Estados Unidos também tiveram a sua e se saíram vitoriosos tornando se assim um estímulo para o nascimento de uma governo republicano aqui,com isso tudo mencionado anteriormente conclui se que, na década de 1780, podemos dizer que a tensão interna do sistema luso-brasileiro provocava crescente divergência entre a colônia e a metrópole, a rigidez cada vez maior da política colonial, elaborada em termos de um estrito neomercantilismo e coincidente com o aumento do entusiasmo dos brasileiros pelo exemplo da vitoriosa rebelião colonial norte-americana, reduziu, em muito, a possibilidade de ser evitada uma crise nas relações intra-imperiais.

Situação Mineira o autor começa esta parte do texto com enfoque nos dados populacionais tanto quantitativo quanto étnicos em que a América portuguesa detinha no ano de 1776 deixando de lado a macro conjuntura do período, onde 50% era composta de negros e o restante pertencente a brancos e pardos, num total de 300 mil habitantes, a população era desigualmente distribuída, havia um movimento migratório considerável para o sul ,Rio das Mortes quase triplicou sua população, e com isso outras partes apresentou um declínio demográfico como Vila Rica por exemplo. Este movimento migratório da população para o sul indicava profunda alteração das funções e da economia de Minas Gerais, após a década de 1760. O declínio de Vila Rica e a ascensão do sul refletiam a queda do papel dominante da mineração e a crescente importância das atividades agrícolas e pastoris.

A característica de economia de minas se baseava da seguinte maneira, após a implantação de engenhos de açúcar em minas gerais houve uma mescla nas fazendas de produção combinando engenhos de açúcar com minas de ouros e também por vezes com a pecuária.

A sociedade econômica mineira não era exclusivamente composta por senhores e escravos, mas também por uma mescla de magnatas , latifundiários e advogados.

Entre os brancos mineiros, também emergirá uma elite letrada cada vez mais representativa do caráter próprio de sua sociedade, onde segundo o autor por quarenta anos os que detinham maior poder aquisitivo mandavam seus filhos para estudar fora, (universidade de coimbra) período em questão 1786.

O autor finaliza esse tópico dizendo que a situação econômica de Minas contradizia com que Portugal pensava da colônia, era um momento de tensão no sistema economico,dividas ecomulavam se e no ano de 1778 chegou a bater 1.554.552$539 de réis,uma causa destas enormes dívidas, particularmente no caso das entradas, foi a recessão provocada pelo declínio da produção aurífera. Relata ainda alguns aspectos que complicava a situação econômica do período em minas, primeiro foi o governo de Cunha Meneses, homem agressivo e pretensioso, que entrou em amargas controvérsias com a elite mineira, o segundo, e acima de tudo, foi a chegada do Governador e Visconde de Barbacena em 1788 com instruções detalhadas de Martinho de Melo e Castro para implementar uma raiz e um ramo da reforma de todo o sistema tributário de Minas.

Por fim finalizando o texto o autor destaca pontos que acha importante mencionar, vale lembrar que este fato por sua importância histórica, não consigo resumir nesta resenha então colocarei na íntegra estes pontos destacados pelo autor;

Os detalhes da proposta na revolução mineira

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