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O domínio financeiro no Brasil moderno

Tese: O domínio financeiro no Brasil moderno. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/7/2014  •  Tese  •  704 Palavras (3 Páginas)  •  272 Visualizações

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Texto: A dominação financeira no Brasil contemporâneo*

As evoluções recentes mostram as necessidade de grupos formado em grande parte de indivíduos recrutados no sindicalismo, nos movimentos sociais e em setores dominados da esfera intelectual,construírem um nicho específico entre as elites e no campo do poder. No Brasil, algumas características das finanças nas sociedades contemporâneas,torna o caso particularmente interessante.A aclimatação e o desenvolvimento local das ferramentas financeiras,e a própria relação entre as finanças e o espaço político: visto do Brasil recente,fica mais claro como o espaço financeiro é dependente de disputas culturais.Roberto Grün nos mostra assim, a convergência entre elites e a centralidade da disputa cultural,travada para explicar a dinâmica do espaço financeiro. A governança

corporativa é a principal “ferramenta” em diversos setores da sociedade,e é

necessário para entender as profundas transformações recentemente produzidas, nos espaços econômico e político contemporâneos.Essa ideia de governança corporativa não nasceu na esfera financeira e vai muito além do espaço que costumamos chamar de mercados. Os desenvolvimentos da crise financeira internacional em meados de 2011 mostram a nova primazia para muito além da empresa ou do mercado.Diversos países enfrentaram dificuldade no manejo de suas dívidas públicas,já que eram crescentes. Em função da necessidade de conseguir fundos para salvar as instituições financeiras debilitadas, no imediato da eclosão da crise no final de 2008. Mesmo a partir dessa história recentíssima que, em princípio, enfraqueceria a autoridade moral dos financistas e de seus porta-vozes, os mercados

recuperaram o que, paradoxalmente, está sendo chamado nos meios financeiros de “o controle da narrativa”, isto é, o controle sobre as causas e remédios para a c

rise financeira que começou em 2008.E fica cada vez mais evidente a capacidade de honrar os compromissos advindos do manejo da dívida pública e subordinar quaisquer outras necessidades ou objetivos àquele critério exclusivo. De acordo com o autor,seguindo a análise de Mary Douglas podemos dizer que a transformação cultural e econômica que introduziu a ideia de governança corporativa é produzida por meio de uma convergência cognitiva.Esse fenômeno cria um ambiente social e cultural propício à aceitação dos pré-julgados financeiros,ficando estabelecido que o investidor é o soberano;assistimos, então, ao desabrochar de uma nova configuração.A governança corporativa permitiu tanto que novos grupos de agentes ocupassem lugares no campo do poder, quanto que esse espaço fosse continuamente enriquecido com a incorporação de sensibilidades e interesses dos recém-chegados.Num primeiro momento, o novo conceito de governança corporativa foi trazido para o Brasil por advogados e financistas recém-chegados de estágios de estudos e trabalho nos Estados Unidos.usaram a governança corporativa como uma espécie de fundo de comércio ao mesmo tempo identitário e comercial ao mesmo tempo em que exibiam a governança corporativa como uma mercadoria que pode ser vendida no

como serviço profissional na esfera do direito societário ou do mercado financeiro propriamente dito.A governança corporativa passou

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